.
Lurdes Castanheira traça um “balanço muito positivo” do primeiro ano de mandato. A autarca assumiu a presidência da Câmara de Góis a 26 de outubro de 2009 e, volvido um ano, mostra-se confiante e otimista em relação ao futuro do concelho de Góis. Em entrevista a “O Despertar”, a autarca assume que “os desafios são muitos e os projetos também” e mostra-se determinada a conseguir respostas que lhe permitam, a si e a toda a sua equipa, fazer de Góis “um concelho sempre melhor, com mais e melhor qualidade de vida”. Numa altura em que se encontram em curso obras determinantes para o desenvolvimento do município, projetam-se outras que deverão ter início no próximo ano. De todas, Lurdes Castanheira dá especial destaque à Casa Municipal da Cultura, pela sua dimensão; e ao Centro de Referência da Memória Goiense, um espaço onde estará reunida toda a história deste município.
Completou na semana passada o primeiro ano de mandato. Que balanço faz do trabalho desenvolvido?
O balanço é muito positivo. Fez realmente um ano no dia 26 de outubro que tomámos posse e posso dizer que temos desenvolvido um trabalho que nos agrada profundamente, a mim e a toda a equipa. Estou muito satisfeita com a equipa com quem trabalho. Admito que este é, efetivamente, um trabalho muitas vezes incompreendido, muitas vezes a classe política não tem a credibilidade que merece, mas não nos podemos esquecer que não somos todos iguais e, no que concerne à política, há políticos bons e maus, como acontece em qualquer tipo de profissão. De qualquer forma, no que concerne à classe política que hoje governa o município de Góis, penso que temos estado à altura do voto de confiança que nos foi dado quando apresentámos o projeto “Renascer a esperança, confiar no futuro”. Estou satisfeita e, portanto, só posso traçar um balanço bastante positivo.
Neste momento há várias obras em curso no concelho de Góis, algumas que transitaram inclusive do anterior mandato. Nesta área, quais são as suas prioridades para os próximos três anos?
Há muita coisa que gostaríamos e que pretendemos fazer. É muito difícil destacar uma obra. Temos algumas obras que já concretizámos e já lançámos outras. Em qualquer mandato tem sempre que haver uma lógica de continuidade, o que significa também uma responsabilidade em termos de compromisso. Essa foi a nossa prioridade este ano de 2010. No fundo, procurámos dar prioridade a todas as obras que estavam lançadas ou que tinham o financiamento nacional ou comunitário garantido. Nesta situação encontrava-se o Centro Escolar de Alvares, uma obra já concluída; e os Paços do Concelho, a escassos dias da sua conclusão. Lançámos ainda a obra da Casa Municipal da Cultura, que é seguramente a maior do mandato. Orçamentada em cerca de dois milhões de euros, esta obra começou a ser executada há cerca de dois meses. Para além disso, foi ainda lançada a obra de requalificação do campo de futebol Augusto Nogueira Pereira, que é um campo que vai ter um relvado sintético. Estas são as principais obras que estão em curso, transitando algumas para o próximo ano. Em 2011, para além destas, teremos verdadeiramente as obras deste executivo. Posso referir, desde logo, o Centro de Referência da Memória Goiense, um grande projeto que consideramos de particular interesse. Este Centro não será nenhum espaço museológico mas irá assemelhar-se a pequenos núcleos museológicos, que irão permitir identificar todo o património que caracteriza os goienses, desde a exploração mineira, ao fabrico do papel, à antiga produção e comercialização de neve que na época se usava para conservar os alimentos… Este Centro vai permitir aos goienses e aos visitantes ter um conhecimento profundo da história e das vivências de Góis, dando a conhecer o seu passado e as suas tradições. O Centro de Referência da Memória Goiense é uma obra que é totalmente deste executivo. O projeto já foi concebido por nós, já temos o financiamento, vamos lançar concurso público para esta obra. Estou convicta de que será executada durante o ano de 2011.
A requalificação da vila é outra das suas preocupações…
Sem dúvida. Para além destas obras que já referi, temos também a Circular Externa do Carvalhal dos Pombos, uma grande obra de requalificação de uma parte da zona urbana. Esta intervenção está orçamentada em cerca de um milhão de euros e vai melhorar toda a zona, já que prevê intervenções em várias áreas, como saneamento, redes de águas, pavimentação, requalificação dos passeios… Portanto vamos ficar ccom outro aspeto na vila. Hoje há uma parte da vila que não tem passeios, o que obriga as pessoas a passar pelo asfalto, e queremos alterar tudo isso. Entendemos que tem que haver um ordenamento no sentido de Vila Nova do Ceira-Góis. É urgente esta requalificação da vila, quer em matéria das acessibilidades, como de todo o ordenamento do espaço que fica na zona do pólo industrial. No fundo, pretendemos melhorar toda a entrada da vila de Góis. Este será o maior projeto já concebido por este executivo, custará um milhão de euros. O maior de todos é a Casa da Cultura, que custará cerca de dois milhões de euros.
A conclusão da Casa Municipal da Cultura está prevista para quando?
