Entre a razão e o coração
Magra, muito magra e
de pelo maltratado, parecia realmente acabrunhada e desesperada, arguta e resoluta, como a Salta-Pocinhas
de Aquilino Ribeiro [iii]. Fugiu quando me viu, mas retrocedeu ao
sentir o aroma irresistível de um alimento salvador. Aproximou-se e,
rapidamente, abocanhou a comida que eu, atónita, tinha deixado cair aos pés. Se
falasse teria dito, na voz aflautada,
cana rachada que Aquilino lhe atribui:
- Ando a cair de debilidade …, a morrer de fraqueza, há
três dias que não provo migalha….
Quantos mais dias seriam, coitada?! Ao tempo, não havia insetos, nem fruta, quanto mais caça, a natureza enlutada e estéril depois de os incêndios de outubro do ano anterior (2017).
Voltou para pedir mais, comeu e abalou satisfeita.
Por mim, chorei amarga e copiosamente, tomada pelo insólito e a magia do
encontro, chocada com mais aquela manifestação das consequências nefastas de um
incêndio voraz. De facto, a raposa só estava ali - a passar pela humilhação de
mendigar alimento ao homem seu grande inimigo - porque não havia nada
comestível no seu habitat natural, de encostas e vales carentes de vida,
prenhes de morte! Ela própria, como teria sobrevivido? De onde teria vindo?
Ciente de que não é suposto alimentar os
animais selvagens, para não criar dependência nem os expor aos riscos da
proximidade com os humanos (atropelamento, abate gratuito, envenenamento, laços
e outras armadilhas traiçoeiras), pensei que não o deveria voltar a fazer. Mas
o bicho reapareceu, nessa noite, em cima do fogão a lenha de um vizinho, a
cheiricar o conteúdo das panelas. Um perigo, se o fogão estivesse aceso! Depois
disso, passou a vir praticamente todos os dias, ao escurecer, a furta passo,
mais silenciosa que se calçasse alpargatas de ladrão [iv].
Mostrava-se quando ouvia barulho ou falar e, se encontrasse a porta aberta, entrava
para dizer “cheguei”, e sair sem
demora. Que fazer se o território continuava ermo e vazio? Deixar o animal à
míngua, ele que já era só a pele e o osso? Submetê-lo aos inconvenientes do
furto? Bem ou mal, para ajudar a natureza, o item “raposa” passou a fazer parte
da minha lista de compras.
Uma lindeza e uma delicadeza
Fascinada, fui
reparando na sua beleza. Era um animal pequeno, aparentemente uma fêmea jovem.
Batizei-a de Kika, mas qualquer nome
servia, uma vez que aparentava reagir apenas à voz e sem grande entusiasmo! A
refletir o enlevo que suscitava, também lhe chamavam Patusca, Linda, Menina, Bichinha, Rapariga ... Precisou de dois anos para responder adequadamente à palavra
“toma”!
O pelo, que à chegada
era baço e pastoso, foi-se tornando acanelado, brilhante e macio. Presume-se,
visto que não gostava que lhe passassem as mãos por ele! Na implantação da
cauda e nos ombros, apresentava manchas esbranquiçadas, sendo igualmente branca
a parte anterior do corpo. As patas eram finas e escuras, de certeza lestas e
resistentes, tal a rapidez com que saltava, de rabo alçado a servir de
alavanca! Isto, quando se assustava! Apesar de serem da família dos canídeos,
neste aspeto, nas garras e nas pupilas ovais,
as raposas são parecidas com os felinos.
A cauda, inicialmente
triste, foi-se tornando firme e farfalhuda. Para não roçar o chão, sujando a
ponta branca, a Kika mantinha-a esticada
e ligeiramente dobrada. Segundo uma fábula norueguesa, as raposas ficaram com a
ponta do rabo branca, quando uma ia a fugir da camponesa a quem roubou a
manteiga, e ela lhe atirou com o resto, manchando a cauda à espécie para
sempre. Ainda não existia champô raposino, tão pouco tira-nódoas!
