15 agosto 2009

Mérito para Regionalistas Colmealenses

Como havíamos dado conhecimento anteriormente, no passado dia 13 de Agosto, Dia do Município de Góis, foram distinguidos três grandes Regionalistas da Freguesia do Colmeal - Manuel Martins Barata, Fernando Henriques da Costa e Eng. António dos Santos Almeida (Fontes). As Medalhas de Mérito do Concelho, atribuídas a título póstumo, foram entregues pelo Vice-Presidente da Câmara à viúva de Manuel Martins Barata e pelo Presidente da Assembleia Municipal à viúva de Fernando Costa. Henrique Brás Mendes, na ausência de familiares de António Santos Almeida, por motivo de doença, recebeu a medalha e o diploma e fez um breve resumo do percurso dos três homenageados. A União Progressiva da Freguesia do Colmeal esteve representada ao seu mais alto nível com vários dirigentes. Fotos de A. Domingos Santos UPFC

Manuel Duarte de Almeida

Já o vimos por aqui a tocar concertina e com o cesto do pão às costas. Recordámos a sua passagem quando ainda jovem, por Lisboa, com um cacho de bananas ou umas caixas para entregar, tendo como fundo a estátua equestre de D. José I, no Terreiro do Paço. Agora, vemo-lo sorridente a apreciar a exibição do Rancho Folclórico Serra do Ceira, na passada segunda-feira no Colmeal. Certamente a recordar os tempos em que as pernas não o atraiçoavam quando o pé lhe puxava para o bailarico. A poucos dias de completar oitenta e três primaveras continua jovem e sempre bem disposto. Foto de A. Domingos Santos

ALMOÇO COMEMORATIVO DOS 78 ANOS DA UNIÃO

. Será já no próximo dia 20 de Setembro, pelas 13 horas, que a União Progressiva da Freguesia do Colmeal vai realizar o seu almoço comemorativo dos 78 anos ao serviço do regionalismo. Vamos voltar ao aprazível restaurante, a Quinta da Feteira, situado próximo de Fazendas de Almeirim. É um local muito simpático e acolhedor, com belos espaços verdes, onde poderá passar uma magnífica tarde de convívio. Será mais uma oportunidade, a não perder, para conviver e rever os amigos. A União disponibiliza gratuitamente o transporte em autocarro, (ida e volta) a partir de: • Colmeal (Largo D. Josefa) às 07 horas c/ passagem por Fátima; • Lisboa (Sete Rios – estacionamento frente ao Jardim Zoológico) às 09 horas. Os participantes que saem de Lisboa terão possibilidade de visitar o Palácio Nacional e o Jardim do Cerco em Mafra, antes de rumarmos para a Quinta da Feteira. Para quem se deslocar do Colmeal, haverá possibilidade de visitar a nova Basílica em Fátima antes de seguir para o restaurante. A ementa do almoço e do lanche encontra-se mais abaixo para sua prévia apreciação. O regresso far-se-á cerca das 19 horas. Os preços são os seguintes: Adultos – 30,00 euros; Crianças de 6 a 11 anos – 15,00 euros; até 6 anos – grátis Solicitamos o favor de efectuar a sua reserva de lugar o mais cedo possível (data limite de 13 de Setembro), para um dos seguintes contactos: Colmeal » José Álvaro Domingos / Anabela Domingos – 235 761 490 Lisboa » António Santos – 21 7153174 / 96 2372866 » Maria Lucília – 21 8122331 (desde 1 de Setembro) / 91 4815132 » Luísa Costa – 93 7014530 Venha passar connosco um dia diferente. Vamos ter música ao vivo e bar aberto. Esperamos por si! A Direcção
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EMENTA
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Entradas:
Salgados, Enchidos, Entremeada, Febras e Fígado de Coentrada. Martinis, Favaios, Gin-Tónico, Whisky novo, Águas, Sumos e Vinhos.
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Sopa:
Sopa da Pedra Creme de legumes
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Prato de Peixe: Bacalhau dourado c/ batata a murro, coentros e salada mista .
Prato de Carne: Medalhões de porco c/ bacon, arroz de linguiça e espinafres .
Sobremesas: Espetada de frutas c/ molho de morango ou Gelado de natas c/ molho de kiwi
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Café e Digestivos: Café, Whisky Novo, Aguardentes Novas, Licor de Whisky, Amêndoa amarga, Vinho do Porto, Cerveja e imperial .
Lanche Buffet: Caldo-verde Cachaço de porco no forno fatiado Perna de peru no forno Perninhas de frango panadas Arroz de pato Batatas pála-pála Bacalhau à casa
Salgados Salada de atum com feijão frade Salada de frango com maionese Salada russa Salada de massas com cogumelos e bacon Salada de orelha de coentrada Calamares Peixinhos d' horta Pataniscas de bacalhau Frutas fatiadas Doces caseiros
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Bebidas incluídas (sumos, águas, vinhos maduros brancos e tintos, imperial)
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MÚSICA AO VIVO . . Tarde dançante . . BAR ABERTO . . UPFC

