É com satisfação que vejo mais uma vez a foto do Soito publicada no BLOG da UPFC. O Soito, é uma aldeia que como tantas outras do Concelho e da Região, se enquadra numa paisagem excepcional, não obstante termos de reconhecer que o quase abandono das actividades agrícolas e o crescimento de espécies menos desejadas (eucalipto e acácia), tem contribuído para alguma degradação paisagística. Esta aldeia, para além daquilo que é comum a várias aldeias, tem o privilégio de estar muito próxima do Rio Ceira, esse grande ex-líbris de Góis e entra neste Concelho por terras do Soito. Mas para além da paisagem natural, que como sabemos é uma característica de toda a nossa zona, o que mais distingue as aldeias é aquilo que fazemos por elas, aquilo em que as transformamos, pelo que a beleza de uma aldeia não se faz com palavras de afirmação, mas sim com actos de transformação, sobretudo no sentido da preservação daquilo que é mais tradicional e que as possas distinguir pela positiva.
Neste sentido, o Soito que há cerca de uma década, era uma das aldeias mais abandonadas e degradadas da Freguesia do Colmeal, assumiu uma visão e uma estratégia no sentido da preservação do património e da reconstrução tradicional, mobilizando, ao nível colectivo e privado boa parte dos seus recursos neste sentido. É que temos consciência que só assim podemos garantir do futuro da nossa aldeia, não obstante o número reduzido dos actuais residentes. As transformações ocorridas, em nosso entender muito positivas e que irão continuar, tem transformado a aldeia numa espécie de “aldeia preservada” atraindo já muitos visitantes e pessoas que ali procuram casas já recuperadas ou para recuperar e por isso temos a certeza de estar a percorrer o caminho certo. Por isso entendo que esta foto, tal como as das outras aldeias, poderá ser um bom motivo para que façamos uma visita ao seu interior e apreciemos os seus pormenores, os seus recantos, o seu património, aquilo que é a marca especifica de cada uma das aldeias e que as distingue umas das outras.
Provavelmente na sua terra há muitas casas brancas, à base de cimento e portanto muito mais bonitas. É apenas uma questão de gosto, mas devo lembrar-lhe que as casas tradicionais da zona são em xisto e por isso não são brancas.
Fique contente com as casas brancas da sua aldeia, que nós sentimo-nos bem com as casas desta cor. Já que não assume a sua identidade, merece a resposta idêntica......
Conheço mal a zona, mas gosto de apreciar as aldeolas encaixadas nas serranias, quando por aí passo. É um polvilhado interessante que por vezes nos leva a questionar como é possível e no tempo em que os meios de comunicação eram inexistentes, as pessoas viverem tão isoladas do mundo. Temos um interior bonito. Há que o preservar.
4 comentários:
É com satisfação que vejo mais uma vez a foto do Soito publicada no BLOG da UPFC.
O Soito, é uma aldeia que como tantas outras do Concelho e da Região, se enquadra numa paisagem excepcional, não obstante termos de reconhecer que o quase abandono das actividades agrícolas e o crescimento de espécies menos desejadas (eucalipto e acácia), tem contribuído para alguma degradação paisagística.
Esta aldeia, para além daquilo que é comum a várias aldeias, tem o privilégio de estar muito próxima do Rio Ceira, esse grande ex-líbris de Góis e entra neste Concelho por terras do Soito.
Mas para além da paisagem natural, que como sabemos é uma característica de toda a nossa zona, o que mais distingue as aldeias é aquilo que fazemos por elas, aquilo em que as transformamos, pelo que a beleza de uma aldeia não se faz com palavras de afirmação, mas sim com actos de transformação, sobretudo no sentido da preservação daquilo que é mais tradicional e que as possas distinguir pela positiva.
Neste sentido, o Soito que há cerca de uma década, era uma das aldeias mais abandonadas e degradadas da Freguesia do Colmeal, assumiu uma visão e uma estratégia no sentido da preservação do património e da reconstrução tradicional, mobilizando, ao nível colectivo e privado boa parte dos seus recursos neste sentido. É que temos consciência que só assim podemos garantir do futuro da nossa aldeia, não obstante o número reduzido dos actuais residentes.
As transformações ocorridas, em nosso entender muito positivas e que irão continuar, tem transformado a aldeia numa espécie de “aldeia preservada” atraindo já muitos visitantes e pessoas que ali procuram casas já recuperadas ou para recuperar e por isso temos a certeza de estar a percorrer o caminho certo.
Por isso entendo que esta foto, tal como as das outras aldeias, poderá ser um bom motivo para que façamos uma visita ao seu interior e apreciemos os seus pormenores, os seus recantos, o seu património, aquilo que é a marca especifica de cada uma das aldeias e que as distingue umas das outras.
António Duarte - Soito
Tão soalheiro e com tanta casa branca aconchegadas umas às outras.
Provavelmente na sua terra há muitas casas brancas, à base de cimento e portanto muito mais bonitas.
É apenas uma questão de gosto, mas devo lembrar-lhe que as casas tradicionais da zona são em xisto e por isso não são brancas.
Fique contente com as casas brancas da sua aldeia, que nós sentimo-nos bem com as casas desta cor.
Já que não assume a sua identidade, merece a resposta idêntica......
Conheço mal a zona, mas gosto de apreciar as aldeolas encaixadas nas serranias, quando por aí passo.
É um polvilhado interessante que por vezes nos leva a questionar como é possível e no tempo em que os meios de comunicação eram inexistentes, as pessoas viverem tão isoladas do mundo.
Temos um interior bonito. Há que o preservar.
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