30 setembro 2008

A nossa velhice

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Assim como nós vamos envelhecendo também o país vai ficando mais velho. No ano de 2007 foram mais os que morreram do que os que nasceram. A continuar assim, podemos desaparecer tal como muitas outras espécies têm desaparecido da face do nosso planeta. Os números são preocupantes e foram apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) ainda muito recentemente. Pior que 2007 só aquele ano, já longínquo de 1918, em que a pneumónica devastou a Europa e em Portugal causou mais de sessenta mil mortes. Em todo o mundo terão sido mais de vinte milhões as suas vítimas. Segundo o INE haverá crescimento demográfico até ao fim da primeira década deste século mas quanto ao futuro, as perspectivas não serão animadoras e tudo indica que se entrará em queda, o que para os especialistas já não será grande novidade. Tem-se verificado uma descida continuada no índice de fecundidade da mulher portuguesa ao mesmo tempo que se assiste a uma ligeira subida na esperança de vida, o que nos vai conduzindo para uma sociedade envelhecida. O mesmo se vai verificando por essa Europa fora e por esse mundo, especialmente nos países industrializados e em desenvolvimento, enquanto em África e em países menos desenvolvidos ainda se vai passando o inverso, por enquanto. Daqui a meio século as pessoas com mais de oitenta anos serão o triplo das de hoje. E como será na nossa região? No nosso concelho? Na nossa freguesia? Na nossa aldeia, em que muito raramente se nasce e apenas se vai morrendo?... .

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