O número 3 de “O Colmeal” no dia 17 de Abril de 1960, foi publicado com uma fotografia na 1ª página do Altar da Igreja Paroquial e uma nota elucidativa da propriedade de tais edifícios, e, a meu ver, este assunto esta em dia nos tempos actuais devido ao estado lastimável que a Igreja do Colmeal se encontra. Nessa nota, “O Colmeal” diz que: “…a Igreja Paroquial é o centro para onde convergem as atenções de uma freguesia inteira e de quem a visita. A casa é como um espelho onde mais ou menos se reflecte o estado de espírito dos que nela se fizeram Cristãos, a fé mais ou menos intensa dos habitantes da paróquia e o zelo de todas as almas penosas que de ela cuidam. A Igreja é a casa de Deus e é nela que nós, a família paroquial, nos reunimos para louvar o nosso Pai comum que é Deus para Lhe prestarmos as nossas homenagens e para Lhe pedirmos graças e forças suficientes para podermos enfrentar as enormes dificuldades de toda a ordem que formam a pesada cruz da nossa vida. Pois é àquela velha casa que a piedade dos antigos edificou, que vamos buscar o alento, o ânimo e a força para podermos prosseguir. É ali, portanto, que todos os domingos, se reúne a família paroquial em união com o mesmo Deus, comungando da mesma fé e rezando as mesmas orações. Ora, a Igreja não é do Pároco, nem da Junta de Freguesia, nem de nenhum homem rico, nem de pessoa nenhuma que lhe possa chamar sua; ela é de uma sociedade formada por todos nós, portanto é nossa. É o cantinho onde se ajoelhavam os nossos antepassados, avós, pais dos que hoje lá se ajoelham e deixam já o lugar reservado para os seus netos, os velhos de amanhã. Esses têm o direito de encontrar uma Igreja quanto possível limpa, mimosa, digna, bem adornada, embora modesta… Vamos melhorá-la um pouco mais…”
Nesta edição, o Santo do mês é São Jorge. Belo cavaleiro que sofreu o martírio de outros cristãos no ano de 303 na Palestina por ordem do imperador Diocleciano. A festa de São Jorge, padroeiro de Portugal, celebra-se a 23 de Abril …
A vida de “O Colmeal” dá conta de mais alguns nomes de quem já liquidou a sua assinatura e congratula-se pelas manifestações de apreço e ânimo vindas de todo o mundo. Uma nota informativa da excursão a Fátima diz que a saída do Colmeal será no Ventoso às 6 horas no dia 25 e a chegada a Lisboa prevê-se para as 21 h…
…Outros tempos…
Na rubrica “Marco do Correio”, destaco apenas uma notícia:
Colmeal: A Câmara Municipal de Góis concedeu à Junta de Freguesia a quantia de 5.000$00 para reparação da estrada Rolão - Colmeal e a União Progressiva entregou também à Junta para o mesmo fim, a quantia de 500$00.
Nesta edição, o Santo do mês é São Jorge. Belo cavaleiro que sofreu o martírio de outros cristãos no ano de 303 na Palestina por ordem do imperador Diocleciano. A festa de São Jorge, padroeiro de Portugal, celebra-se a 23 de Abril …
A vida de “O Colmeal” dá conta de mais alguns nomes de quem já liquidou a sua assinatura e congratula-se pelas manifestações de apreço e ânimo vindas de todo o mundo. Uma nota informativa da excursão a Fátima diz que a saída do Colmeal será no Ventoso às 6 horas no dia 25 e a chegada a Lisboa prevê-se para as 21 h…
…Outros tempos…
Na rubrica “Marco do Correio”, destaco apenas uma notícia:
Colmeal: A Câmara Municipal de Góis concedeu à Junta de Freguesia a quantia de 5.000$00 para reparação da estrada Rolão - Colmeal e a União Progressiva entregou também à Junta para o mesmo fim, a quantia de 500$00.
O número 4 de “O Colmeal” tem na sua 1ª, 2ª e 5ª páginas fotos da excursão e um elaborado mas concentrado texto onde nem tudo é descrito pela óbvia falta de espaço. Também na página inicial, é comentado um assunto cujo título (“Nem só o pão…”) explica bem o que se pode ler. Um assunto sempre actual que tem a ver com a educação das crianças, o modo de actuar dos pais relativamente a esse facto, o papel da igreja perante os jovens, etc. O Santo do mês é Santo Isidro. Santo Isidro nunca fez nada de extraordinário na sua vida, senão ser santo a lavrar os campos duros e ingratos calcinados pelo calor do verão ou hirtos pelo gelo do inverno. Todavia foi um herói pela santidade que alcançou em seu trabalho feito com paciência. Santo Isidro, cuja festa se celebra a 15 de Maio, foi lavrador das terras situadas nos arredores de Madrid onde morreu em 1170. O seu corpo enterrado durante 40 anos no Mosteiro de Santo André, foi mais tarde mudado para a igreja do mesmo santo, onde está incorrupto. Se um lavrador pudesse dar-se ao luxo de usar brasões, o seu seria formado por uma cruz e um arado sublinhado por estas palavras: “trabalho e oração”.
