09 janeiro 2014

Horácio Reis um HOMEM DA UNIÃO



Em Setembro de 2010 recebeu-nos na sua casa fronteira ao rio Tejo, onde passava a maior parte do tempo. Descansava, lia, e acompanhava as notícias do que acontecia pelo mundo. Aproveitámos então para passar em revista os muitos anos de uma amizade duradoura e o trabalho desenvolvido em prol da União Progressiva. Os tempos difíceis que a Colectividade enfrentou, a solidariedade entre os sócios para a obtenção de fundos, as festas na Casa das Beiras, os piqueniques nas antigas quintas de Carnide, a abertura da estrada serra abaixo para o Colmeal, a inauguração do Largo, etc. Recordámos também as idas às festas nas outras aldeias, os serões passados com os mais velhos e com os mais novos quando as famílias eram grandes.

Em Setembro de 2010 Horácio Reis doava à União uma parte muito importante da sua biblioteca, como aqui referimos neste espaço. Nasceu em Lisboa no dia 18 de Outubro de 1927 e desde muito cedo se dedicou à causa regionalista. Em Janeiro de 1948 foi eleito primeiro secretário da Assembleia-Geral, lugar que ocupou até Fevereiro de 1953. Quatro anos mais tarde passou a integrar a direcção liderada por Manuel Martins da Cruz e depois por José Henriques de Almeida ao mesmo tempo que activamente participava na Comissão de Festas e Assistência. Voltou à Assembleia Geral em Março de 1960 onde se manteve até Março de 1971, tendo intervalado em 1962 e em 1968 com novas passagens pela Direcção. Em Março de 1979 registamos a sua eleição para vice-presidente da Assembleia-Geral, órgão que passará a liderar nos dois anos seguintes.

A sua generosidade, a simpatia que irradiava e o entusiasmo que colocava nas suas acções eram contagiantes. Um exemplo que sempre recordaremos.
Tinha um coração grande. Um coração que hoje deixou de bater.
Horácio Nunes dos Reis deixou-nos.
É um dos últimos HOMENS DA UNIÃO.

Lisboa, 8 de Janeiro de 2014

A. Domingos Santos

2 comentários:

Manuela disse...

Sentidas condolências à família em especial à amiga Guilay!
Descanse em paz!

Anónimo disse...

Leonel Baptista

Varias vezes,encontravamos em Santos ou Velho,junto da Igreja do Convento da Nossa Senhora dos Remédios.
O meu interesse pelo património cultural de Lisboa,ofereceu-me da Portugal Editora o Bolhetim sobre o Convento dos Marianos (Nossa Senhora dos Remédios) de J.S Vieira
Que descanse em PAZ