19 abril 2008

Os nossos trilhos...

Os nossos trilhos, os da Ribeira de Ádela, estão à espera que os voltemos a descobrir para que ao percorrê-los de novo, possamos reavivar a meninice guardada nas gavetas e baús das memórias de cada um de nós.
E será já no próximo sábado. Tantos anos depois como vai ser? Como nos sentiremos ao voltar a entrar naquela escola, agora fechada, silenciosa, sem o bulício e as traquinices próprias da idade daqueles rapazes e raparigas?
Quando em coro se aprendia a tabuada numa toada com o seu quê de musical. Quando nas letras algumas eram mais difíceis de juntar. Quando os ditados tinham alguns erros. Quando a palmatória entrava em funcionamento...
E quem não se lembra daquele grito desafiante que fazia toda a malta correr?... " e o último a chegar é burro!!!..."
Bons tempos! Vamos recordá-los!


a e i o u

Arbusto com fungo branco


Arroz

Árvore com fungo branco


Azeitona. Pessoa a apanhá-la

Berma da estrada fossada pelo javali


Cabras


Caminho delimitado por pedras ao alto que também fazem estrema. A caminhada passará junto a ele.


Cantarinhas


Carvelho em porta


Combaros e lameiros




Conselhos c flor


Cultivo da terra


Curral junto ao caminho


Erva leiteira. Desinfectante e cicatrizante

Estoirafole



Flores de pão e leite


Forcões e varas com as videiras. Terão folha e as uvas já serão visíveis nos finais de Abril


Janela com laje como ombreira


Levada

Mancal



Marco. As pedras laterais simbolizam as testemunhas da sua colocação


Melro


Moinho. Já não existe


Parede, servindo de caminho e de encaminhamento das águas pluviais. A caminhada vai passar através dela

Pedra com buraco



Pedras ao alto a fazer estrema


Peido de velha


Pontão que se avista do caminho da caminhada já em cimento


Pontão sobre ribeira Fonte Salgueira feito em 1955 pelas J. Freg. Cepos e Colmeal


Porta com carvelho



Rosmaninho florido


S. Sebastião. Cepos


Senhor da Amargura. Colmeal


Toco de castanheiro


Tranqueta

Tronco coberto musgo


Tufo de musgo


Tulhas Açor Ádela ainda de pé. 1988

Agradecemos á nossa associada Lisete de Matos, uma das grandes entusiastas nestes "Trilhos da Ribeira de Ádela/Caminhos da Escola", o magnífico trabalho de recolha de imagens que aqui vos apresentamos.
No próximo sábado, não esqueça a sua máquina, porque vai valer a pena. Para mais tarde recordar.
Estamos à sua espera!

UPFC

3 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns à Lisete Matos pelas excelentes fotos e pelo seu enquadramento a propósito dos "trilhos".


António Duarte

Anónimo disse...

Parabéns às fotos, são bonitas!
Agora uma dúvida!- Será peido de velha ou será peido de bruxa?

Anónimo disse...

A língua portuguesa, apesar de uniforme, já que os dialectos desapareceram ou apenas são cultivados por eruditos resistentes, é extremamente rica, tanto em vocabulário polissémico, como em modos de dizer que variam de região para região, como os sotaques. Depois, há ainda as corruptelas, muito generalizadas por aqui, nomeadamente entre a população mais idosa..

Assim, aquilo que aqui se chama peido de velha, poderá chamar-se peido de bruxa numa outra e qualquer outra coisa ainda numa outra. É o caso das pútegas que podem dar pelo nome de putígas (corruptela), buxigas, amareladas e outros nomes. É isso que faz a língua portuguesa um organismo vivo tão especial para os falantes e tão difícil para os aprendentes.

Lisete de Matos