06 janeiro 2008

Ano Novo

Neste ano de 2008 a União Progressiva da Freguesia do Colmeal fará 77 anos. Um já longo percurso de uma vida nem sempre fácil. Aliás, se a vida tivesse sido fácil a União nunca teria sido constituída. As dificuldades, as carências sentidas e vividas, o isolamento, a tenacidade e o querer de uns quantos, os obstáculos que se foram vencendo, tudo isso faz parte de um passado e de um presente que para sempre ficarão ligados à existência da União. Temos vindo a trilhar e a percorrer caminhos um pouco diferentes daqueles que os nossos idos foram vencendo a muito custo. Os tempos serão outros e os interesses também. Entendamos "interesses" em termos do colectivo e não a nível do individual. Ao dirigirmos as nossas actividades para áreas da cultura, do social, do lazer e do entretenimento, estamos convencidos de que estamos a percorrer um caminho correcto. As realizações que temos vindo a efectuar de há tempos a esta parte e o envolvimento, disponibilidade e entusiasmo que temos sentido à nossa volta, parecem corroborar o nosso pensamento. Poderão dizer-nos que o que estamos a fazer poderia ou deveria ser feito por outras entidades com responsabilidades locais. Naturalmente que poderia. Mas nem todos podemos pensar e agir do mesmo modo. Hoje, ainda temos Comissões preocupadas em resolver os "velhos problemas" dos caminhos, dos postes de electricidade e da água. Temos Comissões que no concelho se confundem com a sua Junta de Freguesia (basta ler a imprensa regional). Se cada um assumir as suas responsabilidades tudo se tornará mais fácil, mais equilibrado e com melhores resultados. No próximo ano as Comissões de Melhoramentos voltarão a ser muito faladas. Acontece normalmente de quatro em quatro anos. Sinergias de esforços, melhor conhecimento das realidades, o papel que desempenharam durante décadas a bem das suas aldeias, maior proximidade junto das colónias residentes em grandes centros, etc. etc. Depois, passado esse breve período, tudo voltará ao mesmo. É cíclico. De quatro em quatro anos. E é pena que assim seja. No ano que agora começou, continuaremos a pugnar por uma maior aproximação entre os naturais e residentes na nossa freguesia. Continuaremos a desenvolver esforços no sentido de dar a conhecer a nossa aldeia, a freguesia do Colmeal e o concelho de Góis, com acções como as que temos vindo a efectuar e que poderão ser melhoradas/diversificadas. Mantemos a nossa atenção fixada em situações que visam o bem estar da população residente, especialmente a mais idosa. Continuamos e continuaremos disponíveis para ajudar a União a percorrer o seu caminho. E consigo, com a sua ajuda, com a sua presença e a sua colaboração, tudo será muito mais fácil e o nosso caminho não será tão difícil. Um Bom Ano para si!
UPFC

1 comentário:

Anónimo disse...

Concordo que as Associações Regionalistas não deve assumir como suas as competências que cabem às Autarquias ou a outras entidades públicas, mas também devemos assumir que estas associações poderão, para além da sua função cultural e social, desempenhar outros papeis, especialmente relevantes nas aldeias mais pequenas, que tendem a ser as mais esquecidas por aquelas entidades, tendo em conta, também, o cada vez mais reduzido número dos seus habitantes. De entre estes papeis destaco:

A actuação como mecanismo de pressão "lobby", junto das Autarquias, para resolver os probelmas mais urgentes (água, limpeza das aldeias, manutenção de espaços verdes);
A união de esforços no sentido da defesa das aldeias contra os incêndios florestais, que constituem um verdadeiris flagelo da nossa zona (manutenção de perímetros de segurança e sistemas de autodefesa);
Manutenção em colaboração com outras entidades responsáveis, de património / equipamentos que não são da responsabilidade das autarquias (fontes tradicionais, tanques de rega, igrejas e capelas);
Construção e manutenção de espaços para o desenvolvimento das suas actividades.

Também não nos podemos esquecer que estas Associações podem, para algumas das suas actividades, recorrer a Fundos comunitários e será uma pena deixarem passar as oportunidades existentes, sem nada aproveitar.