VIDA
A vida é a encruzilhada do saber;
É um dia que nasce;
É um dia que acaba por morrer!
A vida é uma aventura!
É um abismo
De tristeza e sofrimento…
É vulcão, catástrofe, e é cismo
De um lutar por vencer!
Por vezes sentimos que a vida
Não é vida
Mas a vida é sempre vida…
E é por isso que a continuamos
A viver!
In “Fragmentos”, pág. 58, de Gisa de Almeida, Góis 2002
Segundo Carlos Castanheira prefacia “A frescura dos poemas de Gisa é assim como que a cereja no bolo da idílica paisagem goiense. É a andorinha feliz e descuidada, o sussurro das águas do Ceira, deslizando em bebedeiras de um lirismo garreteano e o lamento pela agressividade das pedras rudes.”
A autora, a jovem autora (teria 17 ou 18 anos quando escreveu os poemas reunidos neste livro) conta-nos um pouco da sua história e revela-nos que “Cresci numa aldeia serrana do concelho de Góis, o Liboreiro, entre montes, animais, vento e liberdade. Nesses tempos não tinha amarras, podia correr livre todo o dia e à noite quando me deitava sabia que ia dormir descansada sem preocupações ou medos, é por isso que tenho uma saudade imensa dessa época e da menina que eu era e que, por força das circunstâncias, deixei de ser.
… Aos dez anos escrevi a minha primeira quadra, era um trabalho de casa, mas eu gostei da experiência, resultou bem…”
São setenta e cinco poemas reunidos num pequeno livro, de fácil leitura, que poderá encontrar na Biblioteca da União, no Colmeal.
A. Domingos Santos
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