A cabeça era pequena e
algo triangular, com orelhas espevitadas, escuras e lisas por fora, claras e
muito peludas por dentro. O focinho pontiagudo tinha as bochechas maquilhadas
de branco e um GPS sexto-sentido feito de bigodes fartos e extensos. Quando
engordou, a sua expressão facial tornou-se mais airosa e feliz. Uma lindeza e
uma delicadeza!
Possivelmente por ser
jovem e estouvada, a Kika não exalava
grande cheiro a “raposum”, uma marca odorífera inconfundível da espécie. Ao
contrário da Salta-Pocinhas, era
bastante imprudente. A bajouja andava, deitava-se e sentava-se bem à vista de
todos, ignorando a cegueira das viaturas e das pessoas que não perdoam às
raposas serem predadores como elas. Acontece o mesmo com as águias e outros
bichos que representem competição na caça ao pouco, e agora nada, que há para
caçar. Perante tal à vontade, de pouco valia a alguns dos residentes na aldeia a
discrição sobre as suas visitas, a fim de protegê-la de curiosidades e ameaças
desnecessárias.
Insubmissa, convincente, determinada, persistente …
Cheguei a pensar que a
raposa fosse cega, tantas as vezes que passava por mim, ignorando-me ou
fingindo fazê-lo. Era muito senhora do seu nariz! Embora tendesse para chegar
sensivelmente à mesma hora, podia atrasar-se ou faltar, dando azo a cogitações
sobre se teria tido algum mau encontro ou simplesmente perdido o relógio. E era
um alívio quando reaparecia, sorrateira e desentendida! Mantendo-se as
condições ambientais que a tinham feito aproximar-se da povoação, voltar significava
que nada de pior lhe tinha acontecido! Em relação aos
atrasos, distinguia-se da raposa do principezinho [v], que
defendia a pontualidade para antecipar a felicidade dos encontros muito
desejados! Daí que, ocasionalmente, a esperássemos chamando no escuro:
- Kika,
já vieste? Estás onde? Kika …, bicho
lindo … - E, para dentro:
- “Nã” …, por enquanto, nada peludo nem patudo,
lá fora ....
Em relação às faltas sem aviso prévio, não
raro tinha de ouvir:
- Olha lá, ó Kika, que desplante é este? Desaparece-se assim sem dizer nada?
Nunca ouviste falar de recados, telefonemas e SMSs? Nós aqui preocupados e sua
excelência a veranear sabe-se lá por onde!
Ela, nem truz
nem muz! Observou-se, porém, que parecia evitar as noites de temporal, possivelmente para não estragar o
fino casaco de pele que vestia! E as de lua-cheia, imagina-se que para andar
com ela a desvendar segredos e esconderijos! Mas também podia adiantar-se,
como naquele dia em chegou cedo e “emailava” a um amigo, mandando uma quase selfie:
- Bom dia. Eis-me aqui para reclamar. Por ser domingo de Páscoa, cheguei às
7.30 h da manhã, à espera das amêndoas que mandou darem-me. Mas nada, tive de
contentar-me com a dieta do costume e uma omelete quentinha. Do mal, o menos,
regalei-me com os ovos! Boa Páscoa.
Quando destas visitas
diurnas – aliás, pouco próprias de um animal crepuscular e noturno -, a raposa,
que parecia gostar de companhia, aproveitava para descansar e dormitar perto de
quem se encontrasse visível. A sequência habitual era: sentar-se e bocejar; deitar-se
e bocejar; fechar os olhos. As tentações e tentativas de a mimar, faziam-na
afastar-se! Com as espantalhas, fazia longas e comoventes conversas, sobre as venturas
e desventuras da sua vida atribulada!
