05 setembro 2007

No COLMEAL ouviu-se FADO DE COIMBRA





No âmbito do GóisArte 2007, este ano dedicado a Monsenhor Nunes Pereira e num gesto muito simpático e louvável da Câmara Municipal de Góis em levar esta iniciativa a todas as freguesias do concelho, o Colmeal teve o grande privilégio de poder assistir à actuação do Grupo de Fados “Guitarras de Coimbra”.

Assim, no sábado dia 14 de Julho, pelas 22 horas, o Centro Paroquial Padre Anselmo, onde está instalada a Biblioteca da União, foi pequeno para receber todos aqueles que vivem na freguesia do Colmeal e os que se deslocaram propositadamente para assistir a esta noite de fados.

Ouvir o fado de Coimbra, aquele fado muito próprio cantado e levado pelos estudantes aos quatro cantos do mundo e imortalizado por autores e cantores como Menano, Hilário, Bettencourt, Luiz Góes, Adriano Correia de Oliveira ou José Afonso foi uma oportunidade única que os Colmealenses não deixaram perder.

Estudantes (ou melhor ex-estudantes), livros, biblioteca e fado.
Não se poderia ter escolhido melhor e mais apropriado enquadramento para esta noite, que foi certamente diferente de todas as outras noites do Colmeal.

Obrigado Câmara Municipal de Góis e Junta de Freguesia do Colmeal por nos terem proporcionado uma noite diferente.

A União Progressiva da Freguesia do Colmeal esteve presente e tudo fará para que iniciativas como esta voltem ao Colmeal.

Fez-se silêncio para se ouvir o fado de Coimbra… que até teve mais encanto… na hora da despedida.

Uma nota final que pretendemos seja elucidativa e esclarecedora e apenas porque alguém questionou a carreira académica de José Afonso.

Cantor português (Aveiro, 1929 – Setúbal, 1987).
Estudante em Coimbra, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, foi aí que surgiram as suas primeiras actividades musicais associadas à renovação da canção coimbrã. Esteve na origem do género balada, veículo da contestação política dos anos 60. No entanto, para além da defesa de ideais políticos, a sua obra tem uma qualidade poética e musical intrínseca (nomeadamente na recriação do folclore, na introdução de instrumentos e ritmos africanos e na criação de novos ambientes sonoros) que marcou fortemente a música popular dos seus contemporâneos e das gerações subsequentes.

In “A Enciclopédia”, Editorial Verbo S.A., 2004, páginas 178/179.

A. Domingos Santos

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