Grupo de Amigos do Sobral, Saião e Salgado
“A colectividade engloba as aldeias de Sobral, Saião e Salgado, entre as quais sempre houve uma grande aproximação, bem como o casal Vale de Asna.
Antes da sua constituição, em 4 de Outubro de 1977, já havia um grupo de trabalho informal, promovendo algumas realizações nas povoações. Tem-se notícia de, nos anos 60, terem adquirido um posto público de telefone e, em colaboração com os serviços florestais, abrirem a estrada Sobral-Mimosa.
Nos anos 70 seria a construção do adro da capela; a abertura e construção das estradas Selada da Cova e Sobral-Primendes; a mina na Panasqueira, para abastecimento de água ao Sobral, com as canalizações e depósito de água; e a elaboração do projecto para fornecimento de energia eléctrica às três aldeias.
Seria só em 1982 que os seus estatutos eram oficialmente aprovados e registados, tendo sido eleitos os primeiros corpos sociais. Foram eles: na Direcção, Maria Leonor Nunes (presidente), Joaquim Ventura, Manuel António, Carlos de Jesus e Américo Vicente; e nas presidências da Assembleia-Geral e Conselho Fiscal, respectivamente, Artur Augusto e Carlos Navarro.
Nessa década de 80, procedeu-se à melhoria da estrada do Sobral até ao rio Ceira e seria aberta a estrada a partir da municipal 543 até ao Saião e Salgado, que viria a ser alcatroada em 1996.
Em 1990 é adquirida a Casa de Convívio do Sobral, onde, em anos seguintes, se fariam obras de beneficiação e ampliação, com instalação de equipamento.
Em 1999, é a vez da Casa do Salgado, com terrenos anexos, na qual seriam levadas a efeito obras de recuperação, para servir esta aldeia e Saião. A colectividade ficaria assim com duas casas de convívio, uma delas posta à disposição da Assistência Social, gratuitamente, ali tendo funcionado um Centro de Dia.
Em 2000, a iluminação pública seria ampliada às três aldeias.
De registar que, recentemente, foi atribuído o diploma de sócio benemérito a Manuel Zacarias Teixeira Rego.
Com cerca de 140 sócios, a Direcção actual, jovem e cheia de entusiasmo, está empenhada no melhoramento das condições de vida local. Com uma página na Internet, presta constantes informações sobre a colectividade e as aldeias.
Em Sobral residem doze pessoas, em Saião nove e em Salgado sete, mas em Lisboa a sua comunidade ultrapassa, segundo se pensa, quatro centenas de pessoas, muitas delas com grande desejo de regressar às suas origens.
Querem terminar a Casa de Salgado e prosseguir os esforços de convívio, de modo a aumentar o espírito de solidariedade e união no seio da sua comunidade.”
In “memórias e esperanças”, de João Nogueira Ramos, edição da Casa do Concelho de Góis, 2004
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