Por vezes, aparecia
cansada, visivelmente a deitar os bofes
pela boca aberta. Outra vez, viria com as patas magoadas ou sujas, e só foi
comer depois de as ter lambido demorada e cuidadosamente. A saúde e a higiene
em primeiro lugar! E ainda a Covid-19 não tinha chegado! Outro imperativo maior
era a sede.
Ladina e dotada de uma
cheiradeira apurada, nada lhe escapava, estivesse coisa que se comesse na mão
ou em qualquer outro lugar. Pois se nem as galinhas mal guardadas escapavam ao
atrevimento das suas antepassadas?! De qualquer modo, determinada e convincente,
descarada mas frontal, astuta mas generosa e responsável, como adiante se verá,
é uma grande injustiça para o animal chamar raposa
às pessoas que são desleais e falsas, calculistas e egoístas!
Era uma raposa muito lambisqueira, no dizer do autor citado e gourmet,
no de um amigo que soube do belo prato de chanfana que recusou! Mas comia
esparguete cozido, de modo muito semelhante aos humanos que não lidam bem com
aqueles “fiaratos” escorregadios! Ao contrário de outros animais, servia-se
preferencialmente com os incisivos, pouco usando a língua como talher. Ou seria
por falta das papas da fábula A Raposa e
a Cegonha? Asseada e poupada, costumava apanhar o que deixava cair do
prato. Quando não gostava ou queria mais, aproximava-se, sobretudo da porta de
onde via a comida sair, sedutora e toda falinhas mansas, a dizer:
- Olha eu aqui, tão
asadinha! Anda, vê lá dentro que eu espero! Não vais querer que eu volte com
fome, depois desta caminhada de quilómetros, sozinha e por maus caminhos! Já me
basta o desconforto da minha toca, que nem forrada é, consumidos que foram pelo
fogo o musgo e as folhas!
E era vê-la, no
regresso, a saltitar e a empinar-se sobre as patas traseiras para chegar à
comida! Tinha de haver cuidado, pois, pegava os alimentos com suavidade, mas
não distinguia uma mão cheia de uma vazia, e primava pelo afiado dos dentes! Embora
comesse à mão com desenvoltura, por respeito, nunca foi incentivada a fazê-lo.
- Ó comilona rabuda,
sai-me de debaixo dos pés que te aleijo! Qual é a pressa?
Era muito irrequieta,
mas acanhada: ou enchia a boca e saía disparada, ou comia a olhar para os
lados. O rumorejar doído do vento nos chamiços negros dos pinheiros
perturbava-a tanto quanto às pessoas, que nunca tal lamúria tinham ouvido! Muito
frequentemente, escutando o que só ela escutava, interrompia o repasto para, de
orelhas e bigodes atentos, e de pé ou sentada num qualquer poleiro, melhor
espreitar à volta e captar os murmúrios da noite. As raposas, nascendo cegas e
surdas, parece que veem e ouvem muito bem.
Seguidamente, voltava
e retomava a correria, de boca cheia, ora para cima, para baixo ou para o lado,
só a presença assustadora de um gato a fazendo recuar. Era um gato maltês negro como pez, que começou
por esperar que a raposa se ausentasse para lhe assaltar o prato e, mais tarde,
passou a atacá-la, rosnando-lhe ferozmente e erguendo para ela as mãos de unhas
perversas. A um gato mais dócil terá ela, debalde, tentado privar da refeição, enquanto
mantinha com outros uma relação de respeito mútuo! Gatos: um risco inesperado da
proximidade com os humanos! Ignorava o ladrar dos cães presos, e dos outros, a
não ser que decidissem persegui-la!
Depois de os ataques
do gato, que chegou a feri-la atrás de uma orelha, a Kika refinou o desassossego, precisando de mais de uma hora para o
vai e vem de se alimentar e espreitar. Diria a minha avó que era um saricoté ou
que tinha bichos-carpinteiros no rabo! Para Zorro, faltavam-lhe a máscara e o
capote, de zorra raposa velha não tinha nada!
