José de Sousa Saramago nasceu em Azinhaga – Golegã, em 16 de Novembro de 1922.
Foi escritor, jornalista, argumentista, contista, dramaturgo, romancista e poeta. Viu obras suas adaptadas ao teatro e ao cinema e serem a inspiração para três óperas.
Em 1998 foi galardoado com o Prémio Nobel de Literatura que recebeu em Estocolmo, em 10 de Dezembro.
Três anos antes, em 1995, ganhara o Prémio Camões, o mais importante prémio literário em Portugal.
Durante a sua carreira foram inúmeros os prémios que recebeu, tanto no país como no estrangeiro. Possuía várias condecorações nacionais e internacionais.
Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, é considerado como sendo o responsável pelo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.
Em 1992 foi um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura com Luíz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues.
De acordo com Inês Pedrosa “Não tinha medo das palavras. Foi através delas que, como leitor, se fez homem, e depois – muito depois – como escritor, se fez livre.” (Revista Única, 26Jun2010)
Também Baptista-Bastos nos recorda que “José Saramago tinha uma relação de sangue com a língua portuguesa e a paixão por um povo que ele desejava adulto e livre. Todas as relações daquele género e todas as paixões assim configuradas são sempre problemáticas. Torga, Sena, Miguéis, outros mais pertenceram a essa natureza, por vezes estigmatizante, e sempre perturbadora.” (Jornal Público, 26Jun2010)
“A sua vida foi o seu melhor romance, costuma dizer Eduardo Lourenço. E tem razão. Nela, houve um movimento ascendente que deu tudo a quem não tinha nada. No tudo que lhe foi entregue houve até um ódio e uma recusa que o feriam, mas que transformava em combustível, ao qual juntava o fogo da sua altivez, para iluminar o rosto que mostrava ao mundo.” (José Manuel dos Santos, Actual-Expresso, 26Jun2010)
José Saramago recebeu 37 vezes o título de Doutor honoris causa. Editado em 56 países e traduzido para 43 idiomas, faleceu em Lanzarote em 18 de Junho de 2010.
A União Progressiva da Freguesia do Colmeal, colectividade regionalista do concelho de Góis de que Saramago foi dirigente (1948-1955), esteve presente e prestou-lhe as últimas homenagens nas cerimónias realizadas nos Paços do Concelho e no seu funeral para o cemitério do Alto de S. João.
Saramago continua no Colmeal, com os seus livros, na Biblioteca da União.
UPFC
Foto retirada da Internet
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