Sou reconhecido como um
viajante que escolhe bons destinos.
Vou guiar-te por um
destino de montanhas e pessoas.
As montanhas oferecem as
pedras que fazem parte da identidade do território.
Com as pedras se fez a
sua História, mas com elas se faz um projecto de futuro.
Aldeias que estavam em
ruína, a desaparecer, originaram um destino turístico premiado.
É algo único e notável,
por ter surgido num dos territórios mais desfavorecidos do interior do país.
As pessoas dão-nos os
afectos. A matéria-prima do bom acolhimento.
Com simpatia. Com
conforto. Com bom gosto. Com sabores. Com um desafio.
Descobrir as Aldeias do
Xisto é dar e receber uma palavra de cumprimento dos seus habitantes. Se deres
mais umas quantas de conversa, receberás em troca uma história de vida.
É um destino com alma.
Vais estar no Centro de
Portugal.
Num mar de montanhas,
com montanhas de água.
As águas correm límpidas
e a rede das praias fluviais compete com as praias do litoral.
Vamos dispor de muitos
quilómetros de percursos para a descoberta e a aventura.
Aqui, onde em tempos a
natureza escondeu algumas das suas relíquias, que agora ressurgem vários
recantos.
Tena na mão a chave para
entrar e descobrir este destino.
_Papa-figos
O Papa-figos (Oriolus oriolus) é uma ave migradora que, todos os anos, viaja
desde a parte sul do continente africano para norte, com destino a sossegados
bosques de folhosas caducifólias intercalados com campos agrícolas onde, entre
dois ramos de uma árvore de grande porte, constrói o seu ninho. Em Portugal
prefere, como destino, os territórios do interior. Chegando no início da
Primavera, pelos finais de Agosto viaja de regresso à África tropical, sempre
pensando em voltar ao seu destino.
Assim
se inicia o livro Aldeias do Xisto – A
descoberta começa aqui, recentemente publicado (Fevereiro de 2013) numa
edição de Foge comigo! Lda e da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento
Turístico das Aldeias do Xisto.
Trata-se
de uma rede de 27 aldeias dispersas por 16 municípios, bem no centro e no
interior do país, fruto de um projecto turístico e de preservação de um
património natural e cultural riquíssimo, iniciado há mais de dez anos. Aldeias
requalificadas, algumas das quais com menos de dez habitantes. Costumes e
tradições respeitados. Gastronomia autêntica onde pontifica o cabrito assado, a
chanfana, o maranho e a tigelada. Bosques e florestas nas serras do Açor e da
Lousã. Uma fauna e uma flora que capta a atenção, não só dos especialistas como
dos vulgares visitantes, onde se destaca o narciso, o medronheiro, o azereiro,
a trepadeira-dos-muros e as lontras que escolhem as águas límpidas dos rios
Ceira e Alva. De registar a maior concentração de praias fluviais existente no
país, mais de cinquenta.
As
aldeias encontram-se ligadas por belíssimos percursos pedestres e trilhos de
BTT, mas também se podem aceder por quem viajar de automóvel. Os mais radicais
podem fazer canoagem, rafting e até
pára-quedismo. Quem dispuser de mais tempo, poderá descansar nos vários
alojamentos à disposição, conhecer o dia-a-dia das aldeias e deliciar-se com a
rica gastronomia, fruto de séculos de saber e de bom gosto, que não deverá
perder, nos inúmeros e bons restaurantes que encontrará no seu caminho.
Um
livro que aconselhamos vivamente. Muito em breve estará á sua disposição na
Biblioteca da União, no Colmeal.
A.
Domingos Santos
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