Uma vez saciada, ia-se
embora a lamber os beiços contente, geralmente para visitar outros amigos
daimosos! Até teve de aprender línguas, para este tirar das quartas comidas e não bebidas! Na realidade, comia ou
armazenava mais que os 500 g diários de que fala a literatura da especialidade.
Depois, instalava-se no seu poiso favorito e, à luz ténue da iluminação
pública, lembrava um mocho!
A determinada altura, a
Kika passou a evitar a pessoa com
quem melhor se relacionava. Como nunca explicou por quê, admite-se que tenha
confundido a silhueta, a voz, talvez mesmo a viatura dessa pessoa com as de alguém
que lhe fez mal. Ou que ela intuía não ser afeiçoado à vida selvagem! Por duas
vezes a vi fugir da voz de caçadores que passavam. Este episódio confirma a
memória prodigiosa das raposas, ao mesmo tempo que sugere que também são dadas
a confusões, defeito tão humano que nem se estranha! Felizmente que o amigo em
questão não é de represálias, e continuou a dispensar-lhe alimento à distância.
Mãe
extremosa
Por causa das perseguições de que sempre foi
objeto, nomeadamente por razões económicas e desportivas, a espécie é muito
resistente e resiliente, tendo desenvolvido a estratégia de reproduzir-se
precocemente. Sabendo-se que a Kika
tinha, pelo menos, o ano de frequência da aldeia que acabava de fazer, fomos
acalentando a esperança de a ver encontrar um namorado, e com ele constituir
família. Entretanto, sem que nada o fizesse prever, apareceu um dia
evidentemente mais esguia.
- A Kika
está mais magra, mais elegante …
- A mim, palpita-me que teve crias! Como não
se lhe conhece companheiro, devem ser fruto de uma escapadinha romântica até ao
Colmeal, Cepos ou outro sítio onde andem raposas. Grande pontaria, considerando
a respetiva época reprodutiva de apenas dois/três dias por ano! Como é sabido, a espécie é solitária nos meios
pobres em alimento e gregária nos restantes.
- “Nã”, não creio … Para isso, tinha de ter
andado mais pesada e molengona …
- Então, e não estava gorda que nem um texugo,
com uma barriga cheia que desapareceu? As raposas acasalam no inverno e parem
na primavera. Bate certo!
Num flagrante atentado à sua intimidade, enquanto
comia, tentei ver com as mãos se as tetinhas estavam salientes, mas ela fugiu,
recatada. Enquanto se adensavam o mistério e o encantamento, percebeu-se que a pilosidade do baixo-ventre tinha dado lugar a uns
inchaços rosados. Sentada, viam-se perfeitamente.
- Coisa mais linda, com bebés! Estranho é
andar aqui! De acordo com os livros, o macho deveria estar a alimentá-la na
toca e, mais tarde, alimentarem os dois os filhos.
- Pois, vá-se lá saber! A aridez mantém-se, mas
ele deve ser demasiado tímido ou orgulhoso para vir pedir … !
- Hum, é mas é um valdevinos, e a coitada é que tem de fazer tudo! Vir de manhã e à noite!
E a voracidade com que agarra e leva a comida?! Não tarda! A esta hora já deve
estar a recomendar aos raposinhos para ficarem calados, e não abrirem a porta a
ninguém. Notícias do lobo-mau não há, mas o urso pardo que andou em Montesinho
pode estar de passagem!
- Talvez, mas não me
parece que tenha crias! E ainda bem! Já viu, se aparece aí com os filhotes para
alimentar?
Se comiam! Constava que eram três, e quem
pouco comia era a Kika, focada que
estava na criação deles, e em escapar aos gatos que lhe cobiçavam os
mantimentos! Impensáveis, a força mandibular e a quantidade que um animal tão
frágil consegue transportar! Parecendo que não, o take away não é fácil, como se viu, uma noite. A raposa corria à
frente do carro, com o saco recheado que tinha acabado de desviar, na boca.
