Cabo
Verde é um país de contrastes, onde montanhas imponentes se diluem em planícies
e praias de areais extensos e águas cálidas, e onde o verde da vegetação se
mistura com o castanho de uma paisagem quase desértica. São dez ilhas. São dez
pequenos grãos de areia semeados no meio do Oceano Atlântico.
A União Progressiva da
Freguesia do Colmeal preparava, há cerca de dois anos, esta viagem, que será
inesquecível para todos os participantes.
De 23 a 31 de Julho.
Três ilhas – Santiago, São Vicente e Sal, abençoadas pelo Sol durante todo o
ano, com a sua música, a sua cultura, em que nos deixamos envolver pelo sorriso
espontâneo e pela amabilidade e gentileza dos seus naturais, que nos receberam
de forma atenciosa e acolhedora e contagiaram com a sua simpatia.
Sal, ilha que por não
ter água potável, começou a ser povoada apenas na primeira metade do século XIX
com o início da exploração de sal em Pedra de Lume.
Ao Sal voltaremos no
nosso 6º dia até ao regresso a Lisboa. Por agora, instalação e jantar no hotel.
Uma nota de especial destaque para a simpatia do casal que connosco quis
festejar as suas bodas de ouro matrimoniais.
Na manhã seguinte, foi o
primeiro contacto com as águas, calmas e cristalinas, de um azul-turquesa da
praia de areia branca e fina.
Com breve escala na
Ilha da Boavista, rumámos a Santiago. É a maior ilha de Cabo Verde. A cidade da
Praia é ao mesmo tempo a capital do país e a mais populosa, tendo a população
duplicado após a independência.
Na visita guiada de dia
inteiro à ilha, passamos por inúmeras encostas montanhosas culminadas com os
seus picos de formas peculiares e vales profundos com vegetação bastante
abundante.
Depois de São Jorge dos
Órgãos onde visitamos o lindo Jardim Botânico, uma breve paragem para a “bica”
na cidade de Assomada, importante polo comercial e agrícola, com a sua
atmosfera original, num misto de urbe e campo.
Ultrapassada a Serra da
Malagueta, chegamos ao Tarrafal.
Antigo campo de
concentração de presos políticos da era colonial, situado no lugar de Chão Bom,
foi paragem para uma visita demorada. Inaugurado em 1936, foi inspirado nos
campos de concentração nazis. Conhecido também como Campo da Morte Lenta. Hoje,
um pequeno museu, o Museu da Resistência, expõe a sua história.
Após o almoço num
agradável restaurante fomos até à irresistível baía do Tarrafal. Com uma
fabulosa praia de areia fina e branca, águas tépidas e cristalinas e várias
sombras de coqueiros, é um importante local turístico e piscatório. Depois, uma
breve passagem pela vila, Praça Central e uma visita à Igreja e ao Mercado.
O regresso à capital
foi feito pelo lindo litoral Nordeste. Uma paisagem diferente mas igualmente
admirável, com pequenas baías e enseadas ladeando a estrada, com os seus areais
negros e desertos a servir de descanso a pequenos botes de pescadores.
Tivemos oportunidade de
visitar a aldeia de uma comunidade religiosa de Rebelados.
Formaram-se a partir de
grupos que se revoltaram contra as reformas na liturgia da Igreja Católica,
introduzidas nos anos quarenta do século passado, e se isolaram do resto da
sociedade, correndo hoje risco de extinção.
UPFC
Fotos
dos participantes
1 comentário:
As fotos são lindas e a descrição perfeita. Obrigada!
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