A
Biblioteca da União tem vindo a receber com certa regularidade novos livros,
muitos dos quais saídos recentemente.
Está neste caso o livro
“Os Privilegiados” de Gustavo Sampaio, de Julho de 2013, edição de a esfera dos livros.
Natural de Coimbra é
jornalista freelancer, licenciado em
Jornalismo (Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra), pós-graduado em
Direitos Humanos (Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra) e mestrando
em Ciência Política e Relações Internacionais (Universidade Católica
Portuguesa).
Como se lhe refere Ana
Cristina Leonardo em ATUAL – Expresso Nº 2129 – 17Ago2013, “O título pode não
ser completamente esclarecedor, já que os privilégios a que se refere não são
regalias adquiridas nem por nascimento nem por mérito. Não são sequer
privilégios de classe. A haver uma definição, são privilégios de casta. E algo
vai mal quando políticos e ex-políticos formam uma casta. Mas é isso que
transparece no final da leitura. “Os Privilegiados” não revela informação
classificada, não faz denúncias bombásticas e distancia-se da conclusão
populista: “Os políticos são todos iguais.” O autor cita Orwell: “São todos
iguais, mas alguns são mais iguais do que outros”: são os segundos que lhe
interessam. Lóbis, tráfico de influências, retribuição de favores, leis que
permitem tal estado de coisas. “Isto não tem que ser assim”, escreve-se no
final da Introdução. Mas é. Gustavo Sampaio tem aqui muito trabalho. Movendo-se
como uma formiga diligente por carreiros intrincados, vai registando
pacientemente a arquitectura do conjunto. Deputados que deputam indiferentes
aos conflitos de interesses, legislação que garante mordomias de exceção, vasos
comunicantes entre cargos públicos e grandes empresas (com as quais o Estado
assina contratos), genealogias perenes, exemplos de outros países que provam
que, de facto, “não tem que ser assim”. Numa frase: a estratégia da aranha
exposta a quem a quiser ver.”
“Salazar – Portugal e o
Holocausto” de Irene Flunser Pimentel e Cláudia Ninhos, é um outro livro
recente, de Março de 2013 em uma edição de Círculo dos Leitores.
Irene Flunser Pimentel
é mestre em História Contemporânea (Século XX) e doutorada em História
Institucional e Política Contemporânea, pela faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É investigadora do Instituto de
História Contemporânea da mesma Universidade.
Cláudia Ninhos é
investigadora do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de
Lisboa. Licenciada em História obteve posteriormente o grau de Mestre em
História e actualmente prepara o doutoramento.
“A amplitude dos
massacres cometidos pelos nazis, responsáveis por um devastador número de
mortes, tornou impossível mantê-los no desconhecimento da opinião pública. É,
por isso, importante compreender o que se sabia entre os Aliados, no Vaticano e
nos países neutros, incluindo em Portugal.” Lê-se na contracapa, onde da
Introdução se transcreve ainda a seguinte parte “Quando tiveram conhecimento do
genocídio que estava a ocorrer no leste europeu e que fizeram para salvar as
vítimas? Se quisessem, poderiam os Aliados e os países neutros ter feito algo
mais para salvar estas vítimas, perante as ameaças de que foram alvo? A chegada
das informações sobre o Holocausto passou por várias fases, desde a sua receção
até à tomada, ou não, de posição. O facto de os governantes ocidentais terem
recebido inúmeras informações sobre o que estava a ocorrer na Polónia e,
depois, na União Soviética não implicou, contudo, que os relatos fossem aceites
e compreendidos. Ou seja, havia informação disponível, mas existiria o
conhecimento necessário para que fosse compreendida? Este livro procura,
afinal, dar resposta a estas, e a outras questões, em torno do envolvimento de
Portugal no Holocausto. É um livro de duas historiadoras portuguesas de
gerações diferentes, com experiência e até opiniões diversas, que se têm
dedicado ao estudo do relacionamento entre o Portugal de Salazar e a Alemanha
de Hitler, que se juntaram em torno de uma curiosidade comum, procurando
contribuir para responder a estas perguntas.”
“As mais bonitas praias
de sonho” é um outro título a enriquecer a Biblioteca da União.
Com texto de Birgit
Adam e Claudia Piuntek é “Um livro entusiasmante que irá conquistar todos
aqueles que gostam de viajar, bem como os amantes da natureza e os aventureiros
intrépidos.
Praias selvagens, a
imensidão do mar, ar puro e limpo e uma maravilhosa sensação de liberdade – os
ingredientes perfeitos para umas férias de sonho!
Descubra e aprecie os
locais com areias finas e palmeiras que se espelham nas águas cristalinas, bem
como as mais bizarras costas alcantiladas e outras paisagens de enorme beleza.
Graças às fotografias a
cores de grande qualidade, da autoria dos melhores fotógrafos da natureza, e
aos textos muito informativos, este livro permite-nos partir numa viagem de
descoberta através das mais deslumbrantes praias do mundo: da Europa à América,
passando pela Ásia e pela África, da Austrália e Oceânia à Antárctida. De forma
a permitir uma melhor orientação, o livro dispõe de mapas de grande dimensão
relativos a cada um dos continentes e ainda de um índice remissivo
pormenorizado.”
O carinho, o interesse
e a generosidade de alguns sócios e amigos da União que sabem e reconhecem como
os benefícios da leitura são importantes na formação das pessoas têm permitido
engrandecer e diversificar o acervo da nossa biblioteca.
O nosso muito sincero
Bem-Haja.
UPFC
1 comentário:
http://osprivilegiados.blogspot.pt/
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