Muito
recentemente, a 10 de Agosto, assinalou-se o centenário do nascimento de Jorge
Amado, escritor brasileiro, falecido em 2001 a quatro dias de completar 89
anos.
Filho
de um coronel latifundiário, nasceu em Ferradas, no interior do estado da
Bahia. Com sua mãe aprendeu a ler e a escrever. No Rio de Janeiro, onde foi um
dos melhores alunos do seu curso, fez a licenciatura em Direito que no entanto
nunca chegaria a exercer.
Em
1945, com 33 anos foi eleito deputado federal, pelo Parido Comunista Brasileiro.
Na Assembleia Constituinte do ano seguinte propôs leis sobre a liberdade de
culto e de foro cultural. Viveu exilado em vários países, como a Argentina,
Uruguai, França (de onde acabou por ser expulso por motivos políticos) e na
antiga Checoslováquia.
Durante
a presidência de Getúlio Vargas alguns dos seus livros, por serem considerados
subversivos, foram queimados na praça pública. Os direitos de autor das suas
obras foram sempre o seu único meio de subsistência.
Em
1967 a União Brasileira de Escritores (UBE) apresentou a candidatura de Jorge
Amado ao Prémio Nobel da Literatura, mas ele recusou. No ano seguinte a UBE
voltou a apresenta-la e o escritor apenas a aceitou com a condição de ser uma
candidatura conjunta com o seu amigo português Ferreira de Castro.
Jorge
Amado deixou uma vasta obra, traduzida em 49 línguas, onde destacamos os
títulos mais conhecidos dos leitores portugueses “Capitães da Areia”, “Dona
Flor e Seus Dois Maridos”, “Teresa Baptista Cansada de Guerra”, “Tieta do
Agreste” e “Gabriela, Cravo e Canela”, romance adaptado para a televisão e que
colou o país ao pequeno ecrã. “O amor da
mulata Gabriela, heróico, selvático, primitivo e livre. De uma sensualidade
esfuziante, plena de alegria, enamorada da vida mesmo quando a vida a atraiçoa,
Gabriela transforma-se num símbolo de liberdade do amor, mulher enraizada na
terra que a engendrou, dádiva de cristalina verdade que nem o mal nem o medo, a
mentira ou a traição poderão calar.” (Publicações Europa-América 13ª edição
– Agosto de 1977)
Na
Biblioteca da União, no Colmeal, estes e outros títulos de Jorge Amado estão à
sua disposição. Não esqueça que ler faz bem.
Foto da Internet
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