No
próximo dia 25 de Maio a União Progressiva da Freguesia do Colmeal, de acordo
com o seu programa de actividades para o presente ano, e como tem vindo a
divulgar, vai levar à serra da Lousã um grupo de sócios e amigos, entre os
quais se encontram vários Comandos desejosos de conhecer a região, as suas
gentes, as suas belezas naturais, a gastronomia e a sua cultura. Uma das
visitas a efectuar será ao Museu Etnográfico da Lousã.
Este museu surge, por
um lado, pela necessidade de se preservar a cultura popular e, por outro, pelo
desejo manifestado, pelo médico de raízes serranas, Dr. Louzã Henriques, de
colocar ao dispor da comunidade, a sua colecção etnográfica, que guardava em
sua casa, em Coimbra. O espólio foi também enriquecido com materiais
provenientes da colecção do Museu Municipal da Lousã e de doações de
particulares.
No rés-do-chão do
edifício foram instalados os núcleos mais pesados e com uma leitura mais
inter-relacional. Aqui foi colocada a colecção de veículos de tracção animal
(carros de bois e de muares) e de cangas (de trabalho e de festa), obedecendo a
um critério simultâneo de proveniência geográfica e de tipologia evolutiva.
Numa outra ala deste
piso foi colocada a colecção de arados e charruas e de grades, obedecendo ao
mesmo critério evolutivo. A acompanhar este percurso, tendo sempre presente no
discurso expositivo a evolução do homem, na sua passagem de nómada para
sedentário e a revolução que representa a agricultura para a melhoria das suas
condições de vida, alguns exemplares de trilhos, bem como, genericamente,
diversas ferramentas ligadas ao amanho da terra, aos cereais, à fruticultura,
aos pastos, etc., havendo ainda espaço para núcleos ligados á matança do porco
e à olaria.
No
primeiro andar encontra-se a área dedicada às exposições temporárias, serviços
educativos e auditório.
No
segundo andar vamos encontrar alguns pequenos núcleos que se pretendem
demonstrativos de outras tantas actividades agrícolas ou artesanais, uma
recriação de uma cozinha serrana da Serra da Lousã, em que marca lugar o
tradicional “caniço”, para a castanha pilada; ferramentas de resineiro; núcleo
do pão (manguais, medidas, peneiras e joeiras, pás, balanças e moinhos/mós
manuais); núcleo do azeite (mó e capachos, latas de azeite, almotolias e
candeias); núcleo do ferreiro / latoeiro com suas ferramentas e fole; núcleo
dedicado à apicultura; núcleo do linho e da lã; núcleo do queijo e núcleo do
sapateiro.
Em
todas as actividades implementadas está presente a ligação ao território e à
comunidade. Um museu de expressão nacional, que “tem lá o coração do povo português”, como disse Louzã Henriques.
Info
C. M. Lousã
Fotos
de A. Domingos Santos
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