Apenas duas linhas para lhe dizer que este percurso é lindíssimo.
Faz-se bem, sem grande esforço. Claro que uma subida é sempre uma subida, mas ao olharmos para a beleza natural que nos rodeia esquecemos tudo o mais.
Imaginemos o que seria fazer estes caminhos com o sarrão às costas ou à cabeça e sem companhia por perto para ir conversando ou confidenciando um segredo.
E agora a motivação também é outra. Caminhar, confraternizar, partilhar, descobrir. Com descontracção e sem necessidade de estugar as passadas, porque para a nossa casa já estão esgotadas todas as horas que nos estavam destinadas no “munho”.
Casas desfeitas, outras meias caídas, portas e janelas sem ninguém para as abrir, cravelhas que há muito não sentem as calosidades de uma mão, caminhos que se esqueceram do som das brôchas, das cardas e das tamancas. Trilhos que ficaram secos sem a pinga do suor ou de alguma lágrima dos que por ali passavam.
2 comentários:
-Belas fotos!
Parabéns Catarina.
Catarina estás de parabéns com estas excelentes fotos.
A desertificação está bem patente em tudo o que captaste.
Mas, apesar de todo o silêncio que se "ouve" nas fotografias, a nossa freguesia e a região continuam a ser lindíssimas.
Lá estarei no dia 14.
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