A União Progressiva da
Freguesia do Colmeal continuando a seguir a sua política de divulgação da
região serrana, “vai andar” pelo
concelho de Pampilhosa da Serra no fim-de-semana de 30 e 31 de Maio, como já
anteriormente demos noticia.
As origens do concelho
remontam ao período medieval. D. Dinis terá concedido à Pampilhosa o título de
vila em 1308, mas o foral medieval foi dado por Pessoa Particular. Em 1380 D.
Fernando anexou Pampilhosa ao julgado da Covilhã e a 10 de Abril de 1385 D.
João I confirmou-lhe os privilégios de vila isenta, facto que conduziu à
fixação do Feriado Municipal a 10 de Abril. D. Manuel outorgou-lhe foral novo a
20 de Outubro de 1513. Depois da reforma administrativa de 1855, Pampilhosa da
Serra viu aumentada a sua área territorial para cerca de 397 Km2,
repartidos por 8 freguesias.
Caracterizado como um
território de montanha, o concelho está localizado no prolongamento da cadeia
Estrela-Lousã. A pouco mais de 80 Km de Coimbra e outros tantos de Castelo
Branco, Pampilhosa da Serra é um concelho de charneira entre a Beira Baixa e a
Beira Litoral. Assumida como terra de contrastes, a paisagem alterna entre as
cristas quartzíticas do norte e os cumes arredondados do sul, entre o verde da
vegetação e o azul das águas dos rios e albufeiras.
Imponente é a paisagem
que se descobre em terras de Pampilhosa. A norte, no sopé de dois graciosos
penedos, avista-se a mais lendária Aldeia do Xisto: Fajão! As cristas
quartzíticas descem o vale do Rio Ceira e continuam a cortar as montanhas até
se elevarem ao alto dos seus 1418 metros, no Pico de Cebola. A pouca distância
nasce o Rio Unhais, que no Casal da Lapa se apresenta como um imenso lago azul:
a albufeira da Barragem de Santa Luzia. O silêncio que reina deixa adivinhar o
som das águas, dos pássaros e da brisa que corre quente e serena.
Aqui e além, numa
povoação, na encosta de um monte ou no fundo de um vale, ergue-se uma igreja ou
pequena capela. Pode dizer-se que não há lugar no concelho que não tenha o seu
templo. Aliada à devoção dos crentes ainda o sentido da festa: honrar o Santo
Patrono. Quando chega o Verão, chegam as procissões e os arraiais. O religioso
alia-se ao profano e não há aldeia que não tenha a sua quermesse e o seu
bailarico. As celebrações Pascais e a Festa da Padroeira Senhora do Pranto, que
tem lugar a 15 de Agosto, são as duas importantes manifestações religiosas da
vila de Pampilhosa da Serra. No Verão as famílias e os amigos juntam-se,
comungando o espírito de festa. Como se cozia o pão, como se tecia o linho,
como se apascentava o gado. No passar dos tempos há ainda quem guarde o saber
fazer do tear, o trabalhar a pedra, a perícia das rendas ou o desembaraço das
rodilhas. Mãos hábeis de quem talhou manualmente os artefactos ao longo de uma
vida. Os usos e os costumes tradicionais encontram-se secretamente guardados
nas pequenas aldeias, onde o dia e a noite passam tranquilamente numa rotina de
calendário.
Os sabores milenares de
um concelho de montanha como o de Pampilhosa da Serra estão, necessariamente,
ligados á floresta e aos recursos endógenos. A gastronomia tradicional surge,
assim como a materialização do que se produz na região, reflectindo os costumes
e as tradições ancestralmente guardadas pelas populações serranas. Da carne de
cabra fazem-se os típicos Maranhos, acarinhados pela Real Confraria, e a
deliciosa Chanfana que chega à mesa suculenta. A riqueza gastronómica continua com
o Cabrito Assado, com o Javali, com as Trutas do Ceira e com a Tiborna,
saboreada originalmente durante a azáfama dos lagares de azeite movidos pelas
águas cristalinas das ribeiras. Tudo isto acompanhado com o pão, amassado com a
força ímpar da Mulher serrana e cozido nos rústicos fornos de lenha!
Na doçaria destaca-se a
Tigelada, o Bolo de Azeite, o Bolo de Mel e o Arroz Doce, que aqui é feito com
o leite de cabra. O mel dourado da urze adoça as grossas fatias de broa que
fazem as delícias das tradicionais merendas.
As aguardentes de mel e
de medronho também são características da região.
Texto
e fotos: Brochura da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra
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