“Um dos objectivos essenciais das Áreas Protegidas é o de conservar a extraordinária variedade do mundo a que pertencemos. São espaços abertos, sem qualquer vocação para salas de espectáculo da natureza, sem bilhete de entrada ou área de funcionamento. Neles todos podem entrar livremente, mas esta liberdade de ingresso tem como contrapartida a necessidade de observância de certas regras. O usufruto de qualquer Área Protegida, cuja protecção depende essencialmente de cada um de nós, exige o cumprimento voluntário de um pequeno conjunto de normas de condutas: seguir os caminhos e trilhos existentes; não colher plantas, flores ou frutos, ou amostras minerais; respeitar a tranquilidade do local; deitar o lixo nos locais apropriados; estacionar apenas nos parques autorizados; acampar nas áreas especialmente destinadas a esse fim; não fazer lume; cumprir os regulamentos de caça e pesca. Há gestos e acções, inúteis e destruidores, que devem ser evitados. Respeitar as normas específicas a cada Área Protegida significa estar a contribuir de facto para a sua conservação e valorização.” A Paisagem Protegida da Serra do Açor é a que tem a área mais pequena entre os Parques Nacionais e Naturais e Reservas Naturais existentes no país, com apenas 346 hectares. O Parque Natural da Serra da Estrela com 100 mil hectares é o maior logo seguido do de Montesinho, com 75 mil. Para além destes, encontramos mais os seguintes Parques Naturais: Alvão, Serras de Aire e Candeeiros, Serra de S. Mamede, Arrábida, Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e mais a sul, a Ria Formosa. Como Áreas Protegidas temos a do Litoral de Esposende, Sintra – Cascais e a Arriba Fóssil da Costa da Caparica. Em termos de Reservas Naturais temos as Dunas de S. Jacinto, Serra da Malcata, Paul de Arzila, Berlenga, Paul do Boquilobo, Estuário do Tejo, Estuário do Sado e o Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António. O Parque Nacional da Peneda – Gerês é provavelmente o mais conhecido e aquele de que mais se fala. Relativamente à Paisagem Protegida da Serra do Açor, retiramos e salientamos: “A Estrela, o Açor e a Lousã, uma extensa cordilheira povoada de granitos e xistos, uma dorsal que se alonga de nordeste para sudoeste, dividindo sensivelmente a meio o território de Portugal. Espaço montanhoso, é certo, mas onde não impera a uniformidade, já que esse bloco alteroso que é o hermínio maior se destaca claramente do extenso mar de cristas arredondadas, de altitudes dissimétricas e de pronunciadas quebradas com que se prolonga para sul. O Açor é o domínio do xisto, são cumes boleados que à distância escondem vales com grandes quedas de nível e linhas de água encaixadas, por vezes de dimensão quase imperceptível, que, ao sabor das vertentes, ora procuram o Ceira, ora se dirigem para o Alva. … Tal como os terrenos de cultura em socalcos, as «quelhadas», ficaram ao abandono, «vítimas» de êxodo rural, esquecidos também ficaram os curiosos fornos de madeira, construções circulares com cúpula, construídos com lajes de xisto ou calhau de quartzo e destinados a conferir uma maior rigidez e flexibilidade às varas de castanho. O artesanato dependente da floresta – tamancos, gamelas, mobiliário, várias alfaias agrícolas – quase desapareceu, sobrevivendo apenas alguma cestaria e o fabrico de colheres de pau.” Por julgarmos de interesse aqui vos trouxemos este apontamento que retirámos de “Os mais belos parques e reservas naturais de Portugal”, em dois volumes da Colecção Património, da Editorial Verbo, que agora poderão apreciar na Biblioteca da União, no Colmeal, onde sugerimos uma leitura mais atenta e cuidada. A. Domingos Santos
4 comentários:
Muito interessante esta colecção.
Estou a fazer uma Tese de mestrado e doutoramento em BIBLIOTECONOMIA E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO e seria interessante e muito útil, que publicassem o seguinte:
Qual o número de leitores registados na vossa biblioteca?
Quantas pessoas requisitaram livros em 2009?
Em que época aumentam os leitores?
Porqê tantaironia?
Ironia ?
A Biblioteca Municipal António Francisco Barata de Góis forneceu-me os dados de todas as Bibliotecas que existem no Concelho e inclusive do movimento da Biblioteca Itinerante.
Como não possuem qualquer registo, da vossa Biblioteca decidi sugerir que publicassem os dados.
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