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11 março 2019

UNIÃO prepara Assembleia-Geral


A União Progressiva da Freguesia do Colmeal prepara a próxima Assembleia-Geral, que se irá realizar no dia 23 de Março, na sua sede, Casa do Concelho de Góis, Rua de Santa Marta, 47 R/c Dtº, em Lisboa, onde apresentará aos seus associados o resultado do trabalho realizado nestes dois últimos anos.

Será pelas 14:30 horas, em primeira convocação, com os seguintes pontos:
Discussão e votação do Relatório e Contas da Direcção dos anos de 2017 e 2018 e do Parecer do Conselho Fiscal; eleição dos Corpos Gerentes para os anos de 2019 e 2020, de acordo com o Artigo 37º; autorização para a Direcção aceitar doações puras e discussão de qualquer assunto de carácter regionalista.

É sempre muito importante para qualquer associação regionalista a presença dos seus sócios. Indispensável para uma participação activa e debate de ideias.
Não esqueçamos que na Assembleia-Geral reside toda a soberania da colectividade.

A União Progressiva da Freguesia do Colmeal completará em Setembro oitenta e oito anos de actividade, num percurso que nem sempre foi fácil.
Se queremos manter viva a nossa associação regionalista, a mais antiga da freguesia, não podemos deixar de comparecer.

Se não houver o número mínimo de sócios para a Assembleia-Geral iniciar os seus trabalhos em primeira convocação, poderá esta começar a funcionar uma hora depois, ou seja, pelas 15:30 horas.

Contamos com a sua presença, a sua intervenção, a sua partilha de ideias.

UPFC

03 dezembro 2012

Manifestação no dia 6 de Dezembro, junto à Assembleia da República, em Lisboa.



Recebemos hoje da Junta de Freguesia do Colmeal o seguinte email, o qual passamos a transcrever na íntegra. Apelamos à vossa presença:


Exmo. Sr. Presidente da Direcção,
Vimos pelo presente levar ao conhecimento de V. Exa. que o Executivo da Junta de Freguesia do Colmeal estará presente, conjuntamente com outras autarquias e a ANAFRE, no próximo dia 6 de Dezembro (Quinta-feira), a partir das 14 horas, junto à Assembleia da República, com o objectivo de manifestar o seu descontentamento perante a agregação de freguesias, nomeadamente a Freguesia do Colmeal com a Freguesia do Cadafaz, com sede no Cadafaz (conforme Projecto de Lei n.º320/XII/2.ª - Reorganização do Território das Freguesias).
Assim, convidamos todas as colectividades, conterrâneos e amigos a juntarem-se a nós e ao painel da Freguesia do Colmeal que nos acompanhou na Manifestação de 31 de Março último.
Apelamos à participação, pois não podemos baixar os braços perante esta grande INJUSTIÇA!
Atenciosamente,
Junta de Freguesia do Colmeal

25 fevereiro 2011

Recantos de Lisboa

Recantos de uma Lisboa antiga e que ainda se encontram preservados. Villa Luz Pereira entre as Olarias e a velha Mouraria. Aqui viveram alguns naturais da freguesia do Colmeal. Recordamos António Domingos, Maria José Henriques e os seus familiares mais próximos. Foi pelos meados do século passado. Fotos de Francisco Silva

22 outubro 2009

Outros tempos... (1)

Eu ainda sou do tempo em que nos bairros mais antigos e também mais pobres da cidade de Lisboa não havia água canalizada em muitas das habitações. Os nossos conterrâneos que habitaram nos bairros da Mouraria, Castelo, Alfama ou Madragoa, por exemplo, ainda se lembrarão desses tempos e da profissão ou do negócio que era o da distribuição de água. Os aguadeiros, homens, mulheres e também crianças de pé descalço, como se recorda na fotografia, enchiam o pequeno pipo, o cântaro ou até o balde no chafariz público, para depois irem vender a casa deste e daquele. Com o barril ao ombro em cima do pano que seria dobrado para fazer de almofada ou na rodilha à cabeça, assim se transportava a água para venda ao domicílio. O pregão que ecoava pelas ruas da velha Lisboa, está hoje silenciado para sempre. Apenas alguns dos chafarizes, mas muito poucos, ainda resistem. A. Domingos Santos

30 setembro 2009

Lisboa antiga

Quem não se lembra desta Lisboa de becos e vielas em que todos os vizinhos se conheciam, cumprimentavam, ajudavam e também tinham as suas "tricas"?. Janelas indiscretas de onde se "tomava nota de tudo" o que acontecia e se "punha a escrita em dia". Roupa pendurada e pombos esvoaçando em espaços diminutos entre casas. Antenas e parabólicas são os únicos sinais de alguma modernidade nesta Lisboa antiga que vai desaparecendo.

