10 dezembro 2009

A UNIÃO PROGRESSIVA DA FREGUESIA DO COLMEAL e… a sua HISTÓRIA

. III – PRIMEIROS ANSEIOS - Estrada de Rolão – Colmeal, em alternativa da de Góis – Cebola - Encomendas postais - Médico, correio diário e fonte do Colmeal
PRIMEIRA OBRA: PONTE SOBRE O RIBEIRO DO SOITO Foi no próprio dia 12 de Março de 1933, em que os corpos gerentes tomaram posse, que a Direcção, eleita para o ano de 1933/34, realizou a sua primeira reunião, tendo a ela assistido o Presidente da Assembleia – Geral, Sr. Joaquim Francisco Neves. Da Direcção faziam parte: Manuel Nunes de Almeida, Albano Gonçalves de Almeida, Francisco Luís, António Domingos Neves, António Martins Mendes, José Augusto Elias de Almeida e António Nunes Major. Nesta reunião foi apreciada a oferta, feita pelo Sr. José Henriques de Almeida, de uma fotografia do saudoso José Domingos, devotado regionalista e um dos sócios fundadores da colectividade, já falecido. Recebida uma carta do sócio nº 208, Manuel Martins Florindo, residente na Malhada, em que pede para serem preferidos operários desta povoação na arranca de cepas que a Junta de Freguesia do Colmeal vendeu aos clientes da Malhada. Este assunto, à primeira vista sem importância, motivou forte discussão, chegando-se a alvitrar a consulta a um advogado, no que foram dissuadidos pelo Sr. António Domingos Neves, que propôs, antes, oficiar-se à C. M. de Góis. É encarregado o Vice – Presidente da Direcção, Albano Gonçalves de Almeida, de proceder às primeiras diligências para a obtenção das encomendas postais. Foi nesta mesma altura, que se tomou conhecimento do pedido de demissão do Sr. Fortunato Joaquim de cobrador e membro da Delegação no Colmeal (foi substituído mais tarde, em 3-5-1933, por José Henriques de Almeida, do Soito). ESTRADA GÓIS – CEBOLA Em resultado das diligências encetadas pela anterior Direcção junto do M. O. P. (Ministério das Obras Públicas) para obtenção da estrada Góis – cebola, recebe-se uma resposta do general Teófilo da Trindade não dando esperança de ser dotada no próximo ano económico de 1934, em virtude de não se haver ainda procedido ao respectivo estudo. Em face desta informação (29-3-1933), foi resolvido estudar a maneira de se conseguir um ramal de estrada da Pampilhosa da Serra para o Colmeal, prevendo-se poder contar-se com o auxílio particular, da União, do Município de Góis e do Estado. Encarrega-se a Delegação de adquirir livros de leitura para oferecer aos alunos pobres que frequentam a escola e cujos pais não tenham posses para comprar. ENCOMENDAS POSTAIS Em 14-4-33, volta a oficiar-se à Administração – Geral dos Correios e ao Sr. Manuel Brás da Costa, do Colmeal, com vista à obtenção das encomendas postais. Nesta mesma data estuda-se a possibilidade de construção de uma ponte em pedra sobre o ribeiro do Soito, pedindo-se à Delegação o respectivo orçamento. Em 13-5-1933 decide-se oficiar à C. M. Góis pedindo a execução gratuita da planta desta obra, mas a resposta é negativa, por ser inteiramente impossível atender o pedido. Em face disto, resolve a Direcção construir-se a ponte mesmo sem planta, encarregando-se a Delegação de elaborar o respectivo caderno de encargos da obra, cujo orçamento era de 3.000$00. ASSISTÊNCIA MÉDICA Negativa foi também a resposta da C. M. Góis ao pedido formulado no sentido de o médico municipal dar consultas uma ou duas vezes por semana na freguesia do Colmeal, visto as receitas camarárias não o permitirem. No entanto é concedido aos pobres da freguesia o direito de poderem chamar o facultativo sem qualquer despesa. Estabelece-se a obrigatoriedade de os sócios possuírem o seu bilhete de identidade, para o que foi recebida a oferta de 100 destes cartões, bem