Neste número de “O Colmeal” iniciou-se uma campanha para a compra de um sino, através da entrega do produto do peditório pelo Sr. Cónego Matias no valor de 29$40. Dois anónimos que ofereceram 10$00 e a professora do Colmeal, D. Fernanda Margarida da Silva Sousa que contribuiu com 100$00, faz com que, todo somado o conjunto de ofertas seja um bom presságio para tão necessária aquisição.
Também nesta edição, uma nova rubrica surge para dar a conhecer o porquê dos nomes da nossa terra. Prolongando “o estudo” por várias publicações, os nomes das terras são descritos desta forma:
“Colmeal vem de colmeia. A povoação tomou este nome por ter sido começada na encosta, virada a nascente, onde havia silhas de colmeias. Silha é a pedra ou laje onde se assenta o cortiço. Esse sítio era, mais ou menos o que hoje se chama Canto.
Sobral vem de sobro (que quer dizer sobreiro), árvore que há centenas de anos era abundante na região. Ainda hoje se encontram alguns belos exemplares junto da fonte.
Saião é provável que o nome deste casal tenha origem na planta assim chamada, que é uma espécie de planta gorda.
Salgado deve ter sido inicialmente nome de algum caseiro que lá viveu. Fica perto a ladeira do Martim Pires, assim chamada por motivo semelhante.
Vale D’Asna, toda a gente sabe o que é um vale e um valeiro. Asna quer dizer burra e chamou-se-lhe assim quando ainda ninguém lá vivia. Há também Vale D’Égua, hoje já desabitado.
Açor é nome de ave de rapina, semelhante à águia e ao milhafre.
Ádela tem um nome algo misterioso. Virá de “a de lá” querendo assim significar a povoação que fica para lá do Açor? Não deve ser assim porque Ádela é mais antiga que Açor. Parece mais provável que seja nome de origem moura. Em árabe, Deus chama-se Àlá e a esta palavra devem ter-se juntado outras para dar o nome à povoação. Há indícios de terem por lá passado os mouros como aliás em toda a região.”
“Marco do Correio”, no mês de Abril informa:
Colmeal: Procede-se activamente à instalação da rede telefónica que se estende a todos os lugares da freguesia. A orientação destes trabalhos está a cargo do guarda-fio, Sr. Antero Gonçalves de Almeida…
Malhada: No dia 17 de Abril, recebeu o Sacramento do Baptismo, José Nunes dos Santos, filho do Sr. José dos Santos e da Sra. D. Júlia dos Anjos Nunes…
Carvalhal: Foi baptizada no dia 24 de Abril…um filho do Sr. Manuel Maria de Almeida e da Sra. D. Idalina Reis Fernandes
Ádela: O Sr. Prof. António João Nunes Simões, em entrevista à “Comarca de Arganil”, pôs em relevo vários melhoramentos de grande utilidade a levar a efeito nesta povoação, entre eles a criação de uma escola, a instalação de um posto telefónico, restauração da capela de São Lourenço, etc.
No espaço “Sempre Alegres” vem a história do menino Rodrigo, filho de um revisor dos Caminhos-de-ferro, ao regressar a casa da escola onde tinha ido pela primeira vez. O pai pergunta-lhe quais as suas impressões.
- Ora!!! «Responde com ar enfartado o Rodriguito.» - Mente-se lá como em toda a parte; a professora disse que me ia por na 1ª classe e afinal aquilo não chega à 3ª pois os bancos da aula nem sequer estão estofados.
Para terminar, “O Colmeal” dá-nos a conhecer algumas curiosidades da freguesia: “…O Colmeal em 1908 tinha 106 fogos, Rossaio 4, Carvalhal 66, Safredo 1, Aldeia Velha 27, Coiços 1, Loural 3, Soito 51, Malhada 48, Foz da Cova 4, Vergadinha 1, Belide, Carrimá 7, Açor 7, Ádela 48, Sobral 24, Eiras do Bispo 1, Vale D’Égua 2, Vale D’Asna 2, Salgado 3 e Saião 3. Isto (dito em 1960) há 52 anos. Comparando com a população actual, temos menos 100 fogos…”
E agora para terminar pergunto eu: - E agora, quanto menos terá?
