13 outubro 2011

Aniversário da União – 1ª parte



Manhã cedo, no dia 2 de Outubro. Lisboa, Sete Rios. Sócios e amigos da União Progressiva da Freguesia do Colmeal inteiravam-se do autocarro que lhes estava destinado, pronto a seguir pela A1 a caminho do almoço comemorativo dos 80 anos da colectividade.


Uma pequena paragem para o pequeno-almoço e depois uma outra no Centro Geodésico de Portugal. O marco com cerca de 10 metros e que assinala o centro do país foi uma das primeiras pirâmides geodésicas a ser construídas, em 1802. Para além do simbolismo do local há também uma espectacular vista que se alcança e que em dias de grande visibilidade nos permite descortinar a Serra da Estrela. Aqui nos encontrámos com todos os que tinham vindo do Colmeal.


Os cinco autocarros e algumas viaturas particulares prosseguiram depois para a linda vila da Sertã, onde no seu local mais aprazível, na Alameda da Carvalha, junto à Ribeira da Sertã e da sua Ponte Filipina, se pode admirar o Lagar de Vara, uma réplica fiel do antigo lagar.




O tempo estava esplendoroso. A Quinta de Santa Teresinha esperava-nos com os aperitivos a ser servidos no agradável e bem cuidado jardim.










A sala ficou repleta com os 330 sócios e amigos da União que connosco quiseram comemorar os seus 80 anos ao serviço do regionalismo.
Junta de Freguesia do Colmeal, Casa do Concelho de Góis e colectividades congéneres também responderam afirmativamente ao convite, bem como a imprensa regional na pessoa do seu decano, António Lopes Machado.


No momento próprio, António Domingos Santos, presidente da União Progressiva, visivelmente emocionado perante tão vasta assistência, proferiu uma breve alocução, dificilmente sintetizada pela grandiosidade do historial da colectividade.

“Quem diria a Abel Joaquim de Oliveira e a José Antunes André, que quando vigiavam a noite lisboeta na sua nobre função de guarda-nocturno e tiveram a ideia de criar uma associação que levasse a instrução, o desenvolvimento e o progresso às nossas aldeias, quem diria que passados oitenta anos ela ainda existisse.”

“…Falar do passado não é saudosismo. Mas temos a obrigação de recordar todos aqueles que se esforçaram e deram o seu melhor, que tinham uma vida dura, de trabalhos pesados, para sobreviverem em Lisboa onde procuravam sustento para as mulheres e para os filhos que haviam ficado nas aldeias.

Conseguir o máximo de solidariedade de toda a colónia da freguesia do Colmeal; educar, instruir e proteger os seus membros necessitados; auxiliar moral e materialmente todos os melhoramentos; promover por todos os meios ao seu alcance as manifestações de actividade que de qualquer modo possam contribuir para o engrandecimento da freguesia.
Estes foram os objectivos que levaram à criação da nossa colectividade. E foram homens simples, com pouca instrução mas de enorme vontade, que os fixaram e os conseguiram realizar.”

“…Oito décadas são passadas. Não nos atrevemos a perspectivar quantas mais se irão seguir mas acreditamos, temos a firme certeza de que a nossa União continuará a existir trilhando o caminho percorrido nos últimos anos, focado em acções de carácter social, cultural e recreativo e a inovar sempre que possível. Temos apostado numa forte política de comunicação com os sócios, através da imprensa regional e na Internet, com o nosso blogue.

Contamos com a juventude e a nossa Comissão de Juventude já mostrou que está interessada, que está disponível e que quer trabalhar. São criativos, têm imaginação, e têm uma coisa muito importante que os une, o amor à terra dos seus pais e avós e o respeito e admiração por aqueles que ainda resistem nas nossas aldeias.”

Referiu-se ao trabalho desenvolvido pela Junta de Freguesia do Colmeal, que a União vem acompanhando com muito interesse, mas que continuarão a estar atentos às benfeitorias que ainda faltam executar e que tão necessárias são para uma melhor qualidade de vida dos poucos que ainda lá vivem. Falava concretamente das calçadas que os Colmealenses e todos aqueles que visitam a sede de freguesia têm dificuldade em pisar temendo cair, mas deixou bem claro que acredita e confia no Senhor Presidente da Junta. “Sabemos que até ao final do seu actual mandato tudo fará para que o eterno problema das calçadas seja resolvido. Os nossos idosos merecem!”

Terminou a intervenção com um OBRIGADO muito grande e uma palavra de simpatia para com todos os presentes e muito especialmente para com as Senhoras, ali em tão elevado número.

Fotos de Francisco Silva e A. Domingos Santos

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