14 agosto 2009

Festas de Verão no Colmeal

No passado fim-de-semana realizaram-se no Colmeal as Festas de Verão 2009. Começaram com o Campeonato de Sueca na sexta-feira à noite e continuaram durante o dia de sábado com o atletismo, ciclismo, natação e futebol. Com o Colmeal iluminado a animação continuou até altas horas.
No domingo a procissão percorreu algumas das ruas da sede de freguesia após a missa celebrada na igreja. Depois do almoço foi inaugurado o Caminho Alfredo Alves Caetano e à noite o Largo voltou a ser o centro da animação.
Na segunda-feira e já no Parque de Merendas das Seladas, realizou-se o Campeonato de Malha. Os troféus aguardavam a chamada dos vencedores enquanto voluntários iam tratando das sardinhas. Entre os presentes era notória a boa disposição.
A prova do Tiro, sempre muito participada, antecedeu a entrega dos troféus e dos diplomas de participação.
Ao fim da tarde e já no Largo D. Josefa das Neves Alves Caetano, o Rancho Folclórico Serra do Ceira a todos encantou e contagiou, pois todos quiseram dançar com eles e recordar como era o "baile de roda mandado".
A finalizar as Festas de Verão 2009 houve um espectacular trabalho concebido e protagonizado pela Juventude. A noite de segunda-feira foi deles e de todos aqueles que não arredaram pé do Largo e lhes tributaram merecidos aplausos. Uma extraordinária e divertida passagem de modelos, um concurso de pernas e uma sessão de Karaoke preencheram o Espaço da Juventude.
O Colmeal adormeceu já a noite ia alta. Fotos de Francisco Silva UPFC

13 agosto 2009

Festa do Açor

“Teve lugar de 1 a 2 de Agosto. A Festa do Açor que se celebra em honra de Nossa Senhora da Saúde. Como habitualmente, constituída por uma parte religiosa e uma profana, a religiosa consistiu na celebração da Santa Missa, a que presidiu o Pároco de Arganil, cuja presença a comunidade do Açor agradece.
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No que toca à parte profana, destacam-se a participação nos jogos de cartas e da malha, bem como na actuação do Rancho Serra do Ceira, o que lhe augura um futuro muito promissor. Não são encantadores, os pares? Parabéns pelo trabalho em curso.
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Lisete de Matos
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Açor (Colmeal) 09/08/05”

12 agosto 2009

Santo António

É lindíssima esta imagem do Santo António. Em cerâmica (azulejo ?), está numa casa em fase de ruína em frente ao edifício da antiga escola do Colmeal. À mão de semear, ainda bem que não foi vandalizada. Certamente que ainda terá dono e a este ou a quem de direito dirijo o meu pedido: resguardem e recuperem o Santo António. Obrigado. A. Magalhães Pinto

Tradições

. 4. A gestão da água / o juiz da água
O Soito sempre foi uma terra abundante em água, porque é uma das aldeias mais baixas da Freguesia, aproveitando assim do rio e das ribeiras para regar as suas terras, algumas das quais designadas de lameiros pelo facto de entre o Inverno e a Primavera serem irrigadas de forma permanente, a fim de produzir a erva para os animais, cujo último corte era destinado ao feno (erva seca), guardada nos palheiros, para consumo sobretudo nos dias mais invernosos em que o gado não saía dos currais.
Apesar disso, as terras mais junto da aldeia, onde se cultivavam sobretudo as hortas, disputavam uma quantidade nem sempre abundante de água, que era / é captada na “ribeira”, no desembocar das águas do Ribeiro de Além e da Quinta das Águias. Aí havia 3 poços (actualmente em ruínas) que, após estarem cheios (uma a duas vezes ao dia, dependendo da quantidade de água), eram abertos, sendo a sua água transportada até ao Soito, por uma levada de cerca de 2 km (hoje substituída por um tubo).
A água destes poços, que demoravam cerca de 2 horas a serem esvaziados, uma vez chegada ao Soito pela dita levada (alguma perdia-se no caminho), era depositada num poço de terra e pedras de grande dimensão situado no cimo da aldeia, hoje substituído por um tanque de cimento.
A distribuição da água era feita segundo escritos antigos, ainda hoje existentes, com base na dimensão de cada um dos terrenos de cultivo que a ela tinham direito, mas como acontecia em muitas outras terras do país, originava por vezes algumas discórdias, dado que algumas pessoas menos conscientes abusavam da sua utilização esquecendo os direitos dos outros.
A fim de resolver as “guerras da água”, os antigos habitantes resolveram então colectivamente instituir a figura do “juiz da água”, que era um homem designado por todos os agricultores para controlar a utilização da água por cada uma das propriedades, de acordo com o tempo a que tinham direito.
Este juiz, que eram pago em géneros agrícolas pelos diversos proprietários, tinha como função abrir o poço da aldeia e encaminhar água pelas levadas em direcção às terras que naquele dia iria ser regadas, chegada a água ali, virava o “tornadoiro(1)” e controlava o tempo de rega, cortando a água em direcção a outro destino, quando este terminava, ainda que o terreno não tivesse sido todo regado. Era necessário cumprir a “lei” e o juiz era implacável.
Os seus instrumentos eram o relógio para controlar o tempo de rega e um pequeno sacho para levar a água para o percurso desejado e também para desobstruir as levadas e os rêgos.
O último juiz da água do Soito, que exerceu a sua função até cerca de 1970, foi o ti António da Neves, mais conhecido por ti António do Balcão (dado que a sua casa, à entrada da chamada “rua da carvalha”, tinha um pequeno balcão e um alpendre). Era natural de Aldeia Velha e casou no Soito e o seu sacho ( a sua ferramenta de juiz da água) é uma das peças que integram o acervo do “Espaço Museológico do Soito”. [1] Desvio da água para o local desejado, através da colocação de torrões (ervas com terra) no curso inicial.
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António Duarte – Comissão de Melhoramentos do Soito

Nevoeiro no rio

Fotos de Pedro Marquês