A
Revista Municipal LISBOA editada pela Câmara da capital e com uma tiragem de
350.000 exemplares chega trimestralmente a casa dos lisboetas. O último número,
de Julho de 2014, apresentava nas suas páginas 38 e 39 um interessante trabalho
sobre Fernando Costa, que no popular bairro da Mouraria é mais conhecido por “Baguinho”.
Mestre Baguinho, o
sapateiro poeta da Mouraria é
o título que encima o texto sobre este homem simples e sempre sorridente. Trabalha
na sua oficina, autêntica casa-museu, onde as paredes estão forradas com as
suas recordações – molduras com quadros
seus, fotografias e gravuras de gentes e de espaços que outrora deram vida a
Lisboa.
Baguinho, alcunha que
lhe deram por ser pequenino, adora Lisboa e o bairro que o viu nascer e
crescer. Continuará a trabalhar porque precisa, “até quando Deus quiser”. E assim termina o excelente trabalho
que a revista trouxe até nós.
Também
António Lopes Machado director de A
Comarca de Arganil, se refere a este “sapateiro
muito curioso, originário de Fajão” no seu Editorial do dia 31 de Julho.
Fernando
Costa é desde há cinquenta e sete anos associado da União Progressiva da
Freguesia do Colmeal. Quadros de sua autoria que teve a gentileza de oferecer à
nossa colectividade estão expostos no Centro Paroquial Padre Anselmo no
Colmeal.
Lisete
de Matos no recente livro de João Barreto Nogueira Ramos GÓIS EM
REDOR DE 12 PESSOAS terminava
o capítulo sobre o Padre André de Almeida Freire com estes versos de Fernando
Baguinho
COLMEAL, Ó TERRA MINHA
Simples
formosa e rainha
Das
margens do rio Ceira
Aldeia
erguida na terra
Que
vista do alto da serra
De
entre todas és primeira
Tens
um rancho, tens um Santo
Tens
o amor dos filhos teus
Tens
um rio que é um encanto
Tens
alma cristã, tens fé em Deus
A.
Domingos Santos
1 comentário:
Não conheço a pessoa. Os versos, que agradeço, chegaram-me do arquivo da UPFC, quando, tendo encontrado uns sobre o Cadafaz, da autoria de Arminda Silva, procurava outros sobre o Colmeal.
Depois de ler o artigo sobre o senhor Baguinho, dei comigo a pensar no mérito de o Colmeal ter suscitado aqueles versos a um lisboeta tão lisboeta quanto ele.
E a propósito de versos sobre o Colmeal ou outras terras, quem tem mais de sua ou outra autoria que queira partilhar?
Para já, ocorre-me que n’O Colmeal de maio de 1967 vem um trabalho muito interessante sobre Ádela, mas falando também da freguesia, da autoria do então jovem Doutor José Martins Nunes, atual administrador/diretor do Centro Hospitalar de Coimbra. Sobre Ádela, ainda, existirão seguramente vários outros da autoria de José Fernandes. E sobre as demais terras?
Adeus terra do Colmeal,
No meio tens um chorão.
Por causa das raparigas
É que os rapazes lá vão.
Também pode ser ao contrário, claro!
Açor, 8 de Agosto de 2014.
Lisete de Matos
Enviar um comentário