No passado dia 11 de Outubro celebraram-se os 150 anos do nascimento de José Maria Alves Caetano (1863-1946). Foi paladino da promoção educativa dos seus conterrâneos e do desenvolvimento económico da região serrana, pela qual sentia grande apego.
Natural
do concelho da Pampilhosa da Serra viveu no de Góis até aos 15 anos de idade
antes de rumar a Lisboa. “Em 26 de Julho de 1890, na Igreja paroquial de Santo
Antão da cidade, concelho e distrito de Évora, o segundo sargento do Batalhão
municiado junto da Guarda Fiscal José Maria Alves Caetano, de 26 anos de idade,
morador na Praça do Sertório, 1 – 1º, contraiu matrimónio com Josefa Maria das
Neves, de 30 anos de idade, natural da freguesia do Colmeal, concelho de Góis,
…”
Em
A Comarca de Arganil e em A Gazeta das Serras, que fundou quando
já tinha 71 anos, exerceu o maior da sua cruzada, através da escrita, em prol
dos três concelhos. O gosto pela escrita e o amor à terra onde nasceu fizeram
dele um dos homens do início do Movimento Regionalista da Comarca de Arganil,
ficando como um dos principais obreiros desse grande Movimento de Solidariedade
que é o Regionalismo.
Os
seus descendentes resolveram homenagear a sua memória através da publicação de
um livro em que se resume essa contribuição para o progresso das gentes e
lugares dos três concelhos. O combate que travou pela melhoria dos seus
concidadãos da região serrana foi intenso e persistente. Por volta de 1919/1920
começou a abordar o tema do associativismo regional e em 1926 defendeu a
constituição do Grémio da Comarca de
Arganil, bem como a formação do que vieram a ser as Ligas de Melhoramentos ou Uniões
Progressivas, estando na génese das que se estabeleceram, nos anos trinta
do século XX, na região abrangida pelos concelhos de Pampilhosa da Serra, Góis
e Arganil.
A
edificação de escolas primárias, dotadas de apropriado material pedagógico; a
construção de fontanários que fornecessem as povoações de água potável para as
libertar das fontes de chafurdo, inquinadas, até pelas infiltrações originadas
pelas chuvas de inverno nas estrumeiras assentes sobre os terrenos de montante;
o traçado de estradas que facilitassem as deslocações na região serrana; postos
públicos para comunicações telefónicas; defesa do serviço postal, para muitas
povoações única forma de comunicação com o mundo exterior; enfim, tudo aquilo
que poderia tornar mais consentânea com os progressos da Humanidade a vida nas
“aldeias sertanejas” foi combate travado por Alves Caetano nas colunas dos jornais.
Está
previsto para Lisboa um lançamento do livro “O Apostolado Cívico pela Escrita” na Casa do Concelho de Pampilhosa
da Serra, no próximo dia 20 de Novembro, pelas 18h30m. No entanto, a obra já
pode ser solicitada ao Dr. António Alves Caetano, pelo telefone 962346327 ou
pelo e-mail aalvescaetano@gmail.com
Brevemente
na Biblioteca da União terá possibilidade de aceder a esta notável obra.
in
A Comarca de Arganil, 26 de Setº, 3 e
31 de Outº 2013
Fotos
de A. Domingos Santos
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