A obra começou em julho deste ano e, portanto, ainda está numa fase embrionária, ainda estão a fazer as movimentações de terra. Trata-se de uma obra com uma envergadura considerável, que vai demorar bastante tempo. Penso que depois desta fase inicial, a obra terá uma franca evolução no início do próximo ano. A Casa Municipal da Cultura de Góis tem um prazo de execução de 18 meses e, até ao momento, os prazos estão a ser cumpridos. Se não houver nenhum hiato que condicione a normal execução da obra penso que estão reunidas as condições para que no início de 2012 a Casa Municipal da Cultura esteja concluída.
Mas nem só de grandes obras se faz o trabalho de uma autarquia. Há todo um trabalho diário a que é preciso dar respostas. Foi fácil adaptar-se a esta “casa”?
Sim. Devo dizer que, de facto, há todo um trabalho que se faz diariamente que não tem visibilidade. Neste primeiro ano de mandato, foi feito todo um trabalho de re-estruturação e reorganização dos serviços internos, onde procurámos priorizar as principais necessidades. Para além disso fizemos também um trabalho meritório no que se refere ao Plano Diretor Municipal (PDM), com a sua revisão e, neste momento, a primeira alteração ao PDM está praticamente na fase da conclusão. Este é também um trabalho que efetivamente não tem grande visibilidade, porque não é uma infraestrutura, não é betão ou alcatrão, mas que é muito importante para o concelho de Góis.
Tenho que referir ainda o apoio que foi dado durante este primeiro ano a todas as instituições privadas que desenvolvem ações na área da proteção civil, da cultura, da ação social, da educação, do associativismo e outras. Nós, enquanto autarquia, estamos conscientes de que só é possível um verdadeiro desenvolvimento se houver uma verdadeira cultura de parceria entre o público e o privado. E a Câmara tem, de facto, dado um inestimável apoio a essas organizações de direito privado, porque para além de promoverem o desenvolvimento, promovem o emprego. Deste modo, e consequentemente, fazemos justiça ao Ano Europeu da Luta Contra a Pobreza e a Exclusão. Temos feito um grande investimento nas políticas sociais, quer ao nível da ação social, quer ao nível da educação, e é nossa intenção continuar a apostar nestas áreas.
Por Zilda Monteiro, O Despertar 5/11/2010
5 comentários:
Bom parece só existe Gois + Gois+ Gois e decididamente Gois, e o resto sera paisagem? quase que também o é, é certo que a cultura faz parte intrinseca das raizes de um povo, mas também não podemos esquecer outras mais terra a terra e que são essenciais e sem as quais não podemos viver, por exemplo a agua, no Colmeal não há falta como há uns anos a tras, mas qual é a qualidade da mesma, sera que se pode beber, duvido captada directamente do rio Ceira, e colocada no deposito e depois distribuida pela população já alguem reparou na deposição de lodo/terra que fica num deposito apos alguns dias em repouso, quem beber esta agua como fica?, não seria conveniente outro investimento e por bem o que esta mal, é que a cultura faz falta mas sem povo para que serve?
A grande esperança para a freguesia do Colmeal é que este executivo inverta o que vinha do anterior e se lembre que a freguesia do Colmeal existe apesar de ser a mais pequena do concelho.
Temos esperança de que olhará para a nossa freguesia com mais atenção e que não esquecerá as melhorias nas ruas e nas estradas que a pouco e pouco vão ficando intransitáveis, por exemplo.
Outras coisas haverá a fazer e estamos convencidos que o levantamento das necessidades estará feito.
È tudo muito bonito e de louvar mas infelizmente o que conta é vila de Gois o resto é paisagem.
O resto são umas cerejeiras plantadas aqui e acola, a pretexto de um espaço "INTERNET" inaugura-se a sede da freguesia novamente (mais precisamente a placa)mas o que é essencial mantem-se na mesma por exemplo a calçada que passa junto ao centro social sera para pessoas tenho as minhas duvidas, mais para cabras isso sim, e alguem faz alguma coisa para a melhorar, o dinheiro gasto no edificio da Junta de Freguesia que além de ser um autentico mamarracho completamente desenquadrado do local e com que utilidade?? daria para repor a referida calçada, o que tinha evitado a sua destruição a escola antiga e Junta de freguesia, essa sim enquadrada no local, mas a megalomania da nisto.
Já agora o antigo lavadouro continua com telhas partidas provocando infiltração de agua o que acaba por apodrecer a madeira do tecto e um dia é uma ruina, mais uma.
olha a união que não tem um unico espaço no Colmeal
que lhe chame seu porque não o aproveita.
Aqui fica a sugestão.
E bem no centro da aldeia.
Com o dinheiro da eolicas a Camara faz um figuraço, tudo para a cultura, e o bem estar das poucas populações existentes e como as condiçoes são minimas ou nenhumas tudo foge.
Quanto recebe a Camara e quanto recebe a Freguesia do Colmeal, bom a Camara é uma mãos largas mas como ao mesmo tempo são pequenas é pouco o que cai delas, pelo que deve ficar com o grosso das contrapartidas, pelo contrario o COLMEAL rodeado por uma frente de torres eolicas, por um lado e o ruido à noite das pás o que recebe, é agredida de duas maneiras e quem nem por sombras as vislumbra embolsa á grande e a Francesa. é o País que temos.
Sempre foi difícil ter Sol na eira e chuva no nabal.
Receitas das eólicas sem pás a fazer ruído talvez no próximo contrato.
Enviar um comentário