como o timbre da União. Pelo 2º Secretário é estudada a nomeação de uma comissão de propaganda. Em 2-8-1933 a Delegação é incumbida de tirar as licenças para a obra da ponte sobre o ribeiro do Soito, que sofre um pequeno atraso devido a dificuldades económicas no momento; mas, solucionadas estas, é em 24-8-33 enviada a verba de 1.000$00 para as primeiras despesas. Organizam-se os festejos do 2º aniversário da Colectividade, que culmina com um almoço de confraternização em 24-9-1933, tendo como convidados de honra os representantes dos jornais de Arganil. ESCOLAS Na reunião de 19-10-1933 é deliberado fazer-se uma exposição ao Sr. Ministro da Instrução Pública, solicitando a criação de escolas em Carvalhal e Ádela, pedido que virá a ser indeferido por não haver número de crianças em idade escolar conforme exige o disposto no parágrafo 1º do Art 1º do Decreto nº 20 281. FONTE EM COLMEAL É nesta altura que surge a ideia de se construir uma fonte no Colmeal, e para a angariação de fundos necessários é nomeada uma comissão composta por: António Nunes dos Reis, Abel Joaquim de Oliveira, José Antunes André, António Nunes Major, António Domingos Neves e Francisco Luís. Ao mesmo tempo e com o mesmo fim pede-se ao sócio Manuel Martins Júnior, residente em Philadelphia para nomear uma comissão local. Entretanto recebe-se a oferta dos trabalhos de serralharia do Sr. Manuel Braz das Neves para a colocação das tubagens da Fonte. Solicita-se à C. M. Góis a obtenção de cerca de 300 metros de canalização em tubo de ¼ para o chafariz de Ádela e faz-se uma exposição ao Sr. Administrador dos Correios e Telégrafos pedindo a distribuição diária do correio aos povos da freguesia; a resposta viria a ser dada mais tarde (22-3-34), com a informação de que o pedido foi a despacho. ESCOLA DA MALHADA Tendo-se em vista pedir à C. M. Góis (14-6-34) para interceder junto da Inspecção Escolar de Coimbra a criação da escola da Malhada, são nomeadas comissões para angariar fundos para a sua construção, sendo a de Lisboa constituída por: Abel Olivença Almeida, António Nunes Marques, Manuel dos Santos, Manuel Nunes de Almeida, Alberto de Almeida, Manuel Marques e António dos Santos Duarte. A da Malhada, por Manuel Martins de Almeida, José Luís Nunes, José Nunes, António Simões de Almeida e Manuel dos Santos. Em 11-1-1934, a Delegação notifica que a obra da ponte sobre o ribeiro do Soito está concluída, mas só em 12-7-34 se oficia à C. M: Góis fazendo a sua entrega, depois de se ter completado o pagamento de 1.100$00 à Delegação (5-4-34) e 60$00 à Junta de Freguesia. É nesta data que se aceita o convite do Grémio da Comarca de Arganil para se fazer representar numa reunião com o Sr. Ministro das Obras Públicas acerca da estrada Góis - Cebola e à qual vieram a comparecer a Direcção, a mesa da Assembleia – Geral e o Conselho Fiscal. Decide-se em 22-3-34 ir junto do Sr. Administrador dos Correios e Telégrafos insistir mais uma vez pela obtenção da distribuição diária do correio, tendo-se obtido mais tarde (14-6-34) a resposta de que as possibilidades eram quase nulas, devido aos encargos que esse serviço trazia. Continuando a pugnar pela construção de um chafariz no Colmeal, é dirigido um ofício à C. M. Góis (5-4-34) pedindo o seu auxílio e a execução da respectiva planta. Com o mesmo fim, é sorteada uma máquina fotográfica, oferta do Sr. António Domingos Neves e escreveu-se à Junta de Freguesia e ao Grémio da Comarca de Arganil, que viria a contribuir com um donativo de 100$00. Em 17-5-34 oficia-se à Junta para pedir a consulta médica na freguesia do Colmeal. in Boletim “O Colmeal” Nº 124, de Fevereiro de 1974

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