Celebrou-se, no dia 15 do corrente, o Natal no Colmeal. Como
constava do convite da União Progressiva da Freguesia do Colmeal (UPFC), a
festinha visa os mais pequenos e os mais idosos, proporcionando “o (re)encontro
de gerações, uns aguardando com expetativa o seu brinquedo, outros recordando
tempos idos”. Na véspera, a UPFC esteve na Unidade Residencial Sagrada Família,
na Cabreira, “para levar uma palavra de carinho e entregar uma prendinha aos
seus utentes, alguns dos quais nossos associados.”
Acompanhados pelos pais e outros familiares, aguardavam e
receberam brinquedos: a Margarida, a Sofia, o Tiago, o Miguel, o Mikael, o
Salomon, a Maya, o Diniz, a Ambar, o Ulisses, o André, o Loan, a Frida, o Iúri,
o Kiva e o Martim. Lindos, os mais pequenos parecendo anjos benfazejos, todos
expressando a magia do Natal. Qual Menino Jesus, no berço, dormia tranquilo o
Francisquinho, vigiado pela família atenta e carinhosa.
No que aos adultos se refere, havia gente de todas as idades
e de várias localidades da freguesia. Falando apenas dos octogenários, uma
emoção, a rijeza e a disponibilidade para estar junto de Carlos de Almeida e
José Domingos (Ádela), Conceição de Jesus (Sobral), José H. Santos (Soito),
Júlio Barata (Aldeia Velha), Maria Luísa Almeida, Maria Augusta e Jaime F.
Almeida (Colmeal). A comparência – que agradecemos – de um grupo do Góis Moto Clube,
que também presenteou as crianças, acrescentou partilha, juventude e garridice pai-natalícia
ao evento.
Presentes, apoiando a iniciativa e a todos desejando
boas-festas, o vereador municipal Dr. José Rodrigues, os membros do executivo
da Junta da União de Freguesias de Cadafaz e Colmeal Sofia S. Oliveira e Jorge
de Almeida, o Dr. António Duarte, em representação dos Compartes do Colmeal e
da Comissão de Melhoramentos do Soito. Associando pessoas às respetivas
coletividades, ocorrem-me, ainda, a participação da Associação Amigos do Açor, do
Grupo de Amigos de Sobral, Saião e Salgado e da Liga de Amigos de Aldeia Velha
e Casais, representados, respetivamente, por Amilcar Almeida, Carlos de Jesus e
José Brás Vitor.
Enfim, um convívio transgeracional, cultural, institucional e
territorial notável! Assim fora em tantas outras circunstâncias em que a inclusão,
a interação e a complementaridade são necessárias e fariam a diferença!
Sentiram-se faltas? Sem dúvida. Desde logo, dos que não
vieram, por impossibilidade ou outra razão justificável. Quanto a outras, o Dr.
António Domingos Santos, presidente da UPFC, mencionou algumas, a todos nós
ocorreram várias que assim se tornaram presentes, no íntimo dos corações e no
devir incessante do tempo e da vida.
Como já terei dito noutras ocasiões, a
tradicional festa de Natal da UPFC é uma celebração de que gosto
particularmente. Pela multidimensionalidade convivial a que já aludi, mas
também por se tratar de uma iniciativa solidária - agora adaptada à realidade
social e demográfica da freguesia - que a UPFC organiza desde os finais dos
anos quarenta, início dos cinquenta do século passado. As razões explica-as a
Dr.ª Deonilde no assinalável trabalho com que acaba de nos presentear. Espalhados
um pouco por toda a parte, quantos jovens, adultos e agora pais, incorporarão
nas suas memórias o fascínio deste dia diferente?! Como eu, a lembrança dos
livros que a UPFC me fez chegar, quando há mais de sessenta anos fiz a 4ª
classe e a admissão ao liceu. Os livros desapareceram porque alguém precisou
deles para os ler, a emoção e o contentamento persistem indeléveis. Possivelmente,
devido à então raridade das prendas, da própria literatura infantojuvenil e dos
conceitos de prémio e reforço positivo!
Depois desta divagação própria da
idade pelas memórias distantes, volto às recentes para fazer dois
agradecimentos muito sentidos, pessoalmente e em nome da mesa da assembleia
geral da UPFC: a todas e todos pela participação, à direção da UPFC pela organização
do evento, ambas expressão do espírito natalício que anima e do afeto que une.
No terceiro domingo do advento, em
que a liturgia nos propõe um certo alívio no rigor da preparação para a
Natividade, o celebrante chamou-lhe domingo da alegria e sublinhou a
importância da mesma, sentida e proporcionada, para a concretização do
mandamento maior do amor a Deus e ao próximo. No aconchego do calor humano e ardente
da lareira, foi de alegria, amor e partilha que se tratou na tradicional de
Natal da União Progressiva da Freguesia do Colmeal.
Desejo a todos um Natal muito feliz e
um ano novo repleto do melhor.
Texto:
Lisete de Matos
Fotografias:
Leonor Martins e António Santos
3 comentários:
Muito obrigado pela sua reportagem, que, mais uma vez, "transportou" até ao Colmeal os que, como eu, não puderam estar presentes.
Boas festas!
Rui Ferreira
Gostei de ver a reportagem e transportou-me, por momentos, a uma realidade que vivi há bem pouco tempo. Obrigado pela partilha destes momentos de convívio que fazem sempre bem recordar e nos poderá motivar a imitar-vos.
Bem haja quem cultiva estes sentimentos.
Um abraço de BOAS FESTAS.
Obrigada, Lisete e Francisco, por continuarem a trazer até nós o que se vai passando no Colmeal.
Nesta reportagem, além do registo muito simpático da actividade em si, é especialmente notável a quantidade de crianças presentes - que assim continue e aumente, garantindo que uma nova geração dará continuidade a esta e outras tradições. São momentos de convívio tão importantes, na construção do sentimento de pertença dos mais novos e no acarinhar dos mais velhos.
Deonilde Almeida
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