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A manhã de hoje levantou-se vestida com uma camisa de neve esfarrapada e triste. Duplamente triste: devido ao aspecto, e por ter chegado enquanto alguém partia.
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E insuficiente para purificar o solo das maleitas do Verão seco, mas suficiente, depois de ter gelado, para provocar quedas e um braço partido.
Também a apanha da azeitona foi interrompida, mas essa pode esperar, enquanto esperam abandonados e inertes os “enxovais” próprios da actividade: as escadas vazias a procurarem a seiva quente das oliveiras; o cesto tombado e solitário; os toldos avulsos, parecendo um “patchwork” desconforme, hirto e crocante; sobre eles, azeitona gelada a tiritar de frio.
1 comentário:
Belas fotos, apesar do arrepiante frio que aí devia estar.
De facto é com muita tristeza que vimos partir mais uma pessoa da nossa Freguesia, neste caso uma residente no Açor, que nasceu e viveu muitos anos no Soito, onde a Ti Ricardina e a sua família gozam de grande estima.
Após uma vida de muito trabalho e luta, interrompida de forma imprevista, desejamos à Ti Ricardina que, onde quer que esteja, continue a sorrir como sempre nos habituou.
Até sempre
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