29 outubro 2015

COLMEAL VAI A CABO VERDE

         
A União Progressiva da Freguesia do Colmeal tem vindo a preparar uma viagem diferente para os seus sócios, familiares e amigos.
E agora, estamos em condições de o convidar a vir connosco conhecer Cabo Verde – São Vicente, Santiago e Sal. De 22 a 29 de Julho de 2016.
Praias de areia branca a perder de vista, uma gastronomia rica e variada, a magia da sua música e a mística da cultura crioula esperam por nós nestas ilhas de um arquipélago cheio de contrastes.


Partida em voo TAP às 09h35m e pouco mais de quatro horas nos separam de São Vicente. Após o almoço iremos visitar Mindelo com destaque para a sua marginal e os belos edifícios de arquitectura colonial. No dia seguinte será a descoberta da ilha – Monte Verde e Baía das Gatas onde poderemos almoçar e desfrutar da sua bela praia. O dia terminará com um jantar típico enquanto ouvimos os sons contagiantes da música Cabo Verdiana e dançamos as suas mornas e coladeiras. Na manhã seguinte São Pedro, pequena aldeia de pescadores de casas coloridas com a sua enorme praia reputada internacionalmente para a prática de windsurf e o Monte Cara, ex-libris da cidade.













Segue-se o voo para Santiago, a maior ilha de Cabo Verde. De tarde iremos visitar a Cidade Velha, classificada pela Unesco como Património Mundial da Humanidade. No dia seguinte, uma visita de dia inteiro à ilha com destaque para o antigo campo de presos políticos do Tarrafal. Almoço e uma fabulosa praia de areia fina e branca ajudarão a retemperar forças para o regresso pelo litoral nordeste da ilha que nos revela uma paisagem diferente, mas igualmente admirável com pequenas baías e enseadas.







  


De manhã deixaremos a Praia, capital do arquipélago, e rumaremos ao Sal, a nossa próxima ilha, onde teremos o regime de “Tudo Incluído”. À tarde visitaremos a vila de Santa Maria, Buracona com o seu fascinante “Olho Mágico” onde poderemos tomar banho tal como nas Salinas de Pedra de Lume. Os dois dias seguintes são de liberdade completa para actividades a gosto pessoal. O regresso será pelas 23h55m de 28 de Julho, em voo TAP, com refeição e noite a bordo. Chegada a Lisboa prevista para as 05h45m.










Foi possível estabelecer com a Agência de Viagens um aliciante e favorável plano de pagamentos a ser feito em mensalidades até Outubro de 2016.
O NIB da União no Banco BPI é o seguinte: 0010 0000 3254 3590 0015 4.

Os preços por pessoa (sócio/cônjuge) em quarto duplo dão os seguintes:
1.780,00€ (mínimo 25 participantes); 1.740,00€ (mínimo 35 participantes); 1.690,00€ (mínimo 50 participantes).
Suplemento quarto single: 240,00€; Suplemento Não sócio: 50,00€.

Serviços incluídos: Passagem aérea Lisboa - São Vicente |Sal - Lisboa em classe económica na companhia aérea TAP; Passagem aérea São Vicente – Praia – Sal, em classe económica na companhia TACV; Taxas de aeroporto, segurança e combustível no valor de 341,93€ (à data de 02.10.2015 e sujeitas a confirmação no momento da emissão das passagens aéreas); transferes aeroporto – hotel – aeroporto; 6 noites de alojamento nos hotéis Oásis Porto Grande****, Oásis Praiamar****, Oásis Belorizonte**** ou similares, em regime de pequeno-almoço; 5 almoços + 4 jantares (incluindo um jantar típico com música no dia 23 de Julho) + na Ilha do Sal a estadia em regime de Tudo Incluído de 25 a 27 de Julho); Visitas incluídas: Ilha de São Vicente | Tarde visita Mindelo + Dia inteiro Baía das Gatas + Manhã visita São Pedro; Ilha de Santiago: Tarde visita Cidade Velha + Dia inteiro visita à Ilha de Santiago; Ilha do Sal | Tarde visita à Ilha; Acompanhamento representante da Agência durante toda a viagem; Seguro; Visto; Carteira com documentação e informação de viagem e mapa; Bolsa de viagem Unik; Taxa Eco/turística em todos os hotéis; Taxas hoteleiras, de turismo, serviço e IVA à data de 02.10.2015.  

Agradecemos que, tão cedo quanto lhe seja possível, nos confirme a sua disponibilidade para viajar connosco, utilizando os contactos habituais: António Santos – 962372866 e Maria Lucília – 218122331/914815132 ou, se preferir, pelo nosso correio electrónico upfcolmeal@netcabo.pt

Venha com a União redescobrir Cabo Verde e depois verá que valeu a pena.

