Artur Domingos da Fonte surpreendeu tudo e todos quando no passado dia 21 de Junho, no Parque de Merendas das Seladas, apresentou (finalmente!!!...) os trabalhos em madeira que vinha fazendo nos seus tempos livres, desde Outubro do ano passado.
Já há algum tempo que o pressionávamos para mostrar os trabalhos que levava para o Colmeal e ia guardando na sua "loja", por baixo da casa.
Considerávamos ser uma pena que aquelas peças não fossem apreciadas por mais ninguém a não ser por um ou outro familiar a quem concedia esse privilégio. Mas a sua posição era por demais irredutível e as fotografias que se tinham tirado a alguns dos trabalhos, há cerca de seis meses, continuavam por publicar. Compreendíamos a sua modéstia mas as peças não poderiam ficar ali armazenadas sem serem vistas, observadas, apreciadas.
Ficámos contentes pela sua decisão e todos os que puderam contemplar as variadíssimas peças foram unânimes nos elogios.
Artur Domingos da Fonte foi rebuscando na sua memória os utensílios que se usavam antigamente e a "fotografia" que tinha dos mesmos levou-o a reproduzi-los com grande exactidão e pormenor. E como ele gravou a fogo "A brincar se passa o tempo recordando coisas de antigamente".
Atentemos na perfeição do lagar, do carro de bois, no moinho, na cozinha, no carro de mão, na arca ou nas lojas onde se guardavam os animais.
Teve a gentileza de oferecer à União Progressiva uma das suas peças, a que representa a primeira obra feita pela colectividade na aldeia - o Chafariz do Colmeal, inaugurado em 26 de Setembro de 1937. Uma peça que vai poder ser observada no EspaçoArte, no Centro Paroquial Padre Anselmo.
Estamos convencidos que Artur Domingos da Fonte vai continuar a ocupar os seus tempos livres na produção de novas peças e que num futuro mais ou menos próximo teremos oportunidade de as observar com mais atenção, em espaço próprio.
Parabéns Artur! Continua!
A. Domingos Santos
Fotos de A. Domingos Santos e Catarina Domingos
2 comentários:
A mim, comoveram-me a beleza e a singeleza das miniaturas. Além disso, reflectem tanta habilidade e genialidade, que lembram o engenho e a arte dos que inicialmente conceberam e utilizaram as tecnologias e utensílios que reproduzem. Reflectem, ainda, muita sensibilidade, carinho e memória compreensiva pelo passado difícil dos pais e avós que os utensílios serviram. Quando não serviram mesmo o próprio passado! Até aos onze, doze, treze ou catorze anos, enquanto não se concretizava o sonho acalentado por todos os miúdos “de sair daqui e ir para Lisboa”!
Muitos parabéns.
Lisete de Matos
Açor, 11 de Julho 2009.
Artur, muitos parabéns!
Continua, porque os teus trabalhos são maravilhosos!
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