É grato, muito grato, falarmos da nossa terra. Não me competia a mim, que não sou filha desta boa terra, tomar a iniciativa de inscrever o seu nome entre as terras da Freguesia. Por isso mantive-me na expectativa de que alguém aqui nascido o fizesse. Infelizmente inútil foi tal espera.
Aqui vivi quase onze anos. Depois ausentei-me um pouco, agora apenas aí passo algum tempo de férias. Habituei-me a respeitá-la e a estimá-la desejando que cada vez mais se engrandeça em tudo. E de certo modo assim tem sucedido!
Aldeia pacata, dedicada à agricultura, está agora um pouco abandonada pois a vegetação é paupérrima. Houve necessidade de se deslocarem com o fim de ganharem o pão que necessitam para viver.
Não é centro industrial, nem há grandes ramos de actividade. A sua geografia humana diminui dia a dia. Pelo que a Malhada não pode ser considerada uma terra progresso. Mas a Malhada, é sim, uma terra de gente amável e dócil. Assim como em todas as terras da Beira-Serra.
São agradáveis as férias passadas na Malhada, embora sejam um pouco monótonas, devido à falta de actividades recreativas.
Não sou da Malhada, mas estimo-a muito, principalmente por ser o berço das pessoas que me são queridas. Que bom seria se todos nós pudéssemos fazer alguma coisa de bom pela Malhada!
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Uma jovem amiga da Malhada
In Boletim “O Colmeal” Nº103, de Abril de 1970
Arquivo da UPFC
2 comentários:
Ora aqui está um belo comentário, gostei muito do que li...seria muito bom se muitas mais memórias, de muitas pessoas, fossem relatadas aqui neste preciso sitio para que todos nós pudéssemos ter ainda mais enraizadas as razoes de estarmos aqui, é importante saber de onde vimos para sabermos para onde vamos...também eu me habituei a viver e a participar intensamente no que se passa na "minha aldeia", infelizmente nasci em Lisboa, mas no sangue tenho a região da beira serra, mais precisamente a Malhada. Seria muito bom para todos nós se cada um de nós desse um pouco mais de si em prol de um bem que É DE TODOS E PARA TODOS.... Um grande bem hajam amigos do Colmeal..um grande abraço e saudações Regionalistas. Nuno Santos.
Só hoje tomei conhecimento destes comentários e verifiquei que o 1º foi feito na década de 70 ou pelo menos foi publicado por essa altura no jornal"O Colmeal",e por esse motivo venho dizer o seguinte: fim dos anos 60 inauguração do Centro de Convívio, anos 70 implantação da electricidade,estrada de ligação ao Colmeal,arranjo do lavadouro entre outras obras mais pequenas, por isso penso que o comentário não é de todo justo principalmente para um Grande Malhadense e Regionalista que na altura era Presidente da CMMalhada e Casais que se chamava JOSÉ NUNES BAETA.
BAETA DA MALHADA
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