LISBOA
foi, durante a Segunda Guerra Mundial, o centro da espionagem e da intriga
internacionais, e a única cidade europeia onde Aliados e potências do Eixo
operavam à luz do dia e se vigiavam mutuamente. Era a Casablanca real, com
todos os ingredientes de uma glamorosa intriga ficcional – manobras de
bastidores, traições, um próspero mercado negro, romances tumultuados, espiões
de ambos os lados da guerra, refugiados, banqueiros, diplomatas, elementos da
realeza europeia exilada e da alta sociedade, escritores e artistas que se
cruzavam nos hotéis e cafés do centro da cidade ou da idílica costa do Estoril.
Os duques de Windsor, Marc Chagall, Calouste Gulbenkian, Ian Fleming ou o actor
Leslie Howard, foram apenas algumas das muitas celebridades que passaram por
Lisboa nesta altura. Sobre este cenário de filme noir dominam dois protagonistas – Salazar e a destreza política com
que joga, no finíssimo fio da navalha, a neutralidade e a soberania
portuguesas. Numa obra brilhante e extremamente bem documentada, Neill Lochery
oferece-nos a oportunidade única de visitar Lisboa na época em que foi chamada
de Cidade da Luz.
Como
se lhe refere o Wall Street Journal
Europe este livro é “Uma crónica
evocativa deste discreto recanto nos anos da Segunda Guerra Mundial. Deixando
transparecer a amplitude do seu trabalho de investigação, Neill Lochery criou
um relato extraordinariamente apelativo do papel que este pequeno país
desempenhou no teatro dos acontecimentos.”
Sinta-se
na Lisboa de 1939-1945 e acompanhe “a
guerra nas sombras da cidade da Luz”, tente perceber os jogos diplomáticos
e as dificuldades com a passagem de milhares de refugiados para outros países. Será
que houve realmente neutralidade de Portugal nesta guerra? Fique a saber como
se processava a exploração e exportação de volfrâmio para a Alemanha de Hitler e
o pagamento que nos era feito em barras de ouro, muito dele saqueado nos países
ocupados ou tirado aos que morreram nos campos de concentração.
Este
interessante livro da Editorial Presença, 2ª edição de Junho de 2012, estará
brevemente à sua disposição na Biblioteca da União, no Colmeal.
A. Domingos Santos
1 comentário:
Ora aqui está uma boa promoção da leitura.
Apelativa, cativante, uma pontinha de suspense... Parabéns!
Deonilde Almeida.
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