A Direcção

26 outubro 2015

FEIRA RURAL NO COLMEAL. PERTENÇA E INICIATIVA


A 12 e 13 de setembro, teve lugar a 4ª Feira Rural do Colmeal, uma iniciativa do Rancho Folclórico Serra do Ceira, com o apoio da Junta de Freguesia e do Município. Como habitualmente, a feira integrava uma vertente lúdico-recreativa e uma económica. Na primeira, para além do grupo anfitrião, que mais uma vez representou uma descamisada, atuaram os Rancho Folclórico e Etnográfico São Joaninho (Stª Comba Dão) e Rancho Folclórico Zagalho e Vale do Conde (Penacova). 



A atuação dos ranchos é sempre objeto de grande apreço, especialmente quando apela ao envolvimento do público, cuja adesão significa que as pessoas gostam de participar, e que vêm para fazer a festa, e não apenas para vê-la fazer. 





Aliás, conforme referido oportunamente (2 de out., 2012), ao mérito cultural dos grupos folclóricos acrescem a atividade física, o divertimento e o enriquecimento que configuram para os próprios. Espaço privilegiado de protagonismo, dá gosto ver o agrado com que alguns elementos tocam, cantam e dançam! Mas não era preciso beber água ao mesmo tempo! De louvar e agradecer, ainda, a dedicação, a disponibilidade e a divulgação que fazem das suas terras. Fernando Santos, presidente da direção do Rancho Folclórico Serra do Ceira, esteve bem, enquanto anfitrião e “speaker”.

Mais carente, o Kiko, mascote do grupo, continua de laço verde.


No Domingo de manhã, os amantes da modalidade tiveram oportunidade de ver passar a prova de ciclismo Skyroad Aldeias do Xisto, que fez uma paragem de reforço. Um reforço muito retemperador, a julgar pelo vazio dos tabuleiros, que antes estavam cheios! Com aquelas sapatilhas de solas com saliências, os ciclistas andavam como bailarinas! 



A vertente económica incluia catorze standes e uns dezanove expositores, números muito expressivos para um evento de cariz local. Presentes: Helena Correia e Lurdes Filipe, Cepos; Micael Gonçalves, Sarzedo; Amilcar Almeida, Josefina Almeida, Lisete de Matos e Maria Cecília Fernandes, Açor; Alice Almeida, Regateira; José Nunes, Góis; Casimiro Henriques, Cabreira; Alfredo, Ponte de Sótão; Manuel Carvalho, Ilda Pinto (Caritas), Rancho Folclórico Serra do Ceira, Belmira Fontes e Etelvina Fontes, Colmeal; Alice, Malhada; Schelly, Vale da Presa; Hans Kollande, Góis. Entre outros artigos, havia arte e artesanato, livros, lavores, cosméticos e velharias, hortícolas, legumes e leguminosas, laticínios, mel, azeite e bebidas, refeições, filhós e sonhos quentinhos, numa inspirada reinvenção da gastronomia tradicional. Enfim, havia de tudo um pouco e todos terão feito alguma coisa, apesar das dificuldades vigentes e da chuva desmancha-prazeres da tarde de domingo.







Do Colmeal e respetivas terras contavam-se nove expositores. Esta representação, associada ao facto de serem feirantes ocasionais, permite retirar duas conclusões que importa sublinhar. A primeira é a da pertença ao Colmeal e à comunidade colmealense que as pessoas evidenciam, ao assumirem o papel de feirantes. Tratando-se de uma atividade para a qual nem todas estão vocacionadas, a sua presença releva como participação, ou seja, como vontade de fazer parte e solidariedade. Embora a inexistência de transporte público condicione esta observação, o mesmo poderá dizer-se dos muitos conterrâneos que compareceram, inclusive, vindo de Lisboa.


A segunda conclusão a retirar é a de que temos talentos, produção de diversos artigos e excedentes dos mesmos, que as pessoas aproveitaram para partilhar e escoar. Fazendo-o, mostraram capacidade de iniciativa - a começar pelos promotores -, uma qualidade de futuro, se apropriada pelos mais novos que temos e esperamos vir a ter. 

No final, todos pareciam satisfeitos: os organizadores pelo sucesso da realização, os feirantes pela aceitação e valorização dos seus talentos e produtos, os residentes, fregueses e visitantes pela diferença e pela oportunidade de negócio, convívio e diversão. Nas palavras de uma amiga, “Foi um dia bem passado. Ainda bem que há quem organize estas coisas!”

