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A Casa do Concelho de Góis comemorou os 55 anos de existência com um almoço de confraternização na sua sede, após celebração de missa por alma dos sócios falecidos.
Antes ainda de se dar inicio ao almoço, foi descerrada uma fotografia de José Matos Cruz, anterior presidente da Direcção, numa cerimónia em que usou da palavra o presidente da Direcção, José Dias Santos, que sublinhou a actuação que teve naquela casa, bem como na Comissão de Lisboa de Propaganda e Melhoramentos em Vila Nova do Ceira. Enalteceu a sua dedicação à causa regionalista e o esforço que desenvolveu nas instalações da casa, ampliando-as e melhorando-as consideravelmente.
Seguiu-se o almoço numa sala completamente cheia com mais de uma centena de pessoas, entre as quais a presidente da Câmara Municipal de Góis, presidente da Assembleia Municipal, presidentes de algumas Juntas de Freguesia e das Casas da Comarca de Arganil e do concelho de Pampilhosa da Serra.
Sob a presidência de Américo Simões, em representação do dr. Carlos Poiares, presidente de Assembleia Geral da Casa, que não teve possibilidade de estar presente, faziam parte da mesa de honra a presidente da Câmara Municipal de Góis, drª Maria de Lurdes Castanheira; o presidente da Assembleia Municipal, dr. José Carvalho; o sócio n.º 1, Gualter de Campos Nogueira; o presidente do Conselho Regional, dr. Luís Mateus; António Lopes Machado, presidente do Conselho Fiscal; e José Dias Santos, presidente da Direcção.
O presidente da Direcção abriu a série de brindes, saudando os presentes e agradecendo-lhes a sua vinda, distinguindo naturalmente, a sr.ª presidente da Câmara e restantes autarcas, bem como o padre Robson que celebrou a missa por alma dos sócios falecidos. Recordou como obra da Casa, a construção do edifício em que funcionou o Colégio de Góis, e que para isso, contribuiu o Comendador Augusto Rodrigues, que também custeou os primeiros meses de renda daquela casa. Lamentou que nem todas as Juntas de Freguesia convidadas para aquele almoço estivessem presentes, sublinhando que é seu desejo continuar a manter um bom relacionamento com a presidência da Câmara de Góis. Disse que tem sido boa a cooperação de algumas colectividades ali filiadas e que gostaria de rejuvenescer a direcção na próxima assembleia-geral, em que serão eleitos os novos corpos directivos. Concluindo por afirmar que aquela Casa está sempre à disposição de todos os goienses. Manifestou ainda a sua satisfação em ver ali o sócio n.º 1, Gualter de Campos Nogueira, que deu muito de si aquela Casa durante os tempos em que foi dirigente.
Seguiu-se o dr. Luís Martins, recordando a sua passagem pelo Conselho Regional, a que preside, apresentando três grandes desafios que devem ser as linhas condutoras daquele Conselho e da própria Casa em si: o papel da Casa no movimento regionalista, devendo ser considerada parceiro social junto dos órgãos autárquicos e das Comissões de Melhoramentos para os assuntos de carácter geral no concelho; a missão de divulgar Góis nas suas diversas vertentes e cativar a juventude para o regionalismo e para a Casa.
"Já mostrámos que sozinhos não somos capazes de vencer este desafio, pelo que precisamos da vossa ajuda, dos órgãos autárquicos, das Comissões, das associações existentes do nosso concelho, quem sabe das próprias escolas, mas precisamos rapidamente de encontrar este caminho, para pudermos em conjunto, passo a passo, começar a construir este edifício", sublinhou.
António Lopes Machado, presidente do Conselho Fiscal manifestou a sua satisfação por ver aquela casa cheia, bem reveladora do dinamismo que o regionalismo goiense continua a oferecer.
Recordou homens que ali conheceu, que fizeram a história daquela Casa e do Regionalista goiense, como o Dr. José Poiares; Frederico Nogueira de Carvalho; o Fernando Carneiro, filhos e genro de dois membros da Comissão organizadora da fundação da Casa da Comarca de Arganil que tanto se empenhou na construção do Colégio de Góis, e do Prof. Baeta Neves, que presidiu ao Conselho Regional e a todos encantava com as suas magnificas "lições" durante as reuniões do Conselho.
E quem a tudo isso assistiu e participou foi o Gualter de Campos Nogueira, um patriarca do regionalismo goiense, hoje, sócio n.º 1 da Casa, que tínhamos o prazer do ter ali e gostávamos de continuar a ter em futuros encontros.
E a terminar teve ainda palavras de apreço para com a direcção da Casa e autarcas de Góis que marcaram significativa presença naquela festa.
A Dr.ª Maria de Lurdes Castanheira associou-se àquela festa regionalista com palavras simpáticas de quem deseja colaborar e continuar a participar nestes encontros. Agradeceu o convite e prometeu voltar em ocasiões idênticas. Associou-se à homenagem a José Matos Cruz e apontou o caminho que está disposta a seguir à frente do município goiense.
José Carvalho, presidente da Assembleia Municipal, que não estava em boas condições de saúde recordou algumas passagens por aquela Casa, que passou por importantes obras de ampliação no tempo da direcção de José Matos Cruz. Porque sempre sentiu grande simpatia pela colectividade e pelas colectividades regionalistas, acompanhando com muito interesse a sua actuação.
Encerrou Américo Simões que recordou a passagem por aquela Casa de grandes nomes do regionalismo goiense, distinguindo as magníficas reuniões do Conselho Regional, presidido pelo Prof. Baeta Neves. Temos que continuar a trazer as colectividades regionalistas para esta Casa, sublinhou, desejando a todos umas Boas Festas de Natal e Ano Novo Próspero, salientando a presença da presidente da Câmara de Góis nesta festa, que foi uma grande festa regionalista dos goienses em Lisboa.
E a festa continuou toda a tarde, agora com uma sessão cultural, com a apresentação de uma monografia sobre Cortes de Alvares, um livro interessante do dr. Samuel Mateus, voltando o Eng.º João Coelho a falar sobre o "Rasto dos Barrões" de Adriano Pacheco.
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António Lopes Machado
in Jornal de Arganil, 17/12/2009
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