No final da caminhada "Na rota do carteiro" fomos apanhados quando tecíamos os nossos comentários... favoráveis, à iniciativa que a União levara por montes e vales, para grande surpresa de quem os via passar e para grande satisfação de quem se metera ao caminho onde em tempos não muito remotos passava o carteiro, aquele levador de boas e más notícias, de promessas nem sempre cumpridas de amores distantes, de lágrimas nem sempre visíveis de quem longe labutava para a mulher e os filhos que haviam ficado.
Poderia ser esta a legenda da fotografia tirada à mesa de pedra nas Seladas.
Lisete de Matos e Amilcar de Almeida levaram a peito a sua conjectura. Não pela "Rota dos moinhos" como chegaram a pensar, ideia que abandonaram pelo estado difícil e intransitável em que se encontravam os caminhos, mas pelos "Trilhos da Ribeira de Ádela" que tantas vezes palmilharam, para lá e para cá, a caminho da sua escola.
Fizeram um trabalho excelente, natural de quem se dedica de alma e coração ao que faz. Mobilizaram e interessaram outras pessoas. Fizeram o que é preciso fazer quando se quer contrariar o isolamento e a desertificação. Mostraram o que têm e o que sabem fazer. Lutaram contra a memória que se vai perdendo com o cair das folhas do calendário das nossas vidas. Novos e velhos fizeram parte de uma equipa que nos fará voltar ao Açor. Merecem a nossa presença. A sua atitude deve ser premiada e divulgada, para que noutros lugares, fazendo o mesmo, não fiquem sentados à espera que o inevitável aconteça.
Um OBRIGADO GRANDE para eles e para todos os que no Açor tão bem souberam receber os participantes desta Caminhada promovida pela União Progressiva da Freguesia do Colmeal.UPFC
3 comentários:
Os meus parabens pela belissima paisagem que nos proprocionaram no calcorrear pelos montes e vales entre os Cepos e o Colmeal, nalguns sitios mais dificil, mas foi espectular.
Relativamento à primeira ideia "rota dos moinhos" também não estava mal, bastava interesar as entidades competentes, para a limpeza dos trilhos, era uma maneira de por o patrimonio que é tão pouco a descoberto, haverá coragem para isso??
No que me diz respeito, nada a agradecer, nem a elogiar, embora o elogio seja bonito e positivo! Limitámo-nos a apropriar também como nosso um projecto que era de todos. Já agora … juro que o ar espantado não era no dia da caminhada! Pesem, embora, as razões para espanto!
Lisete de Matos
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