Lisete de Matos
Açor, Colmeal, 18 de outubro de 2015

Se não foram mais longe foi porque não puderam! (V)


«A história de um país, ou de uma simples comunidade, como a nossa freguesia, constrói-se com factos», (in «Jornal de Arganil», 2/12/76).

Sendo os regionalistas colmealenses apologistas da estrada da serra para o Colmeal sair da Selada do Braçal, passar ao fundo do Carvalhal em direcção à ponte sobre o rio Ceira, porque saiu do Rolão?
Pura e simplesmente por embirração do técnico que, em face da insistência correcta e lógica dos regionalistas, lhes retorquiu: «ou sai do Rolão ou não sai de lado nenhum».
Para se iniciar a abertura da trincheira, autêntico aborto que nada dignifica quem elaborou o projecto, e continuar a estrada, teve a colectividade de contrair empréstimos vários. Tais empréstimos levaram três dezenas de anos a amortizar, sendo pagos mais de juros que o montante dos empréstimos contraídos. Os dirigentes foram os fiadores.
Nesta via de comunicação de 11 quilómetros e que levou 30 anos a concluir, despendeu a União, só à sua parte, qualquer coisa como 300 contos, até 1947, além do custo dos vários projectos parcelares.
A partir dos anos cinquenta foi economicamente mais fácil em face do aparecimento, no nosso país, das máquinas escavadoras. Até lá foi aberta a pá e picareta.

Entretanto em 1944, a União Progressiva da Freguesia do Colmeal, mandou elaborar o primeiro projecto para ampliação do Largo da Fonte (Largo D. Josefa das Neves Alves Caetano), no Colmeal. Igualmente nesse mesmo ano, foram subsidiados com importâncias várias os abastecimentos de água a Sobral e Malhada, uma calçada no Carvalhal, onde existia uma agremiação regionalista salvo erro com o mesmo título da actual, e as estradas utilizadas pelo carteiro de Carrimá à lomba do Soito e do Cabeço do Gato ao Açor.

Embora entretanto a quantidade de associados tenha aumentado, continuava-se a verificar que a maioria era da sede da freguesia. De algumas aldeias da freguesia os poucos naturais que figuravam nos ficheiros da União Progressiva da Freguesia do Colmeal eram ou por estar ligados ao Colmeal pelo casamento, laços de família, ou serem familiares de um ou outro dirigente. Tal situação, no respeitante a algumas povoações, ainda era flagrante em fins dos anos cinquenta.
Continuava, assim, a quotização a ser reduzida e os apoios económicos nas festas regionalistas, com a finalidade de angariar fundos para execução de obras, projectos, etc., serem quase nulos. Casos existiram em que semelhantes organizações deram prejuízo. Esse prejuízo era suportado particularmente pelos dirigentes ou «Comissão de Festas», quando existia.

Embora, em vários aspectos, o regionalismo fosse uma força incontestada, tinha também, igualmente, uma fraqueza. Um dos factores de fraqueza era e é, na realidade, o que diz respeito à quotização dos associados, demasiado baixa, desactualizada, insuficiente para as necessidades.
Para concretizar os empreendimentos optava-se normalmente pela habitual e tradicional subscrição, tanto em Lisboa como no estrangeiro. A subscrição era mais ou menos correspondida, embora, nalguns casos isolados, os que mais podiam menos ofertassem.
A subscrição, cuja tradição se está perdendo, tinha também a vantagem de consciencializar e alertar os conterrâneos para problemas que a todos dizem respeito.

As agremiações regionalistas em geral, e no caso concreto a União, foram fundadas por núcleos de pessoas simples, ambiciosas, mas também idealistas que sentiam ser preciso a criação de um organismo que fizesse ouvir a sua voz. Desse idealismo e ambição apareceu, como mãe do regionalismo colmealense, a União Progressiva da Freguesia do Colmeal. Como diz o povo a união faz a força.
Embora em união e força sempre muito relativa, em relação a toda a freguesia, em 1942 foi efectuado projecto de novo lanço da estrada do Rolão ao Colmeal e do Ventoso ao Soito.
Três anos volvidos (1945), foi comparticipado o edifício escolar da Malhada. Tal construção foi efectuada por administração directa da União Progressiva da Freguesia do Colmeal.
Novamente projecto parcelar da estrada do Rolão foi elaborado, agora do Vale das Giestas ao Longo das Vinhas.

Como os empreendimentos nem sempre eram comparticipados publicamente com a brevidade ansiada, os levantamentos topográficos, nalguns casos, acabavam por ficar desactualizados. Isto verificou-se com o projecto de ampliação do Largo, calcetamento de ruas em Colmeal e estrada Ventoso ao Soito.
O Largo exigiu novo projecto e a sua ampliação foi executada em 1961. Custou mais o transporte dos paralelos, em carros de bois, do Ventoso ao Colmeal, que o custo dos mesmos colocados pelo fornecedor no Ventoso. Foi mais um grande encargo para a agremiação.

