De novo no Sal, para os
derradeiros dias da nossa viagem. O autocarro esperava-nos para nos conduzir ao
Hotel, onde a equipa de animação, extremamente simpática, apercebendo-se do
nosso regresso, nos acolheu de forma bastante alegre e efusiva. Tinham sentido
a falta do Grupo do Colmeal.
O Sal é uma ilha
caracterizada pelas suas extensas praias e uma extasiante paisagem lunar. A
“nossa praia”, a de Santa Maria, a que aqui já nos referimos, com vários km de
extensão e banhada por águas límpidas e mornas de um azul-turquesa,
convidava-nos a prolongados banhos e a um descanso completo e retemperador.
A vila de Santa Maria
situa-se junto a uma extensa praia de areia clara e mar azul cristalino. Ao
pontão chegam diariamente os pescadores que ali descarregam o peixe, pela
manhã, sendo possível ver chegar atuns e outras espécies, fruto da sua pesca.
As salinas existentes
em Santa Maria revelaram-se ainda no século XVIII, uma fonte de receita
interessante no fornecimento dos navios que a demandavam para se abastecer
desse precioso produto, ao mesmo tempo que compravam à pequena comunidade local
carne salgada (chacina), em troca de produtos manufacturados. As de Pedra de
Lume, que mais à frente visitaremos, surgem ainda no fulgor da indústria de
extracção do sal. Actualmente com a população mais jovem do arquipélago, a ilha
do Sal passou a viver nas décadas recentes à base da exploração turística,
sendo procurada por gente de todo o mundo, mas sobretudo da Europa, à distância
de poucas horas. Santa Maria é a zona turística por excelência e aqui se situam
as mais importantes estruturas hoteleiras de Cabo Verde.
Continuamos até
Buracona com as suas piscinas naturais e onde pudemos admirar o fascinante
“Olho Mágico”. Seguiu-se a zona fértil da “Terra Boa” com uma paragem para
observar o interessantíssimo fenómeno das “miragens”.
Depois, Espargos, a
capital da ilha e o mais importante centro urbano.
Breve pausa para um
café, antes de prosseguirmos até às Salinas de Pedra de Lume, localizadas na
cratera de um antigo vulcão, para onde a água do mar se infiltra, e que são já
consideradas Património Cultural Nacional. Após a entrada, ultrapassado que foi
um curioso pequeno túnel, que parece separar dois mundos distintos, deparamo-nos
com uma paisagem única e mesmo inacreditável face à sua beleza, com as cores do
solo coberto de sal a variar entre o azul-turquesa, branco e rosa.
Ainda restam partes de
um engenhoso teleférico em madeira, estrutura que era utilizada para o transporte
do sal até à armazenagem. A exportação de sal para toda a costa africana e para
o Brasil processou-se até meados do século XX. Numa parte das salinas foi
possível tentar mergulhar nas suas águas, mas a elevada concentração de sal, um
teor 24 vezes superior ao da água do mar, impede que as pessoas consigam ir ao
fundo. Ficámo-nos pela flutuação e pelas muitas risadas que algumas situações
provocaram. Valeu a pena a experiência. Uma experiência UNIKa.
Palmeira, aldeia de
pescadores que tem evoluído significativamente, orgulha-se de ser o “coração da
ilha”, pois pelo seu porto entram os produtos para consumo. Também ali se
encontram as estações dessalinizadoras e de produção de energia eléctrica da
ilha.
Após o almoço,
continuamos a disfrutar o melhor possível dos minutos que sentíamos já a
escassear. A hora do regresso aproximava-se. E o relógio não parava.
O jantar de despedida
teve lugar numa sala reservada para o grupo.
No momento próprio, o
presidente da Direcção e o Vice-presidente da Assembleia Geral, dirigiram
palavras de muita satisfação pelo modo como tudo decorrera e de agradecimento a
todos quantos, corajosamente haviam aceitado o desafio proposto pela União
Progressiva da Freguesia do Colmeal para se aventurarem à “redescoberta de Cabo
Verde”. No final, a responsável da UNIK recebeu da União uma placa alusiva a
esta memorável viagem e a representante do operador Soltrópico, que acompanhou
o Grupo, uma bonita “boneca crioula”.
A noite continuou com muita
animação. Pela manhã, foi o adeus à praia de águas calmas. E o inevitável
regresso aconteceu. Lisboa esperava este Grupo fabuloso.
A UNIK e a UPFC estão
de parabéns. Foi realmente um sucesso.
A Direcção
Fotos de vários
participantes
2 comentários:
Mais uma reportagem, a 5ª, esta dedicada à Ilha do Sal.
Pode ver-se pelas fotografias que todo o grupo se sentiu feliz, alegre e bem disposto.
Pudera, com boa praia, boa comida e boa música, o pessoal esqueceu as agruras da vida.
Por tudo isto o meu obrigado à Associação do Colmeal.
Manuel Lemos
Sócio
A Ilha do Sal proporcionou-nos um final em beleza. Gostei muito das 3 Ilhas que visitámos, todas me surpreenderam com suas diferentes paisagens, história, alegria e simpático acolhimento de toda a gente por onde passámos. Os meus agradecimentos aos três elementos da organização e a todos os companheiros de viagem que foram espectaculares para comigo.
Maria Clara
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