O movimento regionalista tem nas Beiras, mormente na Beira Serra, um
dos seus berços mais profícuos. Diz D. Eurico Dias Nogueira, nesta revista, que
“regionalismo, como movimento
associativo, nasceu sobretudo no coração dos beirões”.
Dificilmente se encontrará aldeia ou lugar que não tenha uma Comissão
de Melhoramentos, uma União, enfim, um conjunto de homens bons e teimosos
beirões que, trazendo cada um a sua pedra, foram construindo os melhoramentos
imprescindíveis à vida colectiva das populações, longe que se andava do Estado
social.
Não fossem estas agremiações e a água canalizada, a luz eléctrica, a
estrada, o posto de saúde ou a cabine telefónica não teriam chegado de forma
tão célere às serranias deste Portugal que permanece ostracizado.
Hoje, o seu papel é mais de índole sociocultural, pois que os
melhoramentos são herculeamente dispendiosos para estas associações, muitas
sediadas em Lisboa. Porém, enfrentam desafios de sobrevivência, com
dificuldades de captação de associados que desejem prolongar a vida destas
agremiações.
Editorial (parte)
Arganilia nº 31 –
Dez2018
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