Trinta e nove anos depois da primeira exposição aos CTT, foram em 1971 expedidas e recebidas as primeiras encomendas postais na freguesia. Também por iniciativa e responsabilidade da União Progressiva da Freguesia do Colmeal foi ampliada a rede telefónica a toda a freguesia. O posto público telefónico inicial foi de iniciativa da Junta de Freguesia e foi empreendimento bastante oneroso para a autarquia.
Em 1972 a União em colaboração com a Junta de Freguesia procedeu na Panasqueira à captação de água para abastecimento público, e à sua condução até ao Colmeal. Igualmente em colaboração económica mútua as duas entidades construíram novo depósito e fontenário nas Seladas.
A nível paroquial, ou seja em empreendimentos de utilidade pública de iniciativa do pároco, também a União colaborou economicamente. Estão neste caso a ligação Colmeal a Cepos, Centro Paroquial e Balneários e Rancho Folclórico «Serra do Ceira».

Quando do 40º aniversário a União Progressiva da Freguesia do Colmeal procedeu à entrega de Diplomas a todos os associados com mais de 25 anos consecutivos, mandou cunhar medalhas comemorativas e saiu uma edição especial de «O COLMEAL» com 40 páginas (a maior de sempre). Desta edição, onde se descrevia resumidamente a sua actividade de quatro décadas, foi enviado um exemplar a todas as agremiações da Comarca. Porém, diga-se, a colaboração económica da União para esta edição foi diminuta.

Com a finalidade de servir melhor toda a freguesia (e não só) efectuaram os CTT, por diligências da União, projectos vários (o primeiro quase há 20 anos) para uma possível «estação dos Correios». Porém múltiplas e indesejáveis circunstâncias tornaram inviável a sua concretização. Quando se colocam interesses individuais, embora legítimos, acima dos colectivos, sai a comunidade lesada. Foi o verificado.

Também a União, por várias formas, foi uma das entidades a solicitar a electrificação, e a ampliação da carreira de camionagem até à nossa freguesia, despacho de mercadorias e, igualmente, o transporte de crianças para frequentarem em Góis estudos superiores à instrução primária.

in Boletim “O Colmeal”, Nº 168 – Dezembro de 1980
Arquivos da União

23 outubro 2015

ALEGRIA E MUITA ANIMAÇÃO NO 84º ANIVERSÁRIO DA UNIÃO


Foi com muita alegria e animação que no passado dia 11 de Outubro se comemorou o 84º aniversário da União Progressiva da Freguesia do Colmeal. O tempo chuvoso não foi impeditivo para que esse dia se transformasse em mais uma data a recordar na já longa vida da colectividade.





A Quinta de Santa Teresinha, em Cabeçudo, próximo da Sertã, foi a sala de visitas para os duzentos participantes que de Lisboa, do Colmeal e de outras localidades se deslocaram para connosco festejar o aniversário.


















Duas breves intervenções, do presidente da Direcção da União e do presidente da Junta da União das Freguesias de Cadafaz e Colmeal.

António Santos depois de cumprimentar os presentes e justificar algumas ausências recordou Manuel Martins dos Santos e Carlos Dias, desaparecidos do nosso convívio já no presente ano. O primeiro, um grande regionalista e extraordinário dirigente; o segundo, que não sendo do Colmeal se considerava seu filho adoptivo e que com a canoagem no Ceira muito fez pela divulgação da região.
Lembrados os homens fortes e determinados que criaram a União em 1931, que não viravam a cara às dificuldades mas que as enfrentavam sem temor. Apesar da sua pouca instrução e pouca cultura, tiraram o Colmeal e as aldeias do isolamento em que se encontravam, e bateram-se pelas infra-estruturas básicas e indispensáveis.
Aludiu à recente reabertura do Centro de Cultura e Convívio no Colmeal, às iniciativas ainda previstas para o corrente ano e para a organização de uma excursão a Cabo Verde em Julho de 2016.
Carlos de Jesus felicitou a colectividade aniversariante e manifestou disponibilidade para continuar a trabalhar em prol das melhorias que as aldeias ainda necessitam.



Seguiu-se a entrega de placas alusivas aos sócios que completaram 25 e 50 anos de vida associativa.












Depois, foram os habituais sorteios, dançar, lanchar e cantar os parabéns.
Foi um dia de extraordinário convívio. Todos estiveram de parabéns.












UPFC
Fotos de Francisco Silva e A. Domingos Santos