E será já no próximo sábado. Tantos anos depois como vai ser? Como nos sentiremos ao voltar a entrar naquela escola, agora fechada, silenciosa, sem o bulício e as traquinices próprias da idade daqueles rapazes e raparigas?
Quando em coro se aprendia a tabuada numa toada com o seu quê de musical. Quando nas letras algumas eram mais difíceis de juntar. Quando os ditados tinham alguns erros. Quando a palmatória entrava em funcionamento...
E quem não se lembra daquele grito desafiante que fazia toda a malta correr?... " e o último a chegar é burro!!!..."
Bons tempos! Vamos recordá-los!
Arroz
Berma da estrada fossada pelo javali
Caminho delimitado por pedras ao alto que também fazem estrema. A caminhada passará junto a ele.
Curral junto ao caminho
Erva leiteira. Desinfectante e cicatrizante
Flores de pão e leite
Forcões e varas com as videiras. Terão folha e as uvas já serão visíveis nos finais de Abril
Janela com laje como ombreira
Levada
Marco. As pedras laterais simbolizam as testemunhas da sua colocação
Moinho. Já não existe
Pedras ao alto a fazer estrema
Peido de velha
Pontão que se avista do caminho da caminhada já em cimento
Rosmaninho florido
S. Sebastião. Cepos
Senhor da Amargura. Colmeal
Tronco coberto musgo
Tufo de musgo
Agradecemos á nossa associada Lisete de Matos, uma das grandes entusiastas nestes "Trilhos da Ribeira de Ádela/Caminhos da Escola", o magnífico trabalho de recolha de imagens que aqui vos apresentamos.
No próximo sábado, não esqueça a sua máquina, porque vai valer a pena. Para mais tarde recordar.
Estamos à sua espera!
UPFC
3 comentários:
Parabéns à Lisete Matos pelas excelentes fotos e pelo seu enquadramento a propósito dos "trilhos".
António Duarte
Parabéns às fotos, são bonitas!
Agora uma dúvida!- Será peido de velha ou será peido de bruxa?
A língua portuguesa, apesar de uniforme, já que os dialectos desapareceram ou apenas são cultivados por eruditos resistentes, é extremamente rica, tanto em vocabulário polissémico, como em modos de dizer que variam de região para região, como os sotaques. Depois, há ainda as corruptelas, muito generalizadas por aqui, nomeadamente entre a população mais idosa..
Assim, aquilo que aqui se chama peido de velha, poderá chamar-se peido de bruxa numa outra e qualquer outra coisa ainda numa outra. É o caso das pútegas que podem dar pelo nome de putígas (corruptela), buxigas, amareladas e outros nomes. É isso que faz a língua portuguesa um organismo vivo tão especial para os falantes e tão difícil para os aprendentes.
Lisete de Matos
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