Ilda Reis (Lisboa 1923
– 1998).
De 14 de Outubro de
2008 a 17 de Janeiro de 2009, a BNP (Biblioteca Nacional de Portugal), ao Campo
Grande em Lisboa, e a galeria As Salgadeiras apresentaram uma retrospectiva da sua
obra gráfica expondo as gravuras e serigrafias mais representativas da sua
actividade artística. A mostra, com 60 gravuras organizadas de forma temática,
proporcionava, assim, ao visitante, uma melhor leitura do universo de Ilda
Reis, cuja enorme consistência e qualidade artísticas ali poderiam ser
reconhecidas. Os seus «tempos de vida», as líricas de Camões, os poemas de
Pessoa…
Não quero ir onde não há luz,
De sob a inútil gleba não ver nunca
As flores, nem o curso o ao sol dos rios,
Nem como as estações que se renovam
Reiteram a terra. Já me pesa
Nas pálpebras que tremem o oco medo
De nada ser, e nem ter vista ou gosto,
Calor, amor, o bem e o mal da vida.
Fernando Pessoa
Gravura
“Ligeia – 1924, 1985”
Lisboa,
Espólio Ilda Reis
1 comentário:
Iniciativa interessante, esta de divulgar a obra de uma autora oriunda do Colmeal.
No caso sem que venha muito a propósito, aproveito para mencionar o livrinho “O Quinas ganha uma casa”, recentemente publicado por Violante Saramago Matos, filha de Ilda Reis e José Saramago, que terá ilustrado o livro - tendo formação e trabalhando na área das ciências, segundo creio - recorrendo às memórias da infância passada a ver a mãe pintar. Bonito!
Não consegui ilustrar este comentário com o Quinas, mas juro que é uma fofura!
Lisete de Matos
Açor, Colmeal
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