“Crónicas e Memórias” foi a última obra, em dois volumes, do grande jornalista António Lopes Machado, publicado recentemente e que teve a amabilidade e a gentileza de nos fazer chegar com uma dedicatória muito simpática e de apreço pela acção regionalista que a União Progressiva da Freguesia do Colmeal tem vindo a desenvolver.
Colectânea de textos que, segundo ele, foram surgindo e reunidos sem grande preocupação de lhe dar um sentido cronológico.
Nasceu na freguesia de Pombeiro da Beira em 1927 e recorda que por altura dos quinze anos andava “nas suas aventuras no volfrâmio”, como tantos outros da sua idade.
Chegou a Lisboa “na manhã cedo do primeiro dia de Janeiro de 1945” onde conclui o Curso Complementar do Comércio, já como trabalhador-estudante, em 1951.
Em 1959 foi nomeado redactor de A Comarca de Arganil em Lisboa, em substituição de outro grande nome do jornalismo beirão – Luís Ferreira, relacionando-se nessa qualidade com a colónia da Beira-Serra residente na capital, acompanhando o seu Movimento Regionalista através das suas colectividades e iniciativas.
Recorda a sua primeira crónica que foi logo publicada em 16 de Junho e que comentava a visita oficial a Lisboa da Princesa Margarida, de Inglaterra.
Meio século depois, continua semanalmente a abordar assuntos diversos, quer sejam sobre a vida lisboeta, movimento regionalista ou de interesse histórico.
Vem à sua memória neste livro, um convite do Dr. Mário Neves e de ter desperdiçado a carreira de jornalista. Encontra-o mais tarde num almoço da União Progressiva da Freguesia do Colmeal, com Fernando Costa “que pintava e gostava de escrever” e “recordámos o episódio.”
O Colmeal e a União não são esquecidos neste seu trabalho.
“Encontro em Óbidos de Colmealenses ” recorda a páginas 115/119 que “Foi aqui que a União Progressiva da Freguesia do Colmeal, ao comemorar os seus 75 anos de vida, marcou encontro entre os colmealenses que foram de Lisboa com aqueles que vieram de Góis e do Colmeal… local apropriado para tão significativo Encontro, ligando o Regionalismo à Cultura, caminho recomendado às colectividades do género.”
António Lopes Machado durante longos anos viajou pelo mundo, e dessas viagens, das suas andanças, foi escrevendo crónicas que reuniu em cinco volumes de Rotas do Universo. Crónicas que fazem parte do acervo da Biblioteca da União e que os colmealenses podem e devem ler.
Como dizíamos no almoço comemorativo dos 77 anos da União Progressiva, António Lopes Machado é uma lenda viva e um grande mestre no Regionalismo.
Ficamos à espera do seu próximo livro.
A. Domingos Santos
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