“Há duas espécies de fadas: as fadas boas e as fadas más. As fadas boas fazem coisas boas e as fadas más fazem coisas más. As fadas boas regam as flores com orvalho, acendem o lume dos velhos, seguram pelo bibe as crianças que vão cair ao rio, encantam os jardins, dançam no ar, inventam sonhos e, à noite, põem moedas de oiro dentro dos sapatos dos pobres. As fadas más fazem secar as fontes, apagam a fogueira dos pastores, rasgam a roupa que está ao sol a secar, desencantam os jardins, arreliam as crianças, atormentam os animais e roubam o dinheiro dos pobres. Quando uma fada boa vê uma árvore morta, com os ramos secos e sem folhas, toca-lhe com a sua varinha de condão e no mesmo instante a árvore cobre-se de folhas, de flores, de frutos e de pássaros a cantar. Quando uma fada má vê uma árvore cheia de folhas, de flores, de frutos e de pássaros a cantar, toca-lhe com a sua varinha mágica do mau fado, e no mesmo instante um vento gelado arranca as folhas, os frutos apodrecem, as flores murcham e os pássaros caem mortos no chão.” Sophia de Mello Breyner Andresen, in “a fada oriana”, da Editora figueirinhas Hoje, as crianças do Colmeal foram visitadas por uma FADA BOA. Livros com este e muitos outros contos foram-nos oferecidos para a Biblioteca da União. Da mesma autora, para além de “a fada oriana”, “o cavaleiro da dinamarca”, “a árvore” e “a floresta” passarão a estar disponíveis muito brevemente, para que todos os possam ler e apreciar. Os mais jovens estão de parabéns. Se ainda não souberem ler, de certeza que alguém lhes lerá estas histórias encantadoras, histórias que já fizeram as delícias de algumas gerações, noutros locais e certamente em meios menos agrestes. Uma outra colecção, de autores consagrados como Mark Twain, Júlio Verne, Walter Scott, Dostoiewsky ou Shakespeare apresenta-nos obras em formato reduzido e de fácil leitura. “Miguel Strogoff”, “Romeu e Julieta”, “Crime e Castigo” ou “Ben-Hur” são algumas destas obras, das mais lidas a nível mundial. Também podem ser lidas em edições normais, que já existem na Biblioteca da União. António Santos
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