23 dezembro 2013

Nos Picos da Europa com a União – 3º dia






Através do fantasmagórico Desfiladeiro de la Hermida, os paredões de calcário acinzentado convertem-se em sentinelas de pedra, que escoltam os viajantes ao longo de 22 quilómetros do percurso, acompanhando o rio Deva.
















Potes é uma pequena cidade antiga, muito pitoresca, cheia de sidrerias, restaurantes regionais e onde se destacam ao longo do rio as suas casas típicas asturianas adornadas com varandas de madeira cheias de flores. É o principal centro da zona oriental dos Picos da Europa localizado no meio de montanhas. O seu centro histórico está considerado como “Bem de interesse cultural” e a sua Torre do Infantado, uma casa-torre construída com fins estratégicos e militares no século XV, é um dos principais monumentos da cidade.














Depois, continuámos para Fuente Dé, o “coração” dos Picos da Europa. A subida vertiginosa em teleférico foi simplesmente espectacular a que nem os mais temerosos se furtaram. A vista que se desfruta do fantástico miradouro sobre aquele glaciar circundante é deslumbrante e de cortar a respiração.






Ribadesella, uma cidade costeira que fica á beira de um largo estuário, oferece-nos uma interessante mistura entre o urbanismo medieval e a arquitectura moderna.
No concelho de Cabrales, localizado no coração dos Picos da Europa, a vida decorre em torno das montanhas que o definem, e também com a actividade constante que exigem os rebanhos, que fornecem a excelente matéria-prima, com a qual se elaboram os queijos de Cabrales. O seu intenso sabor, o gosto picante que se acentua quanto mais curado está, o aspecto com veios azul-esverdeados e um cheiro penetrante e peculiar, converteram este queijo num dos mais conhecidos em todo o mundo. Continua a ser elaborado de maneira artesanal por umas sessenta empresas de carácter familiar, a partir do leite das vacas, ovelhas e cabras exclusivamente alimentadas nas pastagens da alta montanha.
O seu processo de fabrico obedece a tradições que perduram na memória e que é passado de geração em geração. Depois de elaborado, o queijo é curado em grutas naturais da montanha, durante um período de pelo menos três meses. O alto nível de humidade da gruta, a temperatura, que deve estar entre oito e doze graus, a ventilação natural e o desenvolvimento de bolores, dão as necessárias características a este queijo típico, com denominação de origem, e qualidade, aroma e sabor exclusivos e inconfundíveis. O autêntico queijo de Cabrales vende-se embrulhado em folha de alumínio verde escura, onde se destaca uma etiqueta numerada pelo Conselho Regulador que lhe dá autenticidade.





E antes do jantar… ainda deu para ir molhar o pé e brincar um pouco.

Fotos de Francisco Silva e A. Domingos Santos

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