Foi com coração, devoção e muita nostalgia que um punhado de pessoas reergueu o Jornal de Arganil. Foi um início atribulado. Estávamos em data de comemoração de mais um aniversário e a determinação sobrepôs-se à razão. Havia um título prestigiado, querido, desejado que necessitava de renascer. Não há arrependimento, apesar de todas as incertezas que carregamos desde a primeira hora.
Desde o seu início fomos claros: Havia projecto, vontade e capacidade editorial, seria necessário apoio, e esse apoio teria de ser traduzido fundamentalmente na renovação das assinaturas. Um pouco de todos daria sustentabilidade ao jornal. Foi ao longo destes seis meses, semanalmente, renovado este nosso pedido. Menos de trinta por cento dos assinantes responderam à chamada. Nesta conjuntura, será de todo impossível levar por diante esta tarefa. Na edição impressa do dia 11 de Setembro, foi anunciado a possibilidade de suspender a publicação por tempo indeterminado, sublinhando as dificuldades e os pedidos de ajuda. Não nos conformamos com o encerramento do jornal. Continuamos à procura de respostas que tardam em aparecer. Sempre dissemos que o jornal é dos seus leitores. Chegou a hora de se assumirem. A Cooperativa foi até ao momento mola impulsionadora no ressurgimento do jornal. Necessitamos de consolidar o projecto e isso só será possível com o apoio de todos.
Neste momento difícil queremos reiterar o nosso apreço à Dr.ª Maria da Conceição Oliveira, pelas suas qualidades, saber e renovado espírito de sacrifício, com que acompanhou e acarinhou esta vivência e luta na manutenção de um jornal que durante mais de duas décadas dirigiu. Seriam poucos ou mesmo ninguém que se disporia a desempenhar tal papel. Esteve sempre disponível e voluntariosa a colaborar com a cooperativa. Bem-haja.
Vamos manter as edições suspensas durante o mês de Outubro a não ser que surjam alterações significativas. Até lá, temos de tomar decisões. Necessitamos de possuir um número mínimo de assinantes activos para manter o jornal impresso. Acreditamos na sua viabilidade, mas necessitamos de respostas. Há vontades ainda não expressas. Não poderemos esperar eternamente por elas. O tempo urge, juntos, não deixaremos “cair” este órgão de comunicação regional.
A Direcção
CEBS – Cooperativa Editorial da Beira Serra, CRL
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