21 fevereiro 2019

arganilia – revista cultural da beira serra


O movimento regionalista tem nas Beiras, mormente na Beira Serra, um dos seus berços mais profícuos. Diz D. Eurico Dias Nogueira, nesta revista, que “regionalismo, como movimento associativo, nasceu sobretudo no coração dos beirões”.

Dificilmente se encontrará aldeia ou lugar que não tenha uma Comissão de Melhoramentos, uma União, enfim, um conjunto de homens bons e teimosos beirões que, trazendo cada um a sua pedra, foram construindo os melhoramentos imprescindíveis à vida colectiva das populações, longe que se andava do Estado social.

Não fossem estas agremiações e a água canalizada, a luz eléctrica, a estrada, o posto de saúde ou a cabine telefónica não teriam chegado de forma tão célere às serranias deste Portugal que permanece ostracizado.

Hoje, o seu papel é mais de índole sociocultural, pois que os melhoramentos são herculeamente dispendiosos para estas associações, muitas sediadas em Lisboa. Porém, enfrentam desafios de sobrevivência, com dificuldades de captação de associados que desejem prolongar a vida destas agremiações.

Editorial (parte)
Arganilia nº 31 – Dez2018



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