13 janeiro 2010

7 MARAVILHAS NATURAIS

Penedos de Góis e Vale do Ceira entre os nomeados O Vale do Ceira e os Penedos de Góis foram os monumentos naturais escolhidos pelo município para uma candidatura às “7 Maravilhas Naturais de Portugal”. Uma escolha feita em boa hora, uma vez que estes dois ex-libris “passaram” a primeira fase de candidatura. Satisfeita com esta “aceitação”, a presidente da Câmara de Góis sublinha o objectivo primordial da candidatura, ou seja, «promover o concelho de Góis e as suas potencialidades naturais». Lurdes Castanheira refere a grande riqueza, em termos naturais do concelho, «bafejado pela mãe-natureza», mas destaca em especial o Vale do Ceira e os Penedos de Góis. «Tivemos de fazer uma escolha e recaiu sobre estas duas “maravilhas”», adianta. Sem esconder o seu «orgulho por termos passado a primeira fase», particularmente tendo em linha de conta «que concorremos com mais de 300 candidaturas de todo o território nacional», Lurdes Castanheira afirma a sua vontade de continuar na “corrida” e de, no próximo mês de Fevereiro, passar a integrar os 77 candidatos seleccionados. Todavia, reconhece que o desafio é enorme, «mas não impossível», uma vez que «já passámos pelo primeiro crivo». Lurdes Castanheira faz questão, de resto, de sublinhar o envolvimento que esta candidatura gerou, dentro e fora de portas da Câmara, contando com a colaboração muito próxima de um «conjunto de pessoas que conhecem muito bem o nosso património natural». Destaque especial merecem-lhe Filipe Carvalho, adjunto da presidência da autarquia, bem como de Paulo Silva, da empresa Transserrano. Independentemente do desfecho que o concurso para a eleição das 7 Maravilhas Naturais de Portugal possa ter no que se refere à candidatura dos Penedos de Góis e do Vale do Ceira, Lurdes Castanheira quer firmar e dar a conhecer este património único. Recorda, a propósito, que um dos seus objectivos, ainda enquanto candidata à Câmara de Góis, foi efectivamente a candidatura destes ex-libris «a património nacional ou ao nível da Unesco», uma vez que «é um património único, ao qual ainda não foi ainda atribuído o valor que merece nem reconhecida a sua imensa riqueza». Significa pois, de acordo com a autarca, que este concurso se “encaixou” perfeitamente naquilo que são os objectivos da Câmara de Góis, apresentando--se como que uma primeira fase ou uma experiência pioneira para “voos mais altos” que Lurdes Castanheira está empenhada em empreender, no sentido de obter o justo reconhecimento deste património. Apesar de reconhecer a «pouca projecção» que o concelho de Góis possa ter a nível nacional, Lurdes Castanheira acredita que todo o território vai estar, em termos de concurso, em igualdade de circunstâncias com todos os outros e assume que «gostaríamos muito que uma das nossa candidaturas fosse eleita como uma das 7 Maravilhas de Portugal». Mas «se isso não acontecer, vamos avançar com outras processos de candidatura», adianta, garantindo que «não vamos deixar passar em branco qualquer oportunidade». Com a garra que lhe é característica, Lurdes Castanheira afirma que «temos de ser ambiciosos, sem ambição não há desenvolvimento».
Referências ímpares
A presidente da Câmara de Góis refere ainda, a propósito dos Penedos de Góis, o facto de se tratar de um «monumento sem qualquer intervenção humana», que, de resto, tem sido preservado da proximidade de torres eólicas. Trata-se, defende, de «um dos mais soberbos miradouros naturais da região Centro», que no seu ponto mais alto atinge uma cota de 1.043 metros de altitude. Aponta ainda a riqueza que rodeia este afloramento quartzítico do período do Ordovício, quer em termos de flora, quer de fauna, características da Serra da Lousã, que integra a Rede Natura 2000. Faz ainda notar que se trata de um monumento que, pelas suas especificidades em termos geomorfológicos, tem atraído investigadores de várias universidades. Relativamente ao Vale do Ceira, Lurdes Castanheira refere que em causa está um «vale encantado», que retrata uma «paisagem idílica», repleta de elementos de grande riqueza e biodiversidade, cujas águas cristalinas são uma «referência ímpar». Uma zona onde o «homem sempre viveu em total harmonia com a natureza» e que constitui, adianta, «um valor histórico, cultural e etnográfico das gentes que aqui se estabeleceram, abraçando o modo de vida dos seus antepassados, vivendo em consonância com a natureza e dela subsistindo». .
Manuela Ventura
in Diário de Coimbra de 13/01/2010

2 comentários:

Anónimo disse...

Convirá aproveitar tudo o que vai ser feito pelo país em termos de selecção (rádio, televisão, imprensa, etc.) para divulgar o mais possível o concelho de Góis.
Será uma oportunidade que não aparecerá todos os dias.

Guidinha Pinto disse...

Todas as notícias que refiram os Penedos de Góis me interessam. Gostei de vir aqui hoje :).
Fique bem.