No
passado domingo 10 de Abril fomos a Fajão concretizar um desafio lançado em 31
de Maio do ano anterior quando por ali passámos durante um fim-de-semana
dedicado a conhecer as nossas “Belezas Serranas”.
E o
desafio foi o de voltarmos a Fajão, uma das 27 Aldeias do Xisto, e almoçar no
restaurante O Pascoal, onde predominam as especialidades mais características
da região. A sua localização privilegiada permite-nos contemplar uma bela panorâmica
para os cumes da Serra do Açor.
Entradas
com destaque para a morcela assada e o queijo da serra com doce de chila. A
seguir, truta de escabeche e nas carnes, cabrito assado no forno com castanhas,
javali e chanfana de cabra. Tudo uma delícia. Como se costuma dizer “de comer e chorar por mais”. Saber e
sabores numa conjugação perfeita. Tigelada, arroz doce, leite-creme, baba de
camelo e salada de frutas antes do café. Alegria e boa disposição estiveram
sempre presentes.
Seguiu-se
uma visita ao Museu Monsenhor Nunes Pereira.
Grande
parte da sua obra artística concretizou o seu sonho de salvar e divulgar as
memórias e a cultura das gentes da Serra do Açor, onde cresceu e viveu até à
adolescência em contacto directo com a vida dura e agreste das gentes da serra.
Autor de vitrais, painéis e gravuras em madeira, trabalhos em ferro forjado e
cobre, xilogravuras, desenhos artísticos a buril, água-forte, ponta seca e
lápis, gravuras em lousa, marfim e calhau rolado.
Fajão
já foi concelho. Estatuto adquirido por foral concedido em 1233 por D. Pedro
Mendes, Prior de S. Pedro de Folques (Arganil), que obrigava a pagar uma renda de
10 alqueires de trigo e 10 galinhas ao Mosteiro de Folques. Extinto com a
reforma administrativa de Mouzinho da Silveira em 1855, passa na recente
reforma a constituir uma união de freguesias com Vidual.
Era
obrigatório passar pelo Colmeal, onde se fez uma paragem para visitar a Igreja Paroquial
e tomar um café no Centro antes do regresso a Lisboa.
Satisfação
total na apreciação final.
UPFC
Fotos
de A. Domingos Santos
2 comentários:
Parabéns pelo evento, que vejo de lazer, prazer e enriquecimento para uns, de divulgação do nosso património diverso para outros.
Sobre monsenhor Nunes Pereira, se me é permitido, recordo a faceta caricaturista, que exercia em colóquios reuniões e seminários, enquanto atentamente ouvia as intervenções que iam tendo lugar. Num ápice! Olhava discretamente para os seus companheiros de mesa ou outros participantes, uns traços sobre o papel e já estava! Posso dizer que fiquei muito fofinha, com um cabelo à Santo António, e o Dr. José D. Cabeças - que Deus haja - muito igual a si próprio! Não me recordo, mas eram mais. Seria interessante, o museu recolher memória desse labor artístico disperso.
Lisete de Matos
Queremos manifestar o nosso agradecimento por este convívio, que como habitualmente foi um sucesso.
Bom ambiente, boa comida e bebida e momentos de muita alegria.
Gostei bastante de visitar a Igreja.
Muito obrigado pelas lembranças.
Beijos e abraços e até uma próxima jornada.
Carlos Carronda
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