Apesar do escuro, fazia calor e ela corria carregada sobre o asfalto ainda
quente do sol escaldante do dia. Corria sozinha, de pés descalços, talvez
doridos, e nem sequer podia abrir a boca para refrescar! Sem queixume, o que
uma mãe não faz pelos filhos! Desconfiada com a luz que a seguia, por duas
vezes olhou para trás, antes de sumir-se nas herbáceas que ocultavam a parte inferior
da via, estreitando-a.
Na volta, ei-la de novo na estrada, cansada de
tantos cansaços. Pudera! A ser ali que tinha os filhos, era pelo menos a quarta
vez que fazia os 3 KM que separavam o sítio da aldeia e do Colmeal, para sul. Admite-se,
porém, que fizesse o caminho mais vezes, para levar os víveres que recolhia e escondia.
Caminhantes exímias e muito rápidas, as raposas podem andar bastantes
quilómetros por dia, mas tantos … Não admira que estivesse outra vez magra e
com a pelagem menos farta e luzidia.
- Bonito! Ó
Kika, então, é aqui que tens os meninos? Já viste o exemplo que estás a
dar-lhes, deitada no meio da estrada! Não só podes ser atropelada, como
denuncias a vossa presença. Santa ingenuidade!
Um dos pequenos espreitou à janela dos fetos,
e desapareceu discreto no meio deles. Logo de seguida espreitou outro, que
desapareceu também. Para evitar aproximações, não falámos com eles, nem procurámos
voltar a vê-los. Terão sobrevivido, eles e os das ninhadas seguintes? Do pai,
nem sinais! O mundo raposino também em mudança! Desfeito o mistério, aumentaram
a magia e o feitiço!
Com
variações pouco significativas, esta interação humano-raposina prolongou-se por
cerca de três anos. Membro legítimo da comunidade, a raposa era objeto da
generosidade de muitos. Quando um anfitrião se ausentava, logo outros assumiam
esse papel. Alguns dos que vinham de férias traziam mimos e, antes da pandemia,
vários foram os restaurantes que, solicitamente, embrulharam sobras que a
deliciaram. Na adversidade, ter-nos escolhido foi um privilégio.
A segunda prole terá sido de quatro crias e a
mãe regougava próximo, diziam que a chamá-las. Primeiro que percebesse que som
roufenho era aquele, na noite! Em setembro, já liberta dos filhos, que se tornam
independentes entre os três e os cinco meses, passou a chegar mais tarde. Era como
se, em pleno recrudescimento da pandemia, quisesse evitar o contato social
excessivo que os restos do verão quente e o Natal frio de 2020 propiciaram. Desapareceu
a poucos dias do desconfinamento, quando estava de novo luminosa, de pelo
brilhante e barriguita roliça de esperanças …!
Lisete de Matos
Açor, Colmeal, 22 de março de 2021.
[i]
Antoine de Saint Exupéry, O Pequeno
Príncipe, Livraria Agir Editora, Rio de Janeiro, 1963, pp. 64-74.
[ii]
https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/vida-selvagem-em-decl%.
[iii] Aquilino
Ribeiro, O Romance da Raposa, Liv. ª
Bertrand, 1961, pp. 19, 23, 20, 98.
[iv]
Aquilino Ribeiro, idem, p. 33.
[v] Antoine
de Saint Exupéry, op. cit., p.71
5 comentários:
Adorei !!
Tão linda!
Espero que volte !
Que lindo! Obrigado.
Uma história comovente. Obrigado pela partilha!
Rui Ferreira
Sensibilidade. Ternura. Também tristeza e lágrimas escondidas.
Que reportagem tão ternurenta... e que sorte teve esta raposinha!
Fica-nos a esperança de que as serras se recomponham rapidamente do imenso desastre ecológico provocado pelos incêndios e, com a asa protectora de pessoas como as do Açor, depressa se repovoem de fauna e flora... de VIDA.
Deonilde Almeida
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