A União Progressiva da Freguesia do Colmeal anunciou há pouco mais de mês e meio a intenção de realizar uma excursão a esta bela região e em particular a esta cidade tão rica em motivos religiosos e arquitectónicos.
O primeiro grupo de 40 participantes esgotou de imediato e assim, vimo-nos obrigados (mas satisfeitos) a negociar com a Agência um segundo grupo de cinquenta. Neste momento apenas estão disponíveis quatro lugares.
Recordamos que o passeio se efectuará no fim-de-semana alargado de 1, 2 e 3 de Maio de 2009. Com partida e chegada a Lisboa, haverá uma paragem em Coimbra para receber os participantes do Colmeal.
Se ainda não se inscreveu… de que está à espera?
Venha! …mas despache-se!...
Já sabe que viajar com a União do Colmeal vale a pena.
Para que fique a saber um pouco mais do que iremos encontrar, aqui lhe deixamos este pequeno apontamento.
Santiago de Compostela é uma cidade espanhola considerada a capital cultural da Galiza.
A Galiza, comunidade autónoma da vizinha Espanha ocupa a parte Noroeste da Península Ibérica, fazendo fronteira com Portugal através do rio Minho. Engloba as províncias de La Coruña, Lugo, Orense e Pontevedra.
As terras galegas são as mais antigas da Península, sendo o Maciço Galaico caracterizado por numerosas montanhas pouco elevadas. Os seus rios são curtos, regulares e rápidos e tem uma costa muito recortada, com numerosas rias e cabos. A pesca constitui uma das maiores riquezas da região, para além do turismo.
A catedral de Santiago de Compostela (séculos XI e XII) ostenta o célebre Pórtico da Glória, uma obra-prima da escultura românica e encerra o túmulo do apóstolo S. Tiago Maior, padroeiro de Espanha (sob o altar na parte Leste). Com a descoberta do túmulo do apóstolo São Tiago no ano de 813, Santiago de Compostela tornou-se um dos centros de peregrinação mais importantes do mundo. Foi, juntamente com Roma e Jerusalém, um dos mais famosos centros de peregrinação da Idade Média.
As numerosas vias que conduziam a Compostela, os Caminhos de Santiago, foram extraordinários agentes de intercâmbio cultural e nelas se fundaram grandes igrejas para apoio dos peregrinos
A maioria dos peregrinos utiliza o Caminho Francês que começa em Roncesvalles ou em Sain Pied de Port, passando através de Espanha, em direcção a Santiago de Compostela, como ainda muito recentemente António Lopes Machado referia nas suas crónicas semanalmente publicadas em “A Comarca de Arganil”.
São vários os motivos que levam a empreender a viagem pelo Caminho Francês em direcção a Compostela. A busca da santificação ou o maravilhoso caminho já não são actualmente as únicas intenções dos viajantes. A procura de si próprio, a arte ou a ideia de chegar a pé ao fim do mundo são as razões que levam o peregrino a percorrer um caminho tão longo. É uma tradição que remonta a tempos imemoriais e que os nossos antepassados cumpriram, transmitindo-nos sabedoria, crenças, ideias e imaginação.
Santiago de Compostela é muito justamente considerado um dos pilares do cristianismo, pois alberga 46 igrejas, 114 campanários, 288 altares e 36 congregações. Revela-nos uma arquitectura religiosa e muito antiga.
Existem exemplares excepcionais que podem ser admirados, como, por exemplo, dois anjos do século XIV com óculos, integrados num alto-relevo ou uma Virgem Maria grávida, na entrada de uma igreja.
Merecem ainda referência a Universidade, fundada em 1532, e o Hospital Real (hoje transformado em hotel), construído pelos Reis Católicos (1501-1511).
A Universidade de Compostela tem mais de 500 anos. Propõe mais de sete dezenas de licenciaturas, meia centena de doutoramentos e inicialmente tinha cerca de meio milhar de alunos. Hoje, esse número rondará os 35 mil.
Muitas bibliotecas e edifícios modernos estão agora à disposição dos alunos, para além de todos os que, de origem religiosa, foram remodelados de forma a poderem cumprir o seu papel como instituições universitárias. Refira-se, a título de curiosidade, que a biblioteca principal dispõe de um milhão de livros.
O primeiro edifício universitário construído remonta ao século XIV. É onde funciona a Faculdade de Geografia e História, na Plaza de Mazarelos e aí, na sua biblioteca, poderemos encontrar o livro mais antigo da Galiza, “De las horas”, escrito em 1055.
Há pouco mais de vinte anos, em 1985, a catedral de Santiago de Compostela foi declarada Património Mundial da Cultura pela UNESCO.
A sua fachada principal é conhecida como Obradoiro, ou seja, “trabalho de ourives”, porque foi trabalhada de forma muito artística e detalhada por pedreiros em princípios do século XVIII.
A construção da actual catedral iniciou-se em 1077, durante o reinado de Afonso VII.
A superfície da catedral ronda os 23 mil metros quadrados. A sua primeira construção, entre os anos de 791 e 842 foi uma capela, durante o reinado de Afonso II. Mais tarde foi destruída pelas lutas contra os Mouros e pelos levantamentos dos camponeses.
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UPFC
1 comentário:
Vocês têm que me explicar como conseguem fazer coisas com tal sucesso.
Um grupo, dois grupos, qual é o segredo?
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