Finalmente! Programada para Junho de 2020 foi, pelos motivos que todos nós conhecemos – Covid19 – adiada por várias vezes e só agora concretizada. Coincidência ou não, precisamente quando as restrições foram levantadas.
De 23 a 30 de Abril viajámos por Viena, Budapeste, Bratislava e Praga.
Partida de Lisboa com destino a Viena, capital austríaca, onde chegámos pela hora do almoço. Temperatura agradável, permitindo-nos durante a tarde fazer uma visita panorâmica da cidade. Viena, situada nas margens do Danúbio, é terra de imperadores, compositores e artistas. Carateriza-se por uma mistura única de tradições imperiais e arquitectura moderna impressionante. Famosa pelos eventos culturais, pontos turísticos, cafés, tabernas e encanto especial.
Após o jantar assistimos a um maravilhoso concerto, que nos fez sentir e apreciar a verdadeira essência da música clássica de Viena, no mesmo local onde Johann Strauss costumava dirigir a sua orquestra a partir da sua posição de primeiro violino. Um serão de autêntico charme vienense, animado pelo som melodioso de valsas, polcas, árias e duetos, bem como melodias de operetas e de concertos para piano, acompanhados por excelentes cantores de ópera.
No segundo dia prosseguimos a visita de Viena, cidade que conta com uma particularidade arquitectónica, denominada por “ringstrass”, idealizada e construída no século XIX. Em pleno coração da cidade, neste “ring” (anel) encontramos todas as pérolas de que Viena dispõe para nos presentear, como palácios, parques e áreas pedestres.
O Palácio de Schönbrunn, juntamente com o seu amplo parque, faz parte dos monumentos artístico-arquitectónicos mais importantes do património cultural da Áustria. Este palácio barroco, construído em 1713, foi a residência de verão da casa imperial. Ali nasceu em 1830 o imperador Francisco José, que governou de 1848 a 1916 e onde passou, também, os seus últimos anos de vida.
O palácio, o parque e o zoológico são Património Cultural da Humanidade desde 1996. Dos seus 1141 quartos, apenas 40 podem ser visitados.
No dia seguinte partimos para Budapeste. Após o almoço subimos ao Monte de S. Geraldo, localizado em Buda, para uma primeira imagem da capital, com os seus monumentos, que dão um encanto muito especial à cidade com grande destaque para o fantástico Parlamento. O jantar foi servido num restaurante que recriava o estilo medieval, com os empregados vestidos à época, com música e danças que geraram ao longo da noite um ambiente de festa.
A visita a Budapeste ocupou o nosso quarto dia. Buda e Peste. Destacamos a Praça dos Heróis, a Ópera, a Basílica de Santo Estêvão, a Ponte das Correntes e o Bastião dos Pescadores, assim como a visita ao Parlamento de Budapeste, um dos mais bonitos e imponentes de toda a Europa.
A visita continuou pela tarde e terminou com um relaxante passeio de barco pelo rio Danúbio, que nos permitiu ver de um outro ângulo esta bonita cidade.
Ao quinto dia deixamos Budapeste e rumámos a Bratislava, capital da República da Eslováquia. Situa-se no sudoeste do país junto da fronteira com a Áustria e da Hungria. Uma visita panorâmica pela cidade antes do almoço, tendo depois prosseguido até à bonita cidade de Praga, onde chegámos ao final do dia.
Após o pequeno-almoço iniciámos a visita de Praga, começando na bonita Praça Wenceslau. Continuámos para o centro vital da capital – a Praça da Cidade Velha. Dominada por vários edifícios monumentais, está repleta de cafés, restaurantes, lojas, artistas de rua…De um lado, a alta torre da Prefeitura de Praga, edifício gótico do séc. XIV, e do outro, o famoso relógio astronómico, que data do começo do séc. XV. Na parte superior deste relógio, desfilam a cada hora, imagens dos 12 apóstolos, podendo ver-se na parte inferior uma cópia do calendário zodiacal.
Prosseguimos pelo Bairro Judeu onde visitámos o seu cemitério, monumento histórico único no mundo. Seguiu-se a visita à Sinagoga Espanhola.
Embarcámos num relaxante passeio de barco pelo rio Moldava, permitindo ver o Castelo, as várias pontes, enquanto desfrutávamos de um agradável almoço buffet. Regressando a terra, continuámos pela parte alta da cidade, por uma das mais belas praças de Praga – a Praça do Loreto, onde visitámos a Capela do Loreto. Depois, o Castelo de Praga, construído durante o séc. IX, com destaque para a Catedral de S. Vito e o antigo Palácio Real. Seguimos pela Rua do Ouro, uma das mais pitorescas da cidade, com as suas lojas de souvenirs e a casa com o nº 22, que pertenceu ao famoso escritor checo Frank Kafka. Descemos até à Igreja do Menino Jesus de Praga, indo depois assistir a uma actividade cultural muito característica da cidade – o Teatro Negro. Fundo negro com iluminação estratégica de jogo de luz e sombras, onde a dança, a música e a pantomina estão presentes. Espectáculo que muito apreciámos.
No penúltimo dia, partimos para a famosa e bonita cidade termal de Karlovy Vary que se encontra localizada na parte ocidental da República Checa. Tem este nome desde a fundação da cidade pelo Imperador Carlos IV em 1370.
Para além das suas termas mundialmente conhecidas, tem também um grande destaque a nível internacional devido ao seu Festival de Cinema. A cidade foi já cenário de vários filmes como o 007 – Casino Royal. Também é famosa pelo licor Becherovka, inventado por Jan Becher e que, segundo reza a lenda, a sua receita é um segredo que está guardado a sete chaves e só duas pessoas sabem exactamente quais os trinta ingredientes da fórmula e a sua exacta proporção. Dizem os entendidos que por se usar a água de Karlovy Vary faz a diferença.
A cidade também é mundialmente famosa pelos cristais da marca Moser, de alta qualidade e pureza com o know-how dos melhores artesãos da Bohemia.
Regressados a Praga fomos atravessar a famosa “Karluv Most” ou seja, a Ponte Carlos, mandada construir pelo rei Carlos IV, sendo a mais antiga da cidade. Destacam-se as suas 30 estátuas, que representam santos, verificando-se um contraste entre a arquitectura gótica da ponte e as estátuas barrocas. A mais famosa é a de S. João de Nepomuceno, patrono da República Checa.
O jantar de despedida foi na Cervejaria U-Fleku, a mais conhecida e também a mais antiga da cidade, localizada num antigo edifício do séc. XV.
Na manhã do último dia ainda houve tempo para mais umas compras. O voo até Lisboa demorou pouco mais de três horas e decorreu sem sobressaltos. Oito dias que ficarão nas nossas memórias.
Finalizamos este apontamento agradecendo a confiança que os participantes nesta viagem sempre depositaram na organização, UPFC e UNIK, apesar dos muitos transtornos causados pela Covid19 durante todo o processo.
Pela Direcção da UPFC
António D. Santos
04Mai2022
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