19 janeiro 2010

Igreja do Colmeal - reabilitação

. "Faz no dia 16 de Novembro do ano corrente quatrocentos anos que o Colmeal foi elevado a freguesia pelo então Bispo de Coimbra D. João Soares. Até essa data dependia do Senhorio e paróquia de Góis. Não sabemos a data certa da igreja paroquial. Sabemos que foi levantada no mesmo local onde existia uma antiga capela dedicada a S. Sebastião, que ficou a ser o orago da freguesia. Embora de modestas proporções, está contudo edificada numa pequena colina em frente ao Colmeal, num lugar tão agradável e airoso que permite ser vista mesmo dos pontos mais distantes da freguesia. A sua construção é de xisto da região; tem a torre do lado direito, cujos dois sinos foram fabricados em Cantanhede por Sebastião Sorrilha, respectivamente nos anos de 1836 e 1855. Tem quatro altares, incluindo o da capela de São José, de construção posterior à da igreja. A imagem mais antiga é a de São Sebastião, feita de pedra e em estilo gótico. A freguesia do Colmeal, se bem que modestamente, não pode deixar despercebida uma data muito importante. Vamos ver se conseguimos perpetuar o quadringentésimo ano da fundação da freguesia com alguns melhoramentos na nossa igreja."
.
in Boletim "O Colmeal" Nº 1 de 15 de Fevereiro de 1960 "Para perpetuar esta data tão singular para todos nós, foi inaugurado um sino na torre da igreja, o qual importou em 4.158$80 e foi adquirido por uma subscrição iniciada em Maio passado, pelo nosso jornal. ... Como tivemos já ocasião de observar, todos os melhoramentos efectuados na nossa igreja, nomeadamente o douramento do altar, arranjo das sacristias, compra de alfaias, etc., foram integrados nestas comemorações." .
in Boletim "O Colmeal" Nº 11 de 15 de Dezembro de 1960
Estamos a caminho dos quatrocentos e cinquenta anos. Algumas beneficiações foram entretanto realizadas nestas cinco décadas mas muitas mais há a fazer. No passado mês de Agosto, aquando das Festas de Verão, os mais atentos aperceberam-se de que algo está a ser feito. A maqueta esteve exposta no adro da igreja, próximo da entrada para a Sacristia, e, um quadro evidenciava pormenores do que se pretende levar a efeito. Todos nós sabemos que qualquer obra que se queira executar está sujeita a um conjunto de procedimentos em que a burocracia tem um peso elevado. Também todos sabemos que os Colmealenses nunca se furtaram a colaborar quando para isso são solicitados. Veja-se o que transcrevemos acima, para a compra de um novo sino. Olhemos para a Casa da Residência Paroquial, para o Centro Paroquial Padre Anselmo, para os Balneários da Ponte. Estes três exemplos são bem a prova provada que os Colmealenses estão sempre dispostos e disponíveis para dizer SIM quando é preciso. E as colectividades regionalistas sempre estiveram e continuarão a estar na primeira linha em tudo quanto possa beneficiar as nossas aldeias e os seus residentes. Ninguém gosta de ver a nossa igreja no estado em que ela está. Vamos acreditar que no 450º aniversário a reabilitação da Igreja Paroquial da Freguesia do Colmeal vai ser uma realidade! A. Domingos Santos
Fotos de Francisco Silva

7 comentários:

FERNANDO SANTOS disse...

Já percebemos: A Procissão já está a ser organizada e a cantinela do costume vai arrancar,o peditório vai começar. Como já aconteceu no passado, não há fundos.

O dinheiro vai para a Diocese em Coimbra. As obras são sempre por conta dos paroquianos, mas as edificações são propriedade vitalícia da Igreja e não abrem mão dela, mesmo quando estão em ruínas e foram construídas às expensas de peditórios, dádivas e contribuições.

Existem fundos próprios para tal e os cidadãos não devem ser sempre os que contribuem para melhoramentos e manutenção de propriedades duma ordem religiosa. “Dizer sempre sim”, também tem o seu limite.

Anónimo disse...

Sr. Fernando Silva a sua cantilena é que a do costume, infelizmente é a sua e de muitos outros, nem se faz nem se deixa fazer, tudo é dado e hà subsidios para tudo, somos subsidio dependentes, será que não temos de contribuir com nada??. Esta enganado os subsidios existem é verdade mas em que percentagem da obra?, o resto quem o põe?

Quando diz que o dinheiro vai para a diocese de Coimbra não sabe aquilo que diz, custama ir a missa no Colmeal?, já reparou nos pretos que vão no peditorio da missa, para dizer semelhante disparate, é porque nunca lá pôs os pés.

Pelo artigo do Sr. Antonio Santos, a cinquenta anos que não se faz obras na Igreja tem lata para dizer o peditorio do costume eu já frequento o Colmeal a quarenta anos e nunca nada me foi pedido para obras na Igreja, Tanto tempo passado e a Igreja no estado em que esta revela bem o quanto concorridos têm sido os peditorios.

Anónimo disse...

A igreja católica sempre explorou o paroquianoa, valendo-se da ignorância e obescurantismo.
cada um come do que gosta

Irene Silva disse...

Ao ler um destes comentários fiquei apreensiva com os termos usados que me pareceram xenófobos. Mas, depois de ler outra vez, lá percebi que a referência a pretos tinha a ver com as moedas pequenas de um, dois e cinco cêntimos.
Se tivermos um pouco de cuidado com o que escrevemos e com os termos que utilizamos evitamos dúvidas de interpretação e pelo que tenho visto, os responsáveis por este blog, que tentam manter um nível razoável na informação que disponibilizam, devem ficar agradecidos aos intervenientes para que as suas palavras sejam adequadas e sem margem para as tais dúvidas.

Elisabete Ascenção disse...

Num prazo de tempo tão curto construiu-se o Santuário do Carvalhal e procedeu-se a uma restauração no mesmo, no entanto nestes últimos 50 anos não se fez quase nada pela Igreja do Colmeal!!!!!!!!!!!!! Enfim...
Deixo uma sugestão, se os representantes da Igreja necessitam da ajuda dos Colmealenses e Amigos, sería boa ideia fazer uma apresentação pública do projecto, do dinheiro existente para as obras, onde pretendem ir buscar o que falta, se efectuaram alguma candidatura, entre outras informações.
Em relação ao segundo comentário, penso que o anónimo deve tentar entender o descrédito acerca de onde vai parar a receita da igreja, pois esta não recebe anualmente apenas os cêntimos dos peditórios dos domingos.

Anónimo disse...

Tolerância e solidariedade sempre caracterizaram as gentes do Colmeal. Pelos vistos há mudanças de comportamento.

PINHO disse...

Já são poucos os benefícios que usufruímos do nossa paupérrimo sistema democrático:
Votar e opinar ainda está ao alcance de todos.
Opinar por enquanto ainda não paga imposto.
“Ser tolerante e solidário” também é aceitar que cada cidadão tem opinião própria e tem liberdade do expressar.