14 dezembro 2008

Folhas de um livro… (5)

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“Filho de Joaquim Fontes de Almeida (um dos fundadores da União Progressiva da Freguesia do Colmeal e seu sócio número um), o Sr. Eng. António dos Santos Almeida (Fontes) cedo se começou a aperceber dos problemas daquela freguesia, pois, embora ainda criança, tomou parte na reunião primeira da colectividade, que se realizou em sua casa e acompanhou de perto toda a sua actividade, desde a construção da estrada Rolão-Colmeal, construção do chafariz do Largo, no Colmeal, e construção da ponte do Soito, que foram as primeiras obras daquela colectividade. Não admira pois que, chamado para presidir à direcção da colectividade pelos Srs. Manuel Francisco Brás e Francisco Luís, tenha aceite colaborar num movimento que já sentia e vivia. Foi durante as suas gerências, que foram várias, que se realizaram alguns dos principais melhoramentos daquela freguesia e outros foram concluídos. Basta-nos referir a conclusão da estrada Rolão-Colmeal, ramal para o Soito, ampliação e calcetamento do largo da Fonte, no Colmeal, electrificação da sede da freguesia e projectos de electrificação das restantes terras, abertura das estradas para Ádela, Açor e Sobral, além de muitas outras lutas travadas nomeadamente com a construção dos CTT, manutenção do telefone, garantia de assistência médica à freguesia, etc.” Henrique Brás Mendes, iniciava assim uma longa entrevista ao ex Presidente da Assembleia-Geral da União Progressiva da Freguesia do Colmeal, Eng. António dos Santos Almeida (Fontes) com honras de primeira página em “A Comarca de Arganil”. Depois de falar sobre os motivos que o haviam levado a afastar-se após uma Assembleia-Geral recente, considerava que “a experiência e o saber dos veteranos não podem nem devem ficar estagnados ou perdidos”. Dando indicações de sentir alguma dicotomia na colectividade, afirmava mais à frente que “Uma colectividade regionalista não é uma comissão de juventude. Naquela, todos, velhos e novos, não só têm o direito, mas o dever de colaborar. O principal é que haja união. Não queremos ter uma comissão de juventude e uma comissão de velhos.” Considerava, no entanto, que “é na juventude que deve assentar a esperança da continuação do movimento regionalista.” Excerto de uma entrevista publicada em “A Comarca de Arganil”, Nº 7497, de 20 de Julho de 1976.

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