Neste número de “O Colmeal” iniciou-se uma campanha para a compra de um sino, através da entrega do produto do peditório pelo Sr. Cónego Matias no valor de 29$40. Dois anónimos que ofereceram 10$00 e a professora do Colmeal, D. Fernanda Margarida da Silva Sousa que contribuiu com 100$00, faz com que, todo somado o conjunto de ofertas seja um bom presságio para tão necessária aquisição.
Também nesta edição, uma nova rubrica surge para dar a conhecer o porquê dos nomes da nossa terra. Prolongando “o estudo” por várias publicações, os nomes das terras são descritos desta forma:
“Colmeal vem de colmeia. A povoação tomou este nome por ter sido começada na encosta, virada a nascente, onde havia silhas de colmeias. Silha é a pedra ou laje onde se assenta o cortiço. Esse sítio era, mais ou menos o que hoje se chama Canto.
Sobral vem de sobro (que quer dizer sobreiro), árvore que há centenas de anos era abundante na região. Ainda hoje se encontram alguns belos exemplares junto da fonte.
Saião é provável que o nome deste casal tenha origem na planta assim chamada, que é uma espécie de planta gorda.
Salgado deve ter sido inicialmente nome de algum caseiro que lá viveu. Fica perto a ladeira do Martim Pires, assim chamada por motivo semelhante.
Vale D’Asna, toda a gente sabe o que é um vale e um valeiro. Asna quer dizer burra e chamou-se-lhe assim quando ainda ninguém lá vivia. Há também Vale D’Égua, hoje já desabitado.
Açor é nome de ave de rapina, semelhante à águia e ao milhafre.
Ádela tem um nome algo misterioso. Virá de “a de lá” querendo assim significar a povoação que fica para lá do Açor? Não deve ser assim porque Ádela é mais antiga que Açor. Parece mais provável que seja nome de origem moura. Em árabe, Deus chama-se Àlá e a esta palavra devem ter-se juntado outras para dar o nome à povoação. Há indícios de terem por lá passado os mouros como aliás em toda a região.”
“Marco do Correio”, no mês de Abril informa:
Colmeal: Procede-se activamente à instalação da rede telefónica que se estende a todos os lugares da freguesia. A orientação destes trabalhos está a cargo do guarda-fio, Sr. Antero Gonçalves de Almeida…
Malhada: No dia 17 de Abril, recebeu o Sacramento do Baptismo, José Nunes dos Santos, filho do Sr. José dos Santos e da Sra. D. Júlia dos Anjos Nunes…
Carvalhal: Foi baptizada no dia 24 de Abril…um filho do Sr. Manuel Maria de Almeida e da Sra. D. Idalina Reis Fernandes
Ádela: O Sr. Prof. António João Nunes Simões, em entrevista à “Comarca de Arganil”, pôs em relevo vários melhoramentos de grande utilidade a levar a efeito nesta povoação, entre eles a criação de uma escola, a instalação de um posto telefónico, restauração da capela de São Lourenço, etc.
No espaço “Sempre Alegres” vem a história do menino Rodrigo, filho de um revisor dos Caminhos-de-ferro, ao regressar a casa da escola onde tinha ido pela primeira vez. O pai pergunta-lhe quais as suas impressões.
- Ora!!! «Responde com ar enfartado o Rodriguito.» - Mente-se lá como em toda a parte; a professora disse que me ia por na 1ª classe e afinal aquilo não chega à 3ª pois os bancos da aula nem sequer estão estofados.
Para terminar, “O Colmeal” dá-nos a conhecer algumas curiosidades da freguesia: “…O Colmeal em 1908 tinha 106 fogos, Rossaio 4, Carvalhal 66, Safredo 1, Aldeia Velha 27, Coiços 1, Loural 3, Soito 51, Malhada 48, Foz da Cova 4, Vergadinha 1, Belide, Carrimá 7, Açor 7, Ádela 48, Sobral 24, Eiras do Bispo 1, Vale D’Égua 2, Vale D’Asna 2, Salgado 3 e Saião 3. Isto (dito em 1960) há 52 anos. Comparando com a população actual, temos menos 100 fogos…”
E agora para terminar pergunto eu: - E agora, quanto menos terá?
Colmealenses, por agora é tudo, até breve.
H. Miguel Mendes
H. Miguel Mendes
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