16 abril 2009

Lisboa

Roque Gameiro numa excelente reconstituição da Rua Nova dos Ferros de uma Lisboa Manuelina já distante e desfigurada. "Era esta a cidade das Descobertas, deslumbrante e enriquecida pela vontade de um rei, quando mercadores e marinheiros, cartógrafos e sábios, oriundos das quatro partidas do mundo, se acotovelavam na Ribeira, e nos ares atroavam as trombetas, charamelas, orlos, harpas, alaúdes e pandeiros dos homens do Senhor Rei D. Manuel, dos tangedoures mouriscos e as vozes harmoniosas dos grupos corais dos conventos e mosteiros; quando na rua principal da urbes medievales, renovada e engrandecida - a Rua Nova dos Ferros -, se mercanciavam os produtos do Oriente: aromas, pérolas, rubis, esmeraldas e outras pedras preciosas, a que alude o cronista Damião de Góis. Ex-líbris da Lisboa de então, a Rua Nova dos Ferros era, de facto, só por si, mais do que Veneza, Sevilha ou Bizâncio, o principal centro mercantil da Europa, artéria ofuscante de luxos e riquezas, rodeada de estabelecimentos vários - alfaiates, boticas, livreiros, serigueiros, gravadores, casas de escambo -, e de edifícios altos, com seus telhados flamengos, rótulas e chaminés mudéjares, de lojas sumptuosas, engravidadas das mais sumptuosas tapeçarias, rases e alcatifas, de sedas da China e de brocados de Constantinopla, de lacas, de ouro, de benjoim, de âmbar e de madrepérola, porcelanas e almíscar, pratas lavradas e espelhos venezianos."... Hoje a Rua Nova dos Ferros chama-se Rua do Comércio. in Lisboa das Descobertas, por Ferreira de Andrade - Anuário do Turismo Português - 1960
Biblioteca da UPFC no Colmeal

06 abril 2009

Escadinhas

Quantos e quantos dos nossos conterrâneos ao olharem estas belíssimas aguarelas de Roque Gameiro não recordam as vezes que subiram e desceram estas escadas no seu dia a dia? Escadinhas de São Cristóvão e de São Miguel. A silhueta da igreja destacando-se por entre o casario. Roupa estendida nas janelas, sacadas floridas, casas de pequeno comércio junto aos passeios por onde as pessoas passam ou se entretêm conversando. Chafariz onde se lavava a roupa e depois se estendia a secar, ou se levava água para a casa que não a tinha. Imagens de uma Lisboa em que os vizinhos conheciam os vizinhos mas que tende a desaparecer.

09 março 2009

À esquina da cidade

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"Estou aqui há quarenta e seis anos." (Alfredo Marques da Costa - Colmeal)
"Das festas Das seculares procissões Dos populares pregões matinais Que já não voltam mais. Já não voltam mais, mas não são só os pregões matinais. Muitas outras coisas começam a ficar lá para trás, tragadas pela voracidade inexorável do progresso. Entre estas, também os moços de fretes, figuras típicas duma Lisboa que vive na saudade dos mais velhos, assistem impotentes e desaventurados, à agonia da sua profissão. O pau e corda deixou de ser necessário ou, pelo menos, tornou-se perfeitamente dispensável, agora que tudo - ou quase tudo - tende a resolver-se mecânicamente. Anacronizado pela força do progresso, o moço de fretes, também chamado moço de esquina ou galego, naufraga nos resquícios de uma profissão acabada. Mas terá chegado a ser uma verdadeira profissão, este míster citadino? Em tempos, muitos o tomaram como tal, uma vez que nele procuravam - e conseguiam - o sustento da família. ... Virámos uma última esquina, abordando esta figura espectante de mais um entre os derradeiros. Um moço de fretes que gostaria de o não ter sido. «Gostaria de ter estudado, SER ALGUÉM. Mas vim da província sem instrução, era preciso ganhar a vida, peguei no pau e corda. Má hora. Houve tempos bons, lá isso houve. Até fazíamos recados de segredo às meninas e às senhoras e olhe que então pingavam os cinco mil réis, os dez mil réis só por irmos levar um bilhetinho de amorios. E era um corropio a chamar por nós. Agora? Que lhe hei-de dizer? Isto está no fim. Os moços de fretes vão acabar, vem aí outro mundo. Só tenho pena de, quando chegar o dia, não ter um buraco onde descansar os ossos magoados de tanto carrego, de tanta chuva, de tanto frio. De noite, de dia, de Inverno, de Verão, nunca descansei. E estou aqui porque não sei fazer outra coisa e também porque... olhe, acostumei-me a ver a vida de uma esquina, que quer que lhe diga mais?»" Do espólio de Fernando Costa Excerto de uma notícia vinda na imprensa da capital, em data não apurada.
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27 fevereiro 2009

Recantos de Lisboa

Quem não conhece as Escadinhas de Santo Estêvão em Alfama? Ou uma das suas muitas vielas? Local privilegiado de poiso e acolhimento para muitos dos nossos conterrâneos dos concelhos de Pampilhosa da Serra, Arganil e também de Góis, quando nas primeiras décadas do século passado debandavam das suas aldeias à procura de vidas melhores. E na Mouraria, nas suas ruelas estreitinhas, no Capelão, na João do Outeiro, onde em tempos tanto se falou de regionalismo e hoje mora a tristeza. Num dos domingos de primavera, o chão deste bairro lisboeta cobre-se de um tapete de rosmaninho e alecrim, por onde passa uma imagem de Nossa Senhora, vestida e coroada de rainha.
"Há festa na Mouraria, É dia da procissão da Senhora da Saúde; Até a Rosa Maria, Da rua do Capelão, parece que tem virtude."
Fotos de "Lisboa e